terça-feira, outubro 24, 2006

(Ergue-se um copo)
(Faz-se silêncio)

Às posições.
Às posições diferentes.
Às maneiras diferentes de encarar uma posição.
À lufada de ar fresco.
À mudança.
Às tentativas de mudança.
Às batalhas.
Às batalhas que travamos pelo gozo.
Às batalhas que travamos por necessidade.
Às batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de travar batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de ganhar batalhas perdidas à partida.
À ilusão.
À ilusão que nos empurra para o abismo.
Ao saber estar à beira do abismo.
Ao pisar a linha.
Ao saber pisar a linha.
Ao saber respeitar a linha.
Ao copo que nos empurra para o outro lado.
Ao outro lado.
Ao chegar ao outro lado.
A quem tenta chegar a outro lado.
A quem quer simplesmente mudar.
A quem não sabe se pode mudar.
Mas que tenta.
A quem se indigna contra quem pode fazer mas não quer.
E com quem se pode sempre contar mesmo quando em vão.

1 comentário:

Carla disse...

Além de saber beber, há que saber brindar. Saber ao que brindar. Saber com quem brindar.
Raramente me dou bem com estas ideologias. O chamamento do álcool leva-nos a fazer brindes de merda, a brindar à merda, a brindar com merda.
Nada que o polir do tempo não resolva.
Às Bácas, a quem brinda por nós, a quem contra nós não brinda.