segunda-feira, janeiro 29, 2007

Protesto contra os protestos

Sou contra qualquer tipo de protesto. Não por ter um sentido prático extremamente apurado e resolver-me a agir sempre que algo não é de minha concordância, em vez de ficar a ladrar para o alto e impotentemente ver a caravana passar, mas porque me irrita a insipiciência e presunção contidas no não-acto de "querer ter algo a dizer e ser ouvido", isto é, no protesto.
É possível que esta minha indignação contra os protestos se prenda com o facto de não compreender a sua utilidade.
Vejamos um exemplo: a STCP, iluminada por inspiração de proveniência duvidosa, resolve alterar os trajectos dos transportes de eleição de reformados e gunas - os autocarros. A onda de incómodo já está gerada, ainda nem se conheciam as mudanças. Manifestações nos Aliados, zumbidos diários nos ouvidos dos motoristas, ataques selváticos aos mal fadados veículos. Resultado: violentas enxaquecas nos traunsentes que circulam/moram/trabalham na zona da Avenida, motoristas afectados pelo stress pós-laboral e integridade dos veículos visivelmente afectada. Como é óbvio, nada foi alterado na nova rede dos transportes.
Isto a propósito das frequentes acusações referentes à nossa utilidade/disponibilidade para fazer alguma coisa útil. Não que isso seja completamente infundamentado. Não. O que me faz confusão é que pessoas tão atarefadas, produtivas e criativas, tenham a disponibilidade para ler o nosso blog e deixar comentários tão sugestivos quanto eloquentes.
Lembra-me quando ando trajada e de manhã me cruzo com respeitáveis senhores laborosamente sentados a ver quem passa, que fazem questão de me cumprimentar com um "Vai trabalhar Vadia!". Horas depois, sigo pelo mesmo caminho, no sentido contrário, e lá estão eles, já um pouco exaustos do seu árduo ofício, mas ainda com folêgo para repetir o cumprimento em forma de despedida.
Se gostam do que aqui lêem, os meus pesâmes. Se não gostam, não leiam. Se gostam de ler para não gostar do que lêem, são parvos.
Tenho dito.

domingo, janeiro 21, 2007

Concorrente à lista de ideias mais espatafúrdias - Parte I

5 Planos infalíveis para a exterminação eficiente e profissional de moscas:

1- Pegue num aspirador (preferencialmente um de mão, ou com um tubo de dimensões razoavelmente elevadas, e peso relativamente baixo). Ligue em modo de sucção máxima. Aponte para as moscas. Aspire. (Dificuldade-5/5 Exequibilidade-2/5 Brutalidade- 2/5 Economia*-1/5)

*Dependendo da potência do aspirador, pode ser mais ou menos económico em termos de energia gasta. Caso não possua um aspirador, tornar-se-à extremamente dispendioso adquirir tal equipamento com o único propósito de exterminar moscas. Alternativa viável- a parte de trás de um secador de cabelo

2- Pegue num saco plástico. Segure por uma aba. Capture as moscas como se se tratasse de uma rede de borboletas. Feche o saco sem as deixar fugir. Esmague. (Dificuldade-2/5 Exequibilidade-4/5 Brutalidade- 5/5 Economia*-5/5)

*Se considerarmos a vertente ecológica do gasto de sacos plásticos, o nível de economia baixa. Alternativa viável- um coador de leite/chá.

3- Pegue em fita cola. Cole atractivos para moscas (açucar, bocados de bosta animal, etc). Espalhe pela casa. Recolha as moscas coladas na fita cola. Tire as asas e observe-as a nadar no lavatório cheio de água. Depois embrulhe-as em papel-prata e queime com um isqueiro. (Dificuldade-4/5 Exequibilidade-1/5 Brutalidade*- 5/5 Economia**-5/5)

*Dependendo da imaginação posterior de cada um.
**A necessidade de limpeza posterior pode reduzir o nível económico.

4- Pegue num desodorizante/outro produto em spray bastante inflamável. Acenda um isqueiro em frente ao orifício que expele o produto. Localize moscas. Dispare. (Dificuldade*-3/5 Exequibilidade-4/5 Brutalidade**- 5/5 Economia***-1-2/5)

*A dificuldade depende da habilidade e pontaria de cada um.
** A brutalidade funciona neste ponto de uma forma bi-lateral, uma vez que a ocorrência de queimaduras corporais, especialmente na região dos dedos se revelou frequente.
***Dependendo da marca e preço do produto e dos danos materiais causados.

Nota: Para efeitos mais brutais, substitua o produto e o isqueiro por um lança-chamas. (Dificuldade*-0/5 Exequibilidade**-0/5 Brutalidade- 5/5 Economia***-0/5)

*Se possuir realmente um lança-chamas, não terá sem dúvida dificuldade em aniquilar moscas por este método.
**A exequibilidade ronda o valor "0" devido à fraca comercialização de lança-chamas no mercado público.
***O cálculo utilizado para obter o valor económico deste método baseou-se na fórmula simples "Preço do lança chamas" + "Danos materiais causados". Se não estiver em sua casa, o índice económico sobe exponencialmente.

