Não sou dos que encaram a praxe com o fanatismo do futebol (até porque nem sequer tenho em grande conta esse famigerado desporto, mas enfim...). Não cuspo ódio de morte ao S. João em tudo o que digo, sou fã do Hermano, grito FAUP sempre que posso e até me divirto com a forte pancada do povo do ISEP. No entanto, não consigo compreender quem sai para uma noite académica trajado, com a capa atolada de emblemas e a pasta estampada de azul e amarelo, e quando chega a altura de representar a sua casa escolhe calar-se, sentar-se e assistir a um espectáculo, impávido e sereno, como se nada daquilo lhe dissesse respeito. Provavelmente não diz.
Na passada 3ª feira decorreu a Noite Negra. Na passada 3ª feira senti vergonha ao dizer que era de Biomédicas. Na passada 3ª feira quis juntar-me ao meus amigos e gritar por outras casas. As meias obrigaram-me a reconsiderar. A esperança que aquilo mudasse fez-me ficar. Não mudou.
Dou vivas à mudança, venha ela de onde vier. Precisa-se urgentemente uma lufada de ar fresco. Cheire bem ou mal. Ar novo, ar diferente. Que o bafio do mofo já cansa o espírito e a letargia entorpece as mentes mais dinâmicas.
sexta-feira, outubro 27, 2006
terça-feira, outubro 24, 2006
(Ergue-se um copo)
(Faz-se silêncio)
Às posições.
Às posições diferentes.
Às maneiras diferentes de encarar uma posição.
À lufada de ar fresco.
À mudança.
Às tentativas de mudança.
Às batalhas.
Às batalhas que travamos pelo gozo.
Às batalhas que travamos por necessidade.
Às batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de travar batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de ganhar batalhas perdidas à partida.
À ilusão.
À ilusão que nos empurra para o abismo.
Ao saber estar à beira do abismo.
Ao pisar a linha.
Ao saber pisar a linha.
Ao saber respeitar a linha.
Ao copo que nos empurra para o outro lado.
Ao outro lado.
Ao chegar ao outro lado.
A quem tenta chegar a outro lado.
A quem quer simplesmente mudar.
A quem não sabe se pode mudar.
Mas que tenta.
A quem se indigna contra quem pode fazer mas não quer.
E com quem se pode sempre contar mesmo quando em vão.
(Faz-se silêncio)
Às posições.
Às posições diferentes.
Às maneiras diferentes de encarar uma posição.
À lufada de ar fresco.
À mudança.
Às tentativas de mudança.
Às batalhas.
Às batalhas que travamos pelo gozo.
Às batalhas que travamos por necessidade.
Às batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de travar batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de ganhar batalhas perdidas à partida.
À ilusão.
À ilusão que nos empurra para o abismo.
Ao saber estar à beira do abismo.
Ao pisar a linha.
Ao saber pisar a linha.
Ao saber respeitar a linha.
Ao copo que nos empurra para o outro lado.
Ao outro lado.
Ao chegar ao outro lado.
A quem tenta chegar a outro lado.
A quem quer simplesmente mudar.
A quem não sabe se pode mudar.
Mas que tenta.
A quem se indigna contra quem pode fazer mas não quer.
E com quem se pode sempre contar mesmo quando em vão.
A Grande Estória - Parte III
Após um incidente de percurso...
- "Tens um penso rápido?"
- "Não."
- "Fódasse! Não serves para nada!"
Minutos depois...
- "Trouxe o penso. Não sirvo para queeeeê?"
- "És a maiiiior! Coral ao poder!"
- "Quero lá saber dessa gente! Não sirvo para queeeeê?"
- "Desculpa. Serves para muito!"
Assim se estendem laços de amizade...
- "Que história foi essa das BioBácas terem feito não sei o quê na praia?"
- "Não tenho nada a ver com isso!"
- "Com as BioBácas ou com o que aconteceu?"
(Silêncio...)
Assim se entranha a dúvida...
- "O único motivo pelo qual não me deixaram despromover-te de Pai das Bácas deve-se ao teu cabelinho loiro e ao ar de bebé Dodot..."
