quinta-feira, maio 31, 2007

Da ebriedade e o Ensino Universitário

Hoje assustei-me.
Vejamos... 3 Flowers por ano. Mais a festa de Carnaval e o Arraial do Azeiteiro.
Cerca de 15 aniversários por ano.
A semana de recepção (mais 2 dias de preparação) e a queima.
Pelo menos 3 festas académicas (género Baconal, Bioparty, e essas cagas nas discotecas).
Cerca de 20 sessões de Praxe à quinta-feira.
A semana da FAP (serenata, noite negra, rally, comboio).
Nas 52 semanas do ano, pelo menos 15 sábados de ramada (do regresso a casa ou apenas para celebrar o fim de semana) e outras tantas segundas-feiras na ribeira (ou noutro sítio qualquer), e jantares sem motivo especial. Vá, ponho 10 para a conta ser feita por baixo.
Duas por ano para o fim das épocas de exames.
A passagem de ano.
A noite de carnaval propriamente dita.
Mais 3 pelos concertos/festivais e assim.
O S. João/Sto. António/S. Pedro ou outro Santo dependendo da residência de cada um.
Os jantares com os amigos na altura do Natal. Pelo menos 2, suponho.

Dá o belo número de 95 ramadas.
Aproximadamente 25% do ano.

Uma pessoa com este padrão (que, se analisarmos bem, não foge à realidade), que frequente um curso de 4 anos, passa, durante o curso, o equivalente a estar um desses anos bêbado e outro de ressaca.

Auch.

domingo, maio 27, 2007

Sobre a palavra

"Apenas pelas palavras o ser humano alcança a compreensão mútua. Por isso, aquele que quebra sua palavra atraiçoa toda a sociedade humana." (Michel de Montaigne)

Não tenciono aqui falar da importância das palavras como forma de pensamento.
Deixo a filosofia para quem sabe e a prepotência para quem pode.
Mas não posso deixar passar em branco algo tão grave, como o actual cenário da chamada "blogosfera".

Nos seus primórdios, a criação de um blog era tida como algo solene e apenas os experts da área da comunicação se subjugavam a tal atrevimento. Postar num blog era equivalente a escrever uma crónica num jornal ou revista, sendo que a responsabilidade da exposição pública era sempre tida em conta, cortando-se nos excessos e na parvoeira.

Com a banalização do conceito de blog (e agora contra mim falo) surgiram blogs com um carisma muito mais pessoal e libertino, que em muito pouco diferem dum Hi5, tornando-se a "blogosfera" num expositor de vidas privadas a par de um reservatório de "diarreias mentais".

Quanto a este ponto não tenho muito a protestar. Já dizia o grande senhor Voltaire "não concordo com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até à morte o vosso direito a dizê-lo".

O que de facto me confunde e entristece, é ver a bela língua de Camões diaria e permanentemente violada.
Teoricamente, usamos a linguagem como uma verbalização do pensamento. E o pensamento não é mais que uma projecção da linguagem. Ora, falamos português, pensamos português. É isso, e apenas isso, que nos faz portugueses.
Tal como um inglês não compreende o significado de saudade, não temos nós a obrigação de compreender k's e w's e outras atrocidades que uma nova geração decidiu introduzir na nossa escrita, construíndo uma elaborada salsada, que algum iluminado incluíu nos tão polémicos "níveis de escrita".

Tanto quanto sei, só é preciso premir uma tecla para escrever cada letra, o blog não cobra ao caracter, nem premeia a rapidez de escrita. Como tal, faço um apelo: despredicem mais 10 minutos por post e deixem-se de abreviaturas imperceptíveis, de palavras kapadas e wioladas e de anglo-calinadas. Reaprendam a escrever.

Quando à pontuação, deixo ao critério de cada um. Afinal, o Saramago sempre ganhou um nobel...

quinta-feira, maio 24, 2007

Da mudança

Proposta de alteração do símbolo para aprovação.

Manifestações de concordância, euforia, escárnio, indignação e náusea bem-vindas.

quarta-feira, maio 23, 2007

Das descobertas

Encontrei! Beware...

A VACA DE LOIÇA!

coerência

" Não procure ser sempre coerente. Afinal, S. Paulo disse que « a sabedoria do mundo é loucura diante de Deus».
Ser coerente é usar sempre a gravata a combinar com as meias. É ser obrigado a ter amanhã as mesmas opiniões que tem hoje. E o movimento do mundo - onde fica?
Desde que não prejudique ninguém, mude de opinião de vez em quando e caia em contradição sem se evergonhar disso.
Você tem esse direito. Não importa o que os outros pensam - porque eles vão pensar de qualquer maneira.
Por isso relaxe. Deixe o Universo movimentar-se à sua volta, descubra a alegria de ser uma surpresa para sim mesmo. (...)" Paulo Coelho


bem se até os santos dizem... quem sou eu para contrariar... vamos ser incoerentes wowow.

peço desculpa de ofendi o gosto literario de alguem, mas o Paulinho quando quer até escreve coisas bunitas...

