sexta-feira, agosto 25, 2006

Cultura Popular

Aqui vai uma pequena amostra daquilo que "a experiência e o saber do povo acumulou ao longo de muitas e muitas gerações":

- A cabra puxa sempre para o monte (sempre ouvi dizer que não era bem praí que elas puxam, mas...)
- A cadela morta - gaita à porta (cadela?gaita?hããã?!)
- Água para os peixes, vinho para os homens (aplaudamos!)
- A montanha pariu um rato (hein?)
- Amor sem dinheiro não é bom companheiro (sempre ouvi falar em "amor e uma cabana"...agora já não chega?)
- Antes de casar arranjar casa para morar, terras para lavrar e vinha para podar (e gajo?não é preciso?!)
- Aonde alhos há vinho haverá (e as uvas?)
- As águias não caçam moscas (mas os sapos sim!)
- Atira pão para trás de ti, que adiante o encontrarás (o que terá o Quintanilha a dizer sobre isto?alguma explicação como a da grávida?)
- Barriga cheia, companhia desfeita (as vezes eles fogem...)
- Boi solto lambe-se todo (???)
- Bom vinho, má cabeça (chama-se ressaca!!!)
- Cabeça que não tem juízo, quem o paga é o corpo (já dizia o Variações)
- Casei com a gata por causa da prata, roubaram-me a prata, fiquei com a gata (a matemática é uma ciência!)
- Cordeiro manso mama sua mãe e a alheia (esperto, não?)
- Das águias não nascem pombas (parece-me bastante lógico...)
- De focinho de cão não se tira manteiga (só do leitiiinho, que vem dos tetiiinhos)
- Em casa de Gonçalo manda mais a galinha que o galo (ele lá sabe!)
- Gordura é formosura (maravilha das maravilhas!vai uma feijoadinha então?)
- Ide pelo meio e não caireis (há sempre a hipótese de se ser atropelado antes de cair...)
- Mais homens se afogam no copo que no mar (isso é mau?)
- Mais vale um descosido que um roto (reparem no que vem a seguir...)
- Mais vale um roto que um descosido (andamos a brincar é?)
- Mãos frias, coração quente, amor para sempre (sejamos crentes...)
- Mocidade ociosa - velhice vergonhosa (ups!)
- Não dês a ovelha a guardar ao lobo (parece-me boa ideia, sim...)
- Neste mundo mesquinho quando há para pão não há para vinho (qual escolher?hmmm?)
- Noites alegres - manhãs tristes (volto a dizer...a isso chama-se ressaca)
- O bom vinho por si fala (ai não!!!)
- O que de noite se faz pela manhã aparece (ai a consciência que só dói de manhã!)
- Pão, pão - queijo, queijo (e mai nada!)
- Por um cravo se perde uma ferradura, por uma ferradura um cavalo, por um cavalo um cavalheiro, por um cavalheiro um exército inteiro (worten???)
- Quem anda à chuva molha-se (quem diria...)
- Quem bebe ao almoço chora depois do sol-posto (só se não houver mais que beber!)
- Se bêbado te vires sentir, foge à companhia e vai dormir (qé qi 'tá falando???)
- Um palmo de preguiça acrescenta dez de dano (ah pusé!)

E mais não digo...!

5 comentários:

Carla disse...

A cultura popular assemelha-se a um cancro: ninguém sabe onde nasce nem com que propósito, e quando se manifesta já está de tal modo disseminada que é impossível erradicá-la.
No entanto, olhando para o post, não posso deixar de admitir que uma pessoa que afirme que as "águias não caçam moscas" e "os bois soltos lambem-se todos", e consiga fazer disto uma lei fundamental do universo, merece registar a patente e viver o resto dos seus dias refastelado à sobra da bananeira sustentado pelos direitos de autor.
Já dizia o BES: quem sabe sabe...

Sirius disse...

nada disso. a cultura popular é daqui. é por causa dela que nos levantamos e deitamos todos os dias.. sem essas gotas imensas de sabedoria seria impossivel seguir a nossa triste e vazia existencia pelo mundo.

Carla disse...

Se for por causa da cultura popular que alguém se levanta e deita todos os dias, não me surpreende que a sua existência seja triste e vazia... Mas isso deixo ao critério de cada um.
Se critico a cultura popular não é só por gostar de meter nojo, mas porque ela é perigosa e potencialmente maléfica. Ora reparem: a base da cultura popular são situações isoladas, que depois são metaforizadas e generalizadas. Quer queiram, quer não, qualquer generalização é perigosa, tendendo a induzir-nos em erro. Como tal, "água mole em pedra dura..." pode resultar muito bem no caso da tia Josefina que quer levar o ti Manel de viagem, mas para o priminho Ricardo que quer uma playstation nova, pode valer-lhe um par de estalos e uma semana sem ver TV. Assim, embora aparentemente nos facilite a vida, este tipo de cultura baseia-se em falácias criadas por pessoas que nem sequer sabem o que são falácias... O resultado não pode ser bom.
Tenho dito.

Sirius disse...

É por causa de pessoas generalizantes e preconceituosas como tu que o mundo está como está. Lá porque os sábios legados da cultura popular não se aplicam a todas as situações n~eo quer dizer que não tenham verdade na sua essência. Os provérbios não dizem "sempre que ISTO se verifica, virá obrigatoriamente AQUILO". A sabedoria popular vem directamente de pessoas que adquirem o conhecimento directamente da fonte prática, sem ser deturpado por teorias idiotas formuladas por pessoas que julgam perceber de tudo graças a ler calhamaços poeirentos escritos por outras pessoas que também julgavam perceber tudo através de calhamaços não menos poeirentos. E assim se forma um ciclo onde tristemente a tua alma foi aprisionada.

Carla disse...

Os provérbios na sua essência não dizem nada. Limitam-se a constatar de forma absurda aquilo que todos já sabemos. Além disso, foi graças a conhecimentos adquiridos directamente da fonte prática que durante séculos o Sol girou à volta da Terra, a Terra foi quadrada e o mundo acabava na linha do horizonte. Quanto aos livros poeirentos, lamento o facto de a poeira ser uma consequência directa de haver sempre no ar uma novela altamente gratificante para o espírito e purificante para a alma. Temos pena...