domingo, julho 29, 2007

Do Fim da época de exames

chegou o momento abençoado... sim... findaram os exames.
ainda que algumas de nós tenham o tempo de descanso, bebedeiras e noitadas, encurtado para uma semana, duas no maximo. no entanto ja que o trabalho foi muito e o tempo é curto desejo a todas vocês umas optimas ferias, regadas por um bom malte fermentado, sempre acompanhado pelo belo do ressabiamento que vos dá um " je ne sais quoi" de genialidade corrosiva.

os meus melhores cumprimentos
sufia

"vamos pos copos? vamos, vamos, vamos ..." XD

quarta-feira, julho 25, 2007

Do estudo e os danos psicológicos - parte III

As coisas interessantes que a parasitologia nos ensina:

"As moscas, da família muscidea, género musca são bonitas, porque têm muita cor."

segunda-feira, julho 23, 2007

Da época entre os exames

A época de exames, em sentido estrito, até que é simpática. Um tipo levanta-se cedo, lava a cara que já não vê a cor do sol faz já alguns dias, veste o primeiro trapo que salta do armário e ruma cheio de confiança até uma designada sala de exame, onde lhe foram reservados cerca de 120 minutos de alta actividade intelectual, tendo assim oportunidade de expor todo o seu conhecimento acumulado ao longo de algumas noitadas a alguém que passou anos a estudar a dita matéria.
Até aqui, parece-me tudo muito bem.
O que de facto chateia, não é a época de exames, mas sim a época entre os ditos. Ora vejamos.
A esta altura do ano, qualquer energumeno não universitário apresenta, com todo o orgulho, o belo braço bronzeado, contrastante com a palidez evidente do restante tecido epitelial, prova irrefutável de muita tardezinha passada em Santa Catarina a ver os saldos ou na esplanada lá da esquina a ver quem passa.
A esta altura do ano, tudo que é jovem e esbelto (ou nem tanto) invade ginásios e esteticistas, acaba com o stock nacional de legumes e produtos light e pilha das lojas da moda os últimos bikinis entre o 32 e o 38 que não fazem lembrar a Carmén Miranda.
A esta altura do ano, a maior preocupação da juventude portuguesa é decidir a que festival de verão ir, como dizer ao respectivo que já não se quer nada com ele porque se conheceu alguém muito culto e interessante na festa da Nova Era ou descobrir como acaba o Harry Potter.
Enquanto isto, os estudantes estão fechados no moquifo mais próximo, atolados de fotocópias, cafés, cigarros e comida plástica, escondendo o nervoso dos exames que se aproximam e tremendo ao pensar naqueles que já fizeram.
Boa vida, boa vida...

sexta-feira, julho 20, 2007

Da época de exames - parte VII

Já nos dizia Fernando Pessoa...

"Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma."

Porque esta é uma época que exige muito de nós, que quase nos esgota o saber, fica aqui um pequeno conselho para todos aqueles (nós) que estamos mortinhos para ir de férias... já faltou mais do que falta! ;)

"Se te dá gozo viver
E ainda és novo
Não te esgotes para nada
Guarda um pouco do teu melhor
E leva-o contigo até ao fim da estrada." Jorge Palma