CYA

segunda-feira, maio 21, 2007

BA (biobacas anonimas)

"numa tarde de maio, num jardim perdido na baixa portuense, realiza-se mais uma reuniao das BA ( biobacas anonimas).
nesse dia, foi apresentada ao grupo mais uma jovem errante na vida academica.

sofia: boa tarde, eu sou a sofia e quero ser uma biobaca.
biobacas: boa tarde sofia! porque keres tu ser uma biobaca?
sofia: quero ser biobaca, porque independentemente da conotaçao negativa e duvidosa que vos é atribuida, voces representam uma forma de estar na vida em que os principios fundamentais sao a lealdade, amizade e uniao. qualidades que se observam pouco nos restantes individuos que se passeam pelo atrio da vida."

isto seria supostamente o que eu deveria ter dito, no dia em que me voces me receberam no seio ( ou teta) da coisa... mas fica aki registado que penso ter aprendido algo com sentido.

nao podia deixar comentar os ultimos acontecimentos/rumores que percorrem os corredores do icbas sobre as biobacas... faz me lembrar um post que a lila fez " sobre a importancia"... no entanto eu penso que :

" quem nos fala no CÚ, respeita-nos a cara." porque até hoje ninguem teve a coragem / iniciativa de nos dizer o que realmente pensava sobre esta organizaçao academico-praxistica, nem sobre as jovens que a forma...

importancia... pelo menos nao cairemos no esquecimento e certamente iremos ter um busto de cada uma de nós junto ao do Professor Corino de Andrade...

sim este post nao faz sentido nenhum mas a felicidade entorpece a razao (pois, eu segui o conselho da amelie e embriaguei-me...) e o sarcasmo... XD

assim me despeço... por enquanto

sofia

Proposta para Novo Símbolo

Caras baquitas... Tendo em conta o que se murmura sobre nós pelos cantos, venho aqui apresentar a minha proposta para um novo símbolo, que se adequa aos últimos comentários tecidos.



Aguardo votação...!

sábado, maio 19, 2007

"São horas de te embriagares!"

Devemos andar sempre bêbados.
Tudo se resume nisto: é a única solução.
Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar.
Mas com quê?
Com vinho, com poesia ou com a virtude, a teu gosto.Mas embriaga-te.
E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gemeu, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são:
"São horas de te embriagares!"
Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar!Com vinho, com poesia, ou com a virtude, a teu gosto.

Charles Baudelaire
Faço minhas as palavras de Baudelaire e aqui me apresento também com o intento de começar a comentar :)
Migas!!..depois de algum tempo!!Cá estou eu!!!!!!
Bj**

sexta-feira, maio 18, 2007

Das pequenas vitórias

Matei o anúncio do google =D

Do Bioputedo

Tudo o que é demais começa a fartar. E este novo nome que nos foi atribuído intriga-me profundamente... Como as demais palavras da língua Portuguesa, deve fazer sentido no âmbito da etimologia. Vamos portanto, tentar esclarecer os primórdios deste fenómeno designativo.

Putedo- s.c.; referente a puta
Puta- s.f., vulg., prostituta; rameira; meretriz.
Prostituta- s.f., vulg., mulher que pratica a prostituição
Prostituição- do Lat. prostitutione; s.f., acto ou efeito de prostituir; libertinagem; fig. vida desregrada.
Desregrada- sing. part. passado do verbo desregrar
Desregrar-
v. tr., afastar da regra; tornar descomedido; proceder irregularmente;
Descomedido- adj., enorme; demasiado; excessivo

Presumo então que tudo se deva ao excesso de união, amizade, companheirismo, e lealdade que há entre nós.
Ou então, um excesso de idiotice, tacanhez, falta de peso, ressabiamento, falsa moralidade, impotência, inutilidade, beatice e falta, no mínimo, de presença de espírito de quem o apregoa de cima do seu pedestal.