- "Até parece! Se assim fosse eu comia-vos a todas!"
Assim se justificam os motivos...
- "Os licenciados podem praxar!"
- "E...?"
- "Vocês nem imaginam como estão fodidas!"
(Trocam-se olhares de estupefacção...)
- "Se soubessem a quantidade de mensagens que recebi com ideias loucas para vos praxar..."
Assim cresce a esperança...
- "Tens um penso rápido?"
- "Não."
- "Fódasse! Não serves para nada!"
Minutos depois...
- "Trouxe o penso. Não sirvo para queeeeê?"
- "És a maiiiior! Coral ao poder!"
- "Quero lá saber dessa gente! Não sirvo para queeeeê?"
- "Desculpa. Serves para muito!"
Assim se estendem laços de amizade...
- "Que história foi essa das BioBácas terem feito não sei o quê na praia?"
- "Não tenho nada a ver com isso!"
- "Com as BioBácas ou com o que aconteceu?"
(Silêncio...)
Assim se entranha a dúvida...
- "O único motivo pelo qual não me deixaram despromover-te de Pai das Bácas deve-se ao teu cabelinho loiro e ao ar de bebé Dodot..."
- "Até parece! Se assim fosse eu comia-vos a todas!"
Assim se justificam os motivos...
- "Os licenciados podem praxar!"
- "E...?"
- "Vocês nem imaginam como estão fodidas!"
(Trocam-se olhares de estupefacção...)
- "Se soubessem a quantidade de mensagens que recebi com ideias loucas para vos praxar..."
Assim cresce a esperança...
A Grande Estória - Parte II
"Silêncio que se vai cantar o fado"
"Vamos cantar o Hino."
"É preciso traçar a capa?"
Assim se assume algo maior.
"Vamos cantar o Hino."
"É preciso traçar a capa?"
Assim se assume algo maior.
domingo, outubro 22, 2006
A Grande Estória Parte I
- "És a concubina da praxe!"
- "Puta? "
- "Não. Amante."
Assim nasce um estatuto...
- "Bacas? Tem alguma coisa a ver com Baco?"
(- "Vacas do Porto... Bacas... Se calhar... Deus Baco até é fofo... Deus Baco é daqui...")
- "Sim! Bacas de Baco! Óbvio!"
Assim se cria a etimologia...
- "A Tatiana devia ser alguma coisa às Bacas, não te parece?"
- "Naaa... Taty, aceitavas ser nossa Madrinha?"
Assim surge a Madrinha ideal...
- "Quem são as BioPutas?"
- "BioPutas? Não sei. Mas as BioBácas somos nós!"
Assim se proporciona uma nobre apresentação...
- "Quero brindar às BioBácas!"
- "Não temos vinho..."
(Compra-se uma garrafa.)
- "Brindamos aos penicos!"
- "Pode ser."
Assim aparece um novo objecto de culto...
- "Puta? "
- "Não. Amante."
Assim nasce um estatuto...
- "Bacas? Tem alguma coisa a ver com Baco?"
(- "Vacas do Porto... Bacas... Se calhar... Deus Baco até é fofo... Deus Baco é daqui...")
- "Sim! Bacas de Baco! Óbvio!"
Assim se cria a etimologia...
- "A Tatiana devia ser alguma coisa às Bacas, não te parece?"
- "Naaa... Taty, aceitavas ser nossa Madrinha?"
Assim surge a Madrinha ideal...
- "Quem são as BioPutas?"
- "BioPutas? Não sei. Mas as BioBácas somos nós!"
Assim se proporciona uma nobre apresentação...
- "Quero brindar às BioBácas!"
- "Não temos vinho..."
(Compra-se uma garrafa.)
- "Brindamos aos penicos!"
- "Pode ser."
Assim aparece um novo objecto de culto...
Sobre os que cantam
Cantai bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
"Coro dos Caídos" Zeca Afonso
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
"Coro dos Caídos" Zeca Afonso
quarta-feira, outubro 18, 2006
Das coisas que deviam ter sido feitas
Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de Além.
