Chamavam-lhe Jack. Passavam-se já alguns anos do dia friorento em que os pais o trouxeram para casa. Já ninguém se lembra do brilho nos olhos das crianças quando o viram. Era a estrela dos serões, a dor de cabeça matinal da mãe que sozinha tratava do bicho.
Os míudos cresceram. Jack cresceu com eles. Perdeu a piada. Continuou uma dor de cabeça, agora restrita ao período das férias. Nem por um minuto, deixou de estar disposto a sacrificar a própria vida em defesa da sua família.
Chegou um novo Verão. A avó estava demasiado velha e cansada para tomar conta dele. Os hotéis para cães eram um custo desnecessário.
Jack entrou no carro. Pela primeira vez ia de férias com a família! Estava em extâse!
O carro parou no meio da estrada. A mãe abriu a porta e puxou Jack para fora do carro. O carro arrancou. Ainda desorientado começou a correr atrás do carro. Como era possível que a sua família se tivesse esquecido dele? O carro desaparaceu... Outro carro aproximou-se demasiado. A estrela da família deixou de ser uma dor de cabeça.
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