5- Pegue num livro bastante pesado. Aleatoriamente, um Atlas de Anatomia. Use a imaginaçao: esmage-as com ele contra as paredes, espalhe "iscos" nas páginas e feche o com elas lá dentro, arranque as páginas e faça aviõezinhos em chamas, e mande-os tentanto acertar-lhes, atire o livro ao ar num plano paralelo ao tecto e tente esmagá-las contra este, apoie o livro num pauzinho e espere que as moscas lhe toquem fazendo com que este lhes caia em cima, leia em voz alta de modo a adormecer as moscas e depois mate-as, vá a uma drogaria e troque o livro por uma embalagem de veneno para moscas e espalhe em casa...
(Dificuldade/Exequibilidade/Brutalidade/Economia- Relativas consoante as opcções de cada um).

Conclusões importantes:
-Eu tenho demasiado tempo livre.
-Quem leu isto tem demasiado tempo livre (possivelmente não tanto como eu, mas para lá caminha).
- A Economia é sempre relativa.

Note-se também a importância excessiva dada a um insecto pequeno, chato e pouco higiénico.

sábado, janeiro 20, 2007

Insignificance

For one small point in time
Forget everything that ever matterred
Loneliness is just a trick of mind
Can you fail to remember?
Far away from dreams of youth
But closer to live without them...
Once I traded feelings for thoughts
I'll never find myself again.
For one little moment in time
Drop everyone that always cared
Solitude is satellite of love
Just for once stand alone
Can you try to fail alone?
Far away from tears of childhood
Will the punishment fit the crime?
Trying to switch fears for toughts
When we live somewhere along the line
I always do something else
Light up a cigarette
And smoke...the joy it brings
You can always do something else
Insignificance...it's just one thing
It's everything, it's just one thing
Insignificance

Hands on Approach - Insignificance - Blown

terça-feira, janeiro 16, 2007

Sobre coiso e tal

Nunca, em tempo algum, desde os primórdios da sua criação, já lá vão alguns séculos, perdão, meses, teve este blog exposta tanta pouca bacurada, alarbice ou estupidez de todo e qualquer tipo.
Não será difícil constatar também que nunca escrevi tão pouco por aqui.
(Ressalvo, no entanto, que qualquer alegada ligação destes dois factos é pura coincidência, tratando-se apenas de dados fictícios, em nada correlaccionados com a realidade.)
Ora, tenciono pôr fim a isto. Não, não me vou suicidar, limito-me a apresentar uma série de medidas totalmente exequíveis de forma a inverter esta tendência de sobriedade e introversão que sobre nós se abateu.
Em primeiro lugar, tenciono criar um fundo para a protecção, desenvolvimento e enquadramento social das ideias idiotas, estapafúrdias e infundamentadas. Periodicamente, atribuirei prémios à ideia mais idiota, à mais estapafúrdia e à mais infundamentada que por estas bandas se revelar. Vá, esforcem-se! Eu sei que são capazes.
Em segundo lugar, e embora ainda não o tenha referido, choca-me o resultado da operação estética a que o nosso blog foi sujeito, por parte de entidades tão obscuras e diletantes cuja identidade me recuso a revelar (não é que faça a miníma ideia de quem são, não é isso, é porque estou mesmo muito chocada). Assim sendo, a par do fundo supracitado, instaurarei também um concurso para a foto mais imbecil de sempre. Não tenciono com isto fazer concorrência ao hi5, apenas dar um ar mais arejado e atraente ao nosso estimado blog.
Posto isto, retiro-me na esperança de ter contribuído para o rejuvenescimento deste espaço cibernético, aguardando por dias mais dourados e pitorescos.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Que o vazio silêncio do blog não reflicta o vazio silêncio das mentes nesta época de exames. Amen.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Época de exames - parte I

Vai começa mais uma.. Voltem os maços de tabaco esvaziados numa tarde. Voltem os torneios de Puzzle Bobble a meio da tarde de estudo. Voltem os olhos vermelhos e pesados a ler apontamentos às 3 da manhã. Volte o avacalhanço que ataca ferozmente nesta altura. Volte o eterno gozar das bacoradas de quem amavelmente escreveu as sebenta que nos ajudam (ou não) a passar. Voltem os jantares de massa chen por entre folhas. Não volte a tentação da receita do Melo (foi divertido mas chegou). Volte o ressabiamento dos porteiros perante a histeria da parvalheira geral. Volte o "vamos passar com uma pinta do caralho". Volte a abstinência. Mas voltem as Tagus no átrio... Volte isso tudo... mas, para o triunfo ou para a desgraça... que passe depressa...

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Sobre tal e coiso

É sempre bom constatar que muito se tem a dizer por estas bandas...
Pois, sempre ouvi dizer, antes umas férteis alarbices, que um silêncio improdutivo.
Como tal, tenho a dizer que não gosto da passagem de ano: bebe-se para esquecer o ano que acabou, passa-se o 1º dia do ano novo com a real ressaca e já com um rol de coisas a esquecer, isto para não falar das promessas ridículas e dos desejos utópicos, assim como dos espumantes fatelas e das intragáveis passas (e aqui refiro-me ao fruto seco, mesmo) que alguém um dia se lembrou de instituir. Bah, porque fogo e barulho e arraiais e tanto alarido sobre uma coisa que inevitavelmente acontece?
Não há registos de algum paspalho ter deixado de ser paspalho, alguma tia ter ficado mais nova ou o otário incompetente da família ter alacançado sucesso na empresa no sogro, e o ano já mudou 2007 vezes. Deixem-se disso...

segunda-feira, janeiro 01, 2007

Novo ano.

365 dias novinhos em folha para fazer merda =D

Um Promíscuo Ano Novo (já que a prosperidade, no fundo, interessa muito pouco).