Não sou dos que encaram a praxe com o fanatismo do futebol (até porque nem sequer tenho em grande conta esse famigerado desporto, mas enfim...). Não cuspo ódio de morte ao S. João em tudo o que digo, sou fã do Hermano, grito FAUP sempre que posso e até me divirto com a forte pancada do povo do ISEP. No entanto, não consigo compreender quem sai para uma noite académica trajado, com a capa atolada de emblemas e a pasta estampada de azul e amarelo, e quando chega a altura de representar a sua casa escolhe calar-se, sentar-se e assistir a um espectáculo, impávido e sereno, como se nada daquilo lhe dissesse respeito. Provavelmente não diz.
Na passada 3ª feira decorreu a Noite Negra. Na passada 3ª feira senti vergonha ao dizer que era de Biomédicas. Na passada 3ª feira quis juntar-me ao meus amigos e gritar por outras casas. As meias obrigaram-me a reconsiderar. A esperança que aquilo mudasse fez-me ficar. Não mudou.
Dou vivas à mudança, venha ela de onde vier. Precisa-se urgentemente uma lufada de ar fresco. Cheire bem ou mal. Ar novo, ar diferente. Que o bafio do mofo já cansa o espírito e a letargia entorpece as mentes mais dinâmicas.
sexta-feira, outubro 27, 2006
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5 comentários:
pah é chato...os sapatos magoam os pés, as pernas ficam doridas de estar muito tempo de pé, a garganta fica a doer, fica-se rouco (o que acarreta uma série de gastos monetários em mebocaina e afins) e pode até cair-se das bancadas, o que poderia causar um traumatismo em qualquer sítio!mas o traje até é bonito, fica bem usar de vez em quando para tirar o cheiro a mofo e confirmar que as traças não o comeram. e azul e amarelo são cores bonitas e tudo.
sei que a minha crítica é completamente inválida, uma vez que não estive presente e não assiti a essa belíssima atitude da primeira fila, e por isso peço desculpa por estar aqui a mandar "bitaites", mas a questão fundamental é que muito provavelmente esses senhores de preto nem as musicas conhecem, ou então até já se esqueceram. afinal...já foi há tanto tempo!
ah, e é verdade: "fooorça biomédicos da gandra, somos os melhores da gandra" e cenas cenas.
A tua crítica de inválida não tem nada, não fosses tu a voz esganiçada que nunca se cansa de abrir a goela para gritar "É BIO!".
De facto, com os pés doridos e absurdamente afónica até começo a compreender essa gente. Quem sabe, não nós somos apenas os otários que bebemos uns copos e, sem nada mais interessante para fazer, pomos toda a gente à nossa volta a gritar músicas infantis ou de conteúdo duvidoso, respondemos a figuras tristes com figuras ainda mais tristes, e, no final, orgulhosos da nossa prestação, ressabiamos com toda a gente que não alinha connosco. Tá mal!
A quem é louco o normal parece absurdo..não interessa quanto errados ou certos possamos estar, quando temos a capa aos ombros há maneiras certas de agir, quem n quer que n a ponha. "Em Roma sê Romano" (perdoa-me Lette, eu continuo a apoiar a sabedoria popular)
Vóvó:
Nenhuma de nós tem por hábito morder a mão que a alimenta.
Sabemos perfeitamente quem é por nós, quem até nos acha piada e quem não nos quer ver à frente nem pintadas de ouro.
Quero com isto dizer que nunca atraiçoaríamos quem desde o início nos apoiou. Quer por razões ideológicas, afectivas ou mesmo práticas, defenderemos até ao fim as pessoas a quem um dia escolhemos para nossa família.
Relativamente à praxe, temos ideias assentes, algumas das quais chocarão muita boa gente, mas deixemos esses assuntos tão místicos para a altura apropriada...
Avé Chefe Welcome!
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