Vontades ou pensamentos?
Não o sei, e sei-o bem.
Fernando Pessoa
Falta a força de vontade para conseguir o que nos propomos. Falta a necessidade extrema que faz o "pressing" necessário para realizarmos o que é preciso. Faltam horas de sono bem dormidas, falta não ter preguiça, falta ter coragem, falta não nos acomodarmos, falta percebermos que o que tem que ser tem muita força, falta não deixarmos as coisas a meio.
(Aplica-se a muita coisa séria. Neste momento aplica-se ao seguinte: não me apetece estudar.)
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de Além.
Vontades ou pensamentos?
Não o sei, e sei-o bem.
Fernando Pessoa
Falta a força de vontade para conseguir o que nos propomos. Falta a necessidade extrema que faz o "pressing" necessário para realizarmos o que é preciso. Faltam horas de sono bem dormidas, falta não ter preguiça, falta ter coragem, falta não nos acomodarmos, falta percebermos que o que tem que ser tem muita força, falta não deixarmos as coisas a meio.
(Aplica-se a muita coisa séria. Neste momento aplica-se ao seguinte: não me apetece estudar.)
terça-feira, outubro 17, 2006
Sobre a verdade
Encontro nas pessoas dois tipos de verdade: a impensada, espontânea, impulsiva, repentina; aquela que dizemos em momentos de pressão, quando todos olham para nós e nos sentimos compelidos a agir. É a verdade que custa, que nos causa remorso, que raramente se adequa àquilo que queríamos transmitir. A outra, a reflectida, a ponderada, a analisada e pesada, é de facto a mais suave, a mais agradável de ser ouvida, a mais facilmente apreendida. Não é de todo a mais sincera, dizem alguns. Discordo abertamente.
Em minha opinião, a verdade é única e própria de cada pessoa, a verdade é aquilo em que acredito e aquilo em que acredito é aquilo em que quero acreditar. A verdade é uma construção diária e é passível de ser mutada a cada instante. Se a alternativa for uma verdade deturpada pelo stress e pelo constragimento, prefiro uma mentira escolhida, limada e filtrada, uma mentira na qual não me custe acreditar. E, sendo que acredito nela, já não é uma mentira, pois não?
Isto tudo para dizer que defensivamente falhei perante vós, minhas vaquinhas, não por falta de sinceridade para connvosco, mas por falta de sinceridade para comigo...
Falta-me o sono e o remorso.
Sobra-me o despeito e a parvoíce.
Em minha opinião, a verdade é única e própria de cada pessoa, a verdade é aquilo em que acredito e aquilo em que acredito é aquilo em que quero acreditar. A verdade é uma construção diária e é passível de ser mutada a cada instante. Se a alternativa for uma verdade deturpada pelo stress e pelo constragimento, prefiro uma mentira escolhida, limada e filtrada, uma mentira na qual não me custe acreditar. E, sendo que acredito nela, já não é uma mentira, pois não?
Isto tudo para dizer que defensivamente falhei perante vós, minhas vaquinhas, não por falta de sinceridade para connvosco, mas por falta de sinceridade para comigo...
Falta-me o sono e o remorso.
Sobra-me o despeito e a parvoíce.
domingo, outubro 15, 2006
I'm bad, I'm mad and I'm back
Andava eu à procura de um bom motivo para postar neste blog, por mim tão acarinhado, quando me deparo com um pedido de desculpas sobre uns quaisquer afamados mal-entendidos.
Ora, imaginem o meu júbilo quando percebi que a minha dramática e tempestuosa saída do blog começara a surtir efeito. Já havia lido uns comentários pesarosos mas nada com esta magnitude, nada me fizesse bater palmas tão euforicamente e soltar gargalhadas tão sinistras. De facto, meus amigos, voltei só para dizer que a minha saída se deveu a factos meramente práticos e a uma deficiente gestão de tempo. Problemas esses que serão atempadamente resolvidos.
Entretanto, aproveitando o meu regresso, darei uso ao "escárnio afiado" e voltarei a incomodar susceptibilidades e recalcamentos. Temos pena.