quarta-feira, julho 18, 2007

Da época de exames - parte VI

Hoje venho falar sobre uma cadeira mítica que toma pelo nome de "Nutrição Animal". Esta cadeira consta do currículo do curso de medicina veterinária desde o seu início, tendo sido desde sempre reconhecida pela sua utilidade e pelo nível de aprendizagem proporcionado aos alunos. De louvar também o senhor professor que rege a cadeira, pelo dom da palavra e pelo bem falar e comportamento exemplar, quer no horário lectivo, quer fora deste. Quanto à matéria leccionada nas aulas, pode dizer-se que abrange todo e qualquer tema que possa ter relevo para os estudantes. Assim, nas aulas teóricas, leccionadas num anfiteatro repleto de alunos, onde muitas vezes seria impossível entrar mais única mosca que fosse, o professor transmite conhecimentos tão importantes como, por exemplo, a melhor forma de se apagar um quadro. Já falando nas aulas práticas, é de referir com muito orgulho as maravilhosas instalações que o regente conseguiu, com muito trabalho, adquirir do directivo. Os aparelhos utilizados pelos alunos são da mais avançada tecnologia, estando constantemente a ser actualizados. O conhecimento gentilmente oferecido pelo docente é também, neste tipo de aulas, da maior abrangência, tendo sido ensinado, entre outras coisas, como alimentar porcos e porcas com lâmpadas; geografia mundial; a estrutura óssea das mulheres africanas; como dizer bócio em inglês; como partir um condensador com uma pipeta; como provar ração dos mais variados animais para posterior identificação; os acidentes geográficos dos nosso arquipélagos, etc. De louvar também o esforço realizado pela docência no que toca a formas de ensino complementares, exteriores ao horário das aulas. O esforço realizado foi de tal modo grandioso, que nunca se verificaram problemas de sobreposição de horários. As visitas de estudo realizadas são do máximo interesse e organização, e estão perfeitamente adaptadas à capacidade intelectual dos alunos. Considero assim importante referir aquela visita considerada pela maioria dos estudantes como a mais proveitosa que, visto ter sido a primeira a ser realizada, motivou toda população estudantil. Estou obviamente a referir-me à visita realizada ao "Parque Biológico de Gaia". Aqui, foi possível observar animais no seu habitat "natural", bem como alimentá-los. Nesta visita, o grupo pôde ainda trocar impressões com outros estudantes que passeavam pelo parque, o que foi extremamente enriquecedor, dado que eram meninos de 5 anos, que estavam com as educadoras a ver "a bicharada". (Não pretendo, de qualquer modo, ferir a susceptibilidade do nosso estimado docente ao compará-lo a uma educadora de infância, mas sim enaltecer a sua grandiosidade em termos académicos.)
Gostava ainda de vos falar da clareza e objectividade demonstrada nos exames realizados, bem como o controle a que os estudantes foram sujeitos, de forma a que a avaliação fosse inequívoca. Em termos de correcção de exames o docente é da maior justiça e igualdade entre alunos (o que também foi demonstrado noutras alturas).
Queria ainda deixar aqui uma pequena palavra de apreço à assistente da cadeira pois, embora tenha prejudicado os alunos (e também própria faculdade) pela sua
má conduta
rudez
falta de coerência
insanidade mental
atrasos
não disponibilização de material
idade avançada
.
.
.
(teria de ocupar todo o espaço do blog para referir todas as críticas que alguém um dia fez à "professora velhinha")


Fim da "ode" a nutrição


P.S. Só para acrescentar uma pequena palavra de apreço ao chapéu de pescador, ao casaco para todos os tipos de temperatura e, obviamente, ao megafone.

Do estudo e os danos psicológicos - parte II

O que a Imunologia nos ensina:
Tudo o que é virgem morre depressa.

terça-feira, julho 17, 2007

Sobre os que mandam no mundo

Qualquer tipo de poder é positivo.
Associações, comissões, federações... tudo excelentes meios de conquista e demonstrações gratuitas de poder.
Qualquer cargo que nos permita dar uma ordem a alguém, mostrar a nossa bem ou mal conquistada superioridade ou influenciar a vida de quem quer que seja é uma mais valia que todos pertendem alcançar. E de uma forma ou outra, todos o conseguem.
A questão é que há sempre alguém que manda mais do que todos outros.
Por isso se criam sindicatos, assembleias, conselhos. Para que a maioria tenha uma palavra a dizer. E é este, segundo reza a história, o sistema mais justo e equalitário.
Quando isto não se verifica, temos um desiquilíbrio: o sistema entra em decadência. Destitui-se a democracia, a maioria perde a personalidade jurídica, a vontade de alguns prevalece sobre a vontade de todos os outros.
Aqui há apenas dois caminhos: a revolução ou o conformismo protestatário.
Escolham!

Da época de exames - parte V

Do meu cantinho do átrio mesmo ao pé da porta do Laboratório de micro (que pelos vistos recuperou rapidamente do choqe dos vidros partidos) vi a seguinte coisa:

Num dos frigoríficos do laboratório de Química Biológica está colado um dos cartazes da famosa campanha "Burros há muitos... mas estes estão em extinção", com a foto de dois belos exemplares desta raça que olham simpaticamente para quem passa.

Esta cadeira tem actualmente mais de 450 alunos inscritos (entre os quais eu me incluo).

