segunda-feira, novembro 27, 2006

A Verdadeira, mas mesmo Verdadeira, História Real da Vaca Verde

Este fim de semana fui detida por um grupo intitulado DAVV - Defensores Anónimos da Vaca Verde. Após um longo e extenuante interrogatório (que durou quase 9 minutos) onde fui sujeita às mais avançadas e dolorosas técnicas de tortura, que incluiram ouvir duas músicas do José Cid e ver 5 minutos de Floribela, acabei por confessar o crime do qual fora acusada. Difamação.
Segundo o que constatei, a história publicada em blogs cujo nome me recuso a pronunciar, tem tanto de verídica e credível como a contada pelo O.J. Simpson.
Ora, não pude deixar de me sensibilizar com a triste infortúnia do pobre animal e, uma vez que contribui para este horrível atentado à sua integridade moral, resolvi revelar aqui a verdadeira, mas mesmo verdadeira, história real da Vaca Verde.

Armerinda Alzuzira Gradim da Seborreia seu verdadeiro nome. Nascida em 1988, num belo planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro, deve a sua cor característica a um estranho fenótipo derivado do cruzamento entre seu pai, Heuleutério Adolfo Capacho (conhecido como Boi Azul), e sua mãe, Josefina Atrasa Passos (a inesquecível Vaca Amarela), ambos provenientes da bela vila de Souselas, onde nunca foi queimado lixo.
Armerinda cresceu feliz e fez muitos amigos: um pardal maneta, o Timmy, uma porca estrábica, a Rosi, um cavalo travesti, a Melly Montilla, entre outros.
Um dia, chegado o seu 15º aniversário, os pais de Armerinda ofereceram-lhe uma mochila, uma bûssula e uns óculos de sol, e disseram-lhe: "Minha filha, gostamos muito de ti, és uma vaca mais ou menos bonita e interessante, mas estás muito crescida e já comes muita erva. Tens que partir!" E assim foi, Armerinda deixou para sempre o seu planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro e partiu para o mundo, com uma mochila vermelha, uma bûssula partida e uns óculos tartaruga.
Como todo o português que decide partir para o mundo, Armerinda foi para a França. Passeando triste e sozinha numa larga avenida, Armerinda cruza-se com um paneleirote de padrão xadrez e boininha verde, que desde logo se encanta por ela. O paneleirote era afinal um grande nome do design (nome esse que não me é permitido revelar) e decide fazer de Armerinda, agora Vaca Verde, uma estrela. Não havia revista veterinária, filme rural ou reclame da Milk em que a nossa protagonista não participasse. Veio o dinheiro, a fama, o glamour... Mas Vaca Verde tinha um problema. A fotossensibilidade herdada dos pais trazia-lhe enxaquecas terríveis sempre que o flash de uma máquina fotográfica disparava. Os seus cascos, tão bem adaptados à relva e à bosta do belo planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro, escorregavam nos tapetes vermelhos. A sua pele verde era demasiado sensível à maquilhagem e às tintas usadas pelos produtores. O estrelato estava a matar aos poucos Armerinda Alzuzira Gradim de Seborreia.
Um dia, decidiu voltar a Portugal. O dinheiro que ganhou por lá deu para fazer uma casita lilás na Beira, arranjar um descapotável amarelo e comprar a discografia completa do Tony Carreira (que trás posters e biografias incluídos!).

E é esta a Verdadeira História Real da Vaca Verde, sem pontos acrescidos nem detalhes forjados.
É a verdade nua crua como só o "Ressabiamento... mas com classe." pode revelar.
Tentamos contactar a Vaca Verde mas ela encontra-se, de momento, indisponível.
Para mais informações consulte regularmente o blog, o único blog que se dá ao trabalho de apurar a verdade dos factos e os factos da verdade.

6 comentários:

maximum morsae disse...

Caras Bio-Bacas(não-verdes):
Todas as tentativas, mesmo que extemporâneas, para lançar confusão sobre o passado da Vaca Verde são sempre bem vindas.
Contudo, a Vaca Verde quer mesmo esclarecer o público, e brevemente estará presente num famoso programa de televisão, para contar o resto da história.
Fiquem atentas.

Sirius disse...

Existe uma bio-vaca semi-verde.

Carla disse...

Existe?

Sirius disse...

existe.

Anónimo disse...

Se tu o dizes...

Pupila disse...

eu acredito! ;)