Começando pelo que me trouxe de volta a tão verdejantes paragens, tenho a dizer que nada tenho contra os mal entendidos. Muito pelo contrário, rezo dia e noite para que ninguém perceba aquilo que verdadeiramente quero dizer. Viva a retórica, vivam as figuras de estilo, viva a ignorância generalizada no que diz respeito à língua portuguesa (de facto, eu que estudei sempre numa escola pública, admiro-me de saber soletrar o meu nome...). Sou a primeira apoiante de ironia como forma de discurso e defendo até morrer o sarcasmo como modo de encarar a vida. Ora, o que me ofende e irrita, é ser acusada de gozar com isto e tentar meter nojo em relação aquilo, quando de facto até estava a ter uma postura séria por não conseguir ridicularizar tal personagem ou situação. Não há direito! Como um dia escrevi mas não tive coragem de postar (sim, pontualmente sofro ataques de bom senso) não consigo ser palhaça a tempo inteiro. Peço perdão.
Em relação à onda de solidariedade e incómodo que emergiu entre os leitores do blog relativamente ao surgimento de Inimigos Quase Públicos, agradeço a dedicação e o apoio mas informo, com muita insatisfação e desagrado, que de nada nos será útil a vossa efeverscente revolta, pois os nossos queridos inimigos desertaram sem deixar sequer um rasto de contestação. Não há direito! Merecíamos inimigos bem melhores que isto. Declaro abertas as inscrições!
Finalmente, fazendo o rescaldo de tudo o que por aqui se tem dito, decidi adoptar três ideias:
1. sabemos que nunca seremos compreendidos, no entanto, insistimos em fazer-nos compreender (até escrevemos em blogs e tudo...)
2. contando um sonho ou não ele nunca se realiza pelo simples facto de que é um sonho, isto é, produto da imaginação, fantasia, devaneio, utopia, ilusão, etc; em suma, algo imaterial que nunca deixará de o ser.
3. não importa se somos da terrinha ou da grande cidade, nunca estamos bem onde estamos. Há sempre aquele sitío tranquilo onde os passarinhos cantam afinados e os insectos não são irritantes; há sempre aquele cinema sempre disponível onde as pipocas não se colam aos dedos e as crianças não nos suscitam desejos homicídas. O mais incrível ainda é que adoramos mudar de sítio pelo simples facto de estarmos fartos do anterior, mas nada nos incomoda mais que o acto de viajar. Ele há coisas...
Bem, espero ter feito três contribuidores felizes. Há que ser útil!
Ora, imaginem o meu júbilo quando percebi que a minha dramática e tempestuosa saída do blog começara a surtir efeito. Já havia lido uns comentários pesarosos mas nada com esta magnitude, nada me fizesse bater palmas tão euforicamente e soltar gargalhadas tão sinistras. De facto, meus amigos, voltei só para dizer que a minha saída se deveu a factos meramente práticos e a uma deficiente gestão de tempo. Problemas esses que serão atempadamente resolvidos.
Entretanto, aproveitando o meu regresso, darei uso ao "escárnio afiado" e voltarei a incomodar susceptibilidades e recalcamentos. Temos pena.
Começando pelo que me trouxe de volta a tão verdejantes paragens, tenho a dizer que nada tenho contra os mal entendidos. Muito pelo contrário, rezo dia e noite para que ninguém perceba aquilo que verdadeiramente quero dizer. Viva a retórica, vivam as figuras de estilo, viva a ignorância generalizada no que diz respeito à língua portuguesa (de facto, eu que estudei sempre numa escola pública, admiro-me de saber soletrar o meu nome...). Sou a primeira apoiante de ironia como forma de discurso e defendo até morrer o sarcasmo como modo de encarar a vida. Ora, o que me ofende e irrita, é ser acusada de gozar com isto e tentar meter nojo em relação aquilo, quando de facto até estava a ter uma postura séria por não conseguir ridicularizar tal personagem ou situação. Não há direito! Como um dia escrevi mas não tive coragem de postar (sim, pontualmente sofro ataques de bom senso) não consigo ser palhaça a tempo inteiro. Peço perdão.