Com a etimologia, nunca se sabe.



quarta-feira, maio 16, 2007

Canções Bunitas Parte I

Garçon - Marante

Garçon
Aqui nessa mesa de bar
Você já cansou de escutar
Centenas de casos de amor

Garçon
No bar todo o mundo é igual
Meu caso é mais um é banal
Mas preste atenção por favor

Saiba que o meu grande amor hoje vai-se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços o meu coração
E para matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou-me embriagar
Se eu pegar no sono me deite no chão

Garçon
Eu sei que eu tou enchendo o saco
Mas todo o bêbado fica chato,
Valente e tem toda a razão

Garçon
Mas eu só quero chorar
Eu vou minha conta pagar
Por isso eu lhe peço atenção

Saiba que o meu grande amor hoje vai-se casar
Mandou uma carta pra me avisar
Deixou em pedaços o meu coração
E para matar a tristeza
Só mesa de bar
Quero tomar todas
Vou-me embriagar
Se eu pegar no sono me deite no chão

MARAVILHA-TE, memória!
Lembras o que nunca foi,
E a perda daquela história
Mais que uma perda me dói.

Meus contos de fadas meus -
Rasgaram-lhe a última folha...
Meus cansaços são ateus
Dos deuses da minha escolha...

Mas tu, memória, condizes
Com o que nunca existiu...
Torna-me aos dias felizes
E deixa chorar quem riu.

Fernando Pessoa

terça-feira, maio 15, 2007

Dos contos de fadas

O que aconteceu aos finais felizes?

segunda-feira, maio 14, 2007

Sobre a Queima

Findo o silêncio a que nos sujeitamos em estados de alcolemia degradante para pontuar alguns "is" por ai desencontrados.
i) A Queima é um bar de alterne.
ii) Os bares da Queima são geridos pelo Tio Patinhas.
iii) Os transportes para a Queima são uma tentativa de exterminar os estudantes.
iv) Os mitras também gostam de serenatas.
v) A Vaca Verde queimou-se.
vi) Bebedeiras galopantes conduzem a violência.
vii) Parar é adormecer.
viii) Beber sem parar é morrer.

Da época de exames

Face à recente revelação do calendário da próxima época de exames, proponho a modificação de uma das frases mais mediáticas das crónicas de suplementos de jornal de sábado:

"Oh God, make me good... before June 27th"

sábado, maio 05, 2007

Sobre a Próxima Semana

Tenho a informar a todas as Bacas e leitores do blog que acabamos de entrar naquele período crítico do ano de um estudante que toma pelo nome de Queima das Fitas. Ora bem, tenho a constatar que possíveis posts neste espaço, com ainda menos lógica que o costume têm grande tendência para aparecer, pois quando o grau de sangue no álcool o permite, a criatividade torna-se gigantesca. Tenho ainda a dar as boas vindas a todas as Cátias e Bítores, e prometo que serão tão ou mais bem tratados que no ano passado (sim, agora já vos conhecemos bem a todos!). Mais informo que amanhã, por esta hora, já estaremos todas a cair...

Para terminar: a sida é má, ninguém pára o inem, as Cátias e os Bítores são daqui, a Queima é fofinha e é isso que se quer.

Uma boa Queima para todos...lá nos encontraremos!

sexta-feira, maio 04, 2007

Da vida.

Existe o não saber o que fazer, o que querer e para onde ir. Depois disso existe o ter de o fazer bem, o atingir o que queremos e o não nos enganar no caminho. Depois existe o ter de o fazer melhor e diferente, senão caímos nas banais trivialidades do que já foi feito por outros, o ter de lutar contra muitos obstáculos porque descobrimos que o que queremos está acima do que somos e o ter de tentar caminhos que parecem levar-nos aonde queremos chegar, mas que acabam por ser uma nova e retorcida versão daqueles que já percorremos milhares de vezes. Depois... existe o descobrir que nunca vamos estar satisfeitos com o que fazemos, que nunca nada vai ser como queremos e que não existe um caminho certo. E se nada é perfeito vamos contentar-nos com o sítio onde fomos parar e viver com as possibilidades dentro da nossa cabeça... ou procurar melhor... "Recomeça... se puderes."

Das boas músicas

Fim (dias que passam) - Toranja


Neste infinito fim que nos alcançou
Guardo uma lágrima vinda do fundo
Guardo um sorriso virado para o mundo
Guardo um sonho que nunca chegou

Na minha casa de paredes caídas
Penduro espelhos cor de prata
Guardo reflexos do canto que mata
Guardo uma arca de rimas perdidas

Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...

No mundo onde tudo parece estar certo
Guardo os defeitos que me atam ao chão
Guardo muralhas feitas de cartão
Guardo um olhar que parecia tão perto

Para o país do esquecer o nunca nascido
Levo a espada e a armadura de ferro
Levo o escudo e o cavalo negro
Levo-te a ti... levo-te a ti... levo-te a ti
para sempre comigo...

Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que nunca perdi.