Encontro nas pessoas dois tipos de verdade: a impensada, espontânea, impulsiva, repentina; aquela que dizemos em momentos de pressão, quando todos olham para nós e nos sentimos compelidos a agir. É a verdade que custa, que nos causa remorso, que raramente se adequa àquilo que queríamos transmitir. A outra, a reflectida, a ponderada, a analisada e pesada, é de facto a mais suave, a mais agradável de ser ouvida, a mais facilmente apreendida. Não é de todo a mais sincera, dizem alguns. Discordo abertamente.
Em minha opinião, a verdade é única e própria de cada pessoa, a verdade é aquilo em que acredito e aquilo em que acredito é aquilo em que quero acreditar. A verdade é uma construção diária e é passível de ser mutada a cada instante. Se a alternativa for uma verdade deturpada pelo stress e pelo constragimento, prefiro uma mentira escolhida, limada e filtrada, uma mentira na qual não me custe acreditar. E, sendo que acredito nela, já não é uma mentira, pois não?
Isto tudo para dizer que defensivamente falhei perante vós, minhas vaquinhas, não por falta de sinceridade para connvosco, mas por falta de sinceridade para comigo...
Falta-me o sono e o remorso.
Sobra-me o despeito e a parvoíce.
terça-feira, outubro 17, 2006
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1 comentário:
tão? wazzup? Oo
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