Em relação à onda de solidariedade e incómodo que emergiu entre os leitores do blog relativamente ao surgimento de Inimigos Quase Públicos, agradeço a dedicação e o apoio mas informo, com muita insatisfação e desagrado, que de nada nos será útil a vossa efeverscente revolta, pois os nossos queridos inimigos desertaram sem deixar sequer um rasto de contestação. Não há direito! Merecíamos inimigos bem melhores que isto. Declaro abertas as inscrições!
Finalmente, fazendo o rescaldo de tudo o que por aqui se tem dito, decidi adoptar três ideias:
1. sabemos que nunca seremos compreendidos, no entanto, insistimos em fazer-nos compreender (até escrevemos em blogs e tudo...)
2. contando um sonho ou não ele nunca se realiza pelo simples facto de que é um sonho, isto é, produto da imaginação, fantasia, devaneio, utopia, ilusão, etc; em suma, algo imaterial que nunca deixará de o ser.
3. não importa se somos da terrinha ou da grande cidade, nunca estamos bem onde estamos. Há sempre aquele sitío tranquilo onde os passarinhos cantam afinados e os insectos não são irritantes; há sempre aquele cinema sempre disponível onde as pipocas não se colam aos dedos e as crianças não nos suscitam desejos homicídas. O mais incrível ainda é que adoramos mudar de sítio pelo simples facto de estarmos fartos do anterior, mas nada nos incomoda mais que o acto de viajar. Ele há coisas...
Bem, espero ter feito três contribuidores felizes. Há que ser útil!
sábado, outubro 14, 2006
Aos mistérios
Sabemos o que as pessoas significam para nós, mas nunca saberemos o que significamos para elas.
Sabemos o que queremos dizer, mas nunca saberemos o que os outros entenderam com o que dissemos.
Sabemos o que queremos fazer. Mas não podemos saber como interpretam os nossos actos.
Sabemos o que ouvimos, mas nunca saberemos o que queriam dizer com aquilo.
Sabemos (às vezes) para onde queremos ir, mas nunca onde vamos de facto parar.
De facto, os mal-entendidos são a coisa mais banal que existe. Pena é que quase nunca sejam possíveis de esclarecer.
Não raramente, apostamos tudo num mal entendido. E depois... dá merda.
(Aparte: um pedido de desculpas a ti Lette, porque com o que me disseste percebi o mal-entendido perante alguns dos teus posts.)
Sabemos o que queremos dizer, mas nunca saberemos o que os outros entenderam com o que dissemos.
Sabemos o que queremos fazer. Mas não podemos saber como interpretam os nossos actos.
Sabemos o que ouvimos, mas nunca saberemos o que queriam dizer com aquilo.
Sabemos (às vezes) para onde queremos ir, mas nunca onde vamos de facto parar.
De facto, os mal-entendidos são a coisa mais banal que existe. Pena é que quase nunca sejam possíveis de esclarecer.
Não raramente, apostamos tudo num mal entendido. E depois... dá merda.
(Aparte: um pedido de desculpas a ti Lette, porque com o que me disseste percebi o mal-entendido perante alguns dos teus posts.)
Sobre os sonhos
"Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar"
Se contares os teus sonhos eles não se realizam... Quantas vezes me disseram isto. Superstições sem sentido nenhum na cabeça de mil e uma pessoas que as tentam passar para outras mil e uma, talvez de forma a nunca se perderem. Qual a vantagem de ter um sonho e não o partilhar com alguém? Andar ali a matutar, a massacrar a sua própria cabeça com algo aparentemente tão impossível?
O sonho é feito para ser partilhado. Para termos alguém à nossa beira a quem possamos contar, para que o sonho até nos possa unir. Para que tenhamos algo em comum que nos faça rir e chorar e tudo isso.
Sem sonhos não há nada... Em sonhos tudo é possível...
Gosto dos sonhos...
Gosto de sonhar...