Pura coincidência ou ironia cruel?

segunda-feira, julho 16, 2007

Da época de exames - parte IV



deixo aqui o aviso para quem ainda nao sabe.

aproveito tambem para dizer aos nossos queridos catedraticos especialmente àquele que elaborou o magnifico calendario de exames desta epoca:

o que nos faz fumar 20 cigarros por dia e mais 20 cigarros à noite sao os benditos exames que nos obrigam a estudar, stressar, chorar e jogar cospe (menos mal)

assim sendo eu reformulo o aviso que consta nos maços de tabaco da seguinte maneira:

"Exames provocam o cancro pulmonar mortal..."

e do outro lado:

"...bem como demencia e esquizofrenia."

temos que louvar o duduzinhu, bem haja a pedagogia e o seu conselho...

os melhores cumprimentos de uma baca quase em curto circuito

sofia

sexta-feira, julho 13, 2007

Da época de exames III

Segundo o curso normal das coisas, uma pessoa, quando passa para o 10º ano, tem escolher a área que deseja seguir, encontrando-se disponíveis as áreas científico-natural, artes, humanidades e economia (pelo menos assim era quando eu por lá passei). A escolha é feita com base talvez no curso que o indivíduo deseja tirar, mas especialmente nos gostos e aptidões desse mesmo indivíduo no que toca às diversas disciplinas leccionadas (regra geral). Então, se a área escolhida for a de humanidades, em princípio o indivíduo não se sente à vontade com disciplinas como geometria descritiva e matemática, por exemplo. Partimos então do princípio que todas nós, ao escolher científico-natural, ou queríamos um curso que exigia específicas dessa área, ou tínhamos mais aptidões ou apreciavamos mais as disciplinas de cariz científico.
Seguidamente, após três anos de estudo (que é como quem diz três anos a coçar aquelas partes), o mesmo indivíduo depara-se com os exames nacionais, nomeadamente das disciplinas específicas requeridas para entrar no curso desejado. Caso seja bem sucedido, o indivíduo entra no tal curso. Suponhamos que esse curso é, aleatoriamente, medicina veterinária. Após entrar, o indivíduo depara-se com uma série de cadeiras absolutamente inúteis, como por exemplo métodos quantitativos e química biológica, entre outras. Porém, apesar de inúteis, essas cadeiras continuam a situar-se no âmbito da área escolhida (vá, digamos que mais ou menos). Após pontapear estas "pedras no caminho", no decorrer da vida académica o indivíduo depara-se com uma nova atrocidade (não, não estou a falar de nutrição...), atrocidade essa que toma pelo nome de "Economia". A cadeira seria então para explicitar ao aluno os valores a ter em conta para a criação e manutenção de uma clínica veterinária, o que até teria lógica. O aluno, acreditando no que lhe é dito, até leva aquilo "mais ou menos na desportiva", até à altura em que decide olhar para a matéria leccionada nas aulas e se apercebe que mais de metade destas se refere à sua querida amiga política agrícola comum, mais conhecida como PAC (também abordada anteriormente noutra cadeira igualmente interessante, de seu nome "ecologia/agricultura geral"). O problema é que desta vez o aluno tem de saber a história completa da PAC, o que inclui tratados, reformas, etc etc etc, ocupando espaço útil de memória com algo absurdo e perdendo tempo importante de estudo para cadeiras realmente importantes (isto tendo em conta o maravilhoso calendário de exames com que todas nós fomos presenteadas).

Passando para a primeira pessoa... Eu escolhi a área de ciências porque:
1) A minha aptidão para desenho e geometria é exactamente igual a zero;
2) Não gosto de história (pelo menos não desta forma);
3) A economia interessa-me muito pouco.

Conclusão: A quantidade de cadeiras que existem simplesmente para "encher chouriços" no nosso belo instituto toma proporções desmedidas e faz de nós umas autênticas marionetas nas mãos do excelentíssimo senhor doutor professor grande chefe (aquele nosso amigo).

Um cumprimento e um muitíssimo obrigada a ele.

quarta-feira, julho 11, 2007

Do estudo e os danos psicológicos

O que é que diz uma IgA secretada para uma IgA de membrana?
- Ó mIgA... sIgA?

terça-feira, julho 10, 2007

Da época de exames II

Hoje estou definitivamente a bater no fundo...Um misto de nervosismo, desânimo e estupidez...
Ontem ri-me às gargalhadas e chorei ao mesmo tempo numa indecisão sobre aquilo que realmente sentia...Hoje ainda não consigo entender...
Talvez seja só cansaço...Talvez finalmente esteja a constatar um facto...O facto de que não pertenço aqui...E isso entristece-me...Por uma só razão - VOCÊS....
Obrigada por tudo....

segunda-feira, julho 02, 2007

Da época de exames

3 palavras:
fo-da-se.

ou, numa verbalização mais complexa:
puta que pariu.