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar"
Se contares os teus sonhos eles não se realizam... Quantas vezes me disseram isto. Superstições sem sentido nenhum na cabeça de mil e uma pessoas que as tentam passar para outras mil e uma, talvez de forma a nunca se perderem. Qual a vantagem de ter um sonho e não o partilhar com alguém? Andar ali a matutar, a massacrar a sua própria cabeça com algo aparentemente tão impossível?
O sonho é feito para ser partilhado. Para termos alguém à nossa beira a quem possamos contar, para que o sonho até nos possa unir. Para que tenhamos algo em comum que nos faça rir e chorar e tudo isso.
Sem sonhos não há nada... Em sonhos tudo é possível...
Gosto dos sonhos...
Gosto de sonhar...
domingo, outubro 08, 2006
Pausa
É tão bom no meio de tudo isto, parar um bocado, ir a um café onde nos cumprimentam pelo nome e bebemos cerveja barata, e ouvimos os velhos do costume falar da humilhação do Cumieira que levou 4-0 do Rebordosa, e a comentar os projectos de um jornal ainda sem sudoku, onde o presidente da câmara fala numa piscina coberta no velho campo do Calvário.
E depois chegar a casa e comer marmelada acabadinha de fazer.
Boa e velha terrinha para curar uma gripe e descansar os neurónios.
E depois chegar a casa e comer marmelada acabadinha de fazer.
Boa e velha terrinha para curar uma gripe e descansar os neurónios.
sábado, outubro 07, 2006
Durante muitos anos as ideias estiveram escondidas dentro de nós, sendo reveladas aos poucos por acções, pensamentos e gestos, à espera...
Durante anos pensamos estar sós.
Mas depois encontramos ideias semelhantes, e, com papel e caneta, construímos as nossas armas contra o Sistema.
Se alguém pensa que pode deitar isso abaixo mascarando questões pessoais (próprias de pessoas energúmenas e com falta de amor próprio) de causas justas, que venha.
O que quer que pensem de nós, posso assumir com toda a confiança e clareza que está errado.
Ficam desde já avisados. Podemos não ter os meios nem o poder, mas temos sempre a ébria insanidade e o escárnio afiado que faz de nós quem somos.
E a cumplicidade e união só por si, sem hipocrisias, esquemas ou motivos suplementares de interesse, vale mais do que qualquer coisa que nos queiram apontar.
"Connosco quem quiser, contra nós quem puder."
Durante anos pensamos estar sós.
Mas depois encontramos ideias semelhantes, e, com papel e caneta, construímos as nossas armas contra o Sistema.
Se alguém pensa que pode deitar isso abaixo mascarando questões pessoais (próprias de pessoas energúmenas e com falta de amor próprio) de causas justas, que venha.
O que quer que pensem de nós, posso assumir com toda a confiança e clareza que está errado.
Ficam desde já avisados. Podemos não ter os meios nem o poder, mas temos sempre a ébria insanidade e o escárnio afiado que faz de nós quem somos.
E a cumplicidade e união só por si, sem hipocrisias, esquemas ou motivos suplementares de interesse, vale mais do que qualquer coisa que nos queiram apontar.
"Connosco quem quiser, contra nós quem puder."
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Histórias bonitas
Sobre os fantasmas
Há coisas que não nos deixam seguir em frente. Há pesos que trazemos sobre os ombros todos os dias, em que pensamos, seja constantemente seja apenas quando pensamos estar à beira do abismo, e que não nos deixam fazer o que queremos. Damos-lhe o nome fofinho de fantasmas, tal qual as criaturas de que costumávamos ter medo em criança. São fracassos, perdas, memórias, marcas, cicatrizes. Às vezes, servem para impedir que nos magoemos... a maior parte das vezes servem para simplesmente desistirmos de tentar.
Conclusão nisto? Nenhuma... Um desabafo por tudo o que eu não fiz e vou continuar a não fazer por causa deles, e a quem eles interessam muito pouco... uma vénia respeitosa.
Conclusão nisto? Nenhuma... Um desabafo por tudo o que eu não fiz e vou continuar a não fazer por causa deles, e a quem eles interessam muito pouco... uma vénia respeitosa.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Não ignorando o facto de vos ter presentado com altruísta e generosa pausa da exímia lavagem cerebral a que tenho submetido alguns de vós, atrevo-me a quebrar tão honrada promessa, por factos cuja gravidade deixo ao vosso critério avaliar.
Pois que, além dos fortes laços que cultivo entre a comunidade microbiana, há outra amizade que muito orgulho me traz. Trata-se de um longo percurso de companheirismo e camaradagem com passarinhos verdes. E, como todos vós devereis saber, os passarinhos verdes são incovenientes contadores de histórias. Viva a inconveniência!
Isto tudo para vos dizer, com toda a glória e satisfação que a situação me exalta, que as BioBácas conquistaram Inimigos Quase Públicos. Viva a inimizade!
Meus amigos, foi um caminho longo. Foi uma luta diária. Foram copos, canções e bacuradas declamadas ao luar. Foram risos, insultos e piadolas proclamadas na face de quem nos olha. Finalmente, surge a reacção, o incómodo, a contestação. Viva a revolta! Só é pena não ser uma revolta viva...
Ora, meus inimigos, não sabeis o quanto admiro a vossa cobardia, a vossa falta de respeito e de sabedoria, a vossa frágil e falível estratégia de ataque, o vosso recalcamento... As vossas fraquezas permitiram-nos chegar mais longe, alcançar objectivos mais ambiciosos, provar o nosso diminuto valor perante a vossa elevada arrogância. Viva a humildade!
Dito isto, retomo a minha condição de mero espectador passivo deste blog, esperando a ascenção de uma nova realidade, um movimento que contenha a resposta a todos os anseios de quem nos persegue: a Comunidade Anti Galdérias Atrofiadas Recalcadas e Imbecis, em parceria com a Comissão Anti Gnús Armados em Respeitáveis Otários.
Adoptem uma ideia. Farão um idiota feliz.
Pois que, além dos fortes laços que cultivo entre a comunidade microbiana, há outra amizade que muito orgulho me traz. Trata-se de um longo percurso de companheirismo e camaradagem com passarinhos verdes. E, como todos vós devereis saber, os passarinhos verdes são incovenientes contadores de histórias. Viva a inconveniência!
Isto tudo para vos dizer, com toda a glória e satisfação que a situação me exalta, que as BioBácas conquistaram Inimigos Quase Públicos. Viva a inimizade!
Meus amigos, foi um caminho longo. Foi uma luta diária. Foram copos, canções e bacuradas declamadas ao luar. Foram risos, insultos e piadolas proclamadas na face de quem nos olha. Finalmente, surge a reacção, o incómodo, a contestação. Viva a revolta! Só é pena não ser uma revolta viva...
Ora, meus inimigos, não sabeis o quanto admiro a vossa cobardia, a vossa falta de respeito e de sabedoria, a vossa frágil e falível estratégia de ataque, o vosso recalcamento... As vossas fraquezas permitiram-nos chegar mais longe, alcançar objectivos mais ambiciosos, provar o nosso diminuto valor perante a vossa elevada arrogância. Viva a humildade!
Dito isto, retomo a minha condição de mero espectador passivo deste blog, esperando a ascenção de uma nova realidade, um movimento que contenha a resposta a todos os anseios de quem nos persegue: a Comunidade Anti Galdérias Atrofiadas Recalcadas e Imbecis, em parceria com a Comissão Anti Gnús Armados em Respeitáveis Otários.
Adoptem uma ideia. Farão um idiota feliz.
quarta-feira, outubro 04, 2006
domingo, outubro 01, 2006
Semana de recepção
Mesmo com os pés todos doridos,um enorme cansaço no corpo e uma réstia de ressacas acumuladas tenho que admitir que esta semana foi fantástica!!!Apesar de o caloiro ser uma coisa tão insignificante temos alguns de grande valor...A nossa familia continua a crescer!!!Parabéns às mais recentes biobácas!!!Somos o pior que há!!!
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