Estava eu numa das minhas tardes de não-fazer-nadismo, agora um pouco mais vazias graças a ofensas que vão além da minha compreensão, quando me deparo, no meio de muita revistagem de fofoca e jornais da terrinha, com uma coluna que até parece ser interessante. O nome é talvez um pouco duvidoso ("O sexo e a Cidália"), mas o título chama a atenção: O pior de nós.
Apesar de no artigo o assunto ser abordado de uma maneira mais virada para outros aspectos, a mensagem era bem simples: as pessoas, de quem gostamos ou não, às vezes merecem o pior de nós. Quem nos engana merece o pior de nós, quem brinca connosco merece o pior de nós, quem nos despreza merece o pior de nós. Quem se acha no direito de escarnecer, quem boateia, quem exige de nós aquilo que sabe que não podemos dar, quem controla, quem manipula, quem usa, quem chantageia, merecem o pior, merecem o desprezo, o escárnio, cara feia, uma resposta bem torta, uma boca bem mandada e quiçá um murro nos cornos.
Fica aqui a minha resolução para 2007: não aturar merdas.
Podemos perder muita coisa assim, mas ao menos tudo o que ganharmos vai ser sincero.
Perdoem-me o aparente ressabiamento, mas é bem melhor que uma data de coisas.
domingo, dezembro 31, 2006
sexta-feira, dezembro 29, 2006
Noite de Vila Real - Conceitos a reter
a) 16 minis numa só mesa durante a tarde dão um certo mau aspecto, especialmente se à mesa estiverem apenas 4 pessoas.
b) Conhecer pais dos amigos após a ingestão de cerveja é mais fácil do que parece.
c) As músicas da noite vêm naturalmente, e nunca de um cd dos Queen.
d) Tascas transmontanas: comida estranha, bom vinho.
e) A simpatia das pessoas por detrás do balcão faz milagres.
f) As coisas com leite condensado não são necessariamente amarelas.
g) A dicotomia Vítor/Cátia funciona também fora da queima.
h) Karaoke pode levar a figuras menos próprias.
i) Tudo está bem enquanto a polícia não chega.
j) Coisas muito estranhas são passíveis de ocorrer no interior de casas de banho de mulheres.
k) Qual discoteca? É muito melhor conhecer quem tenha a chave de um bar fechado e ir pra lá jogar bilhar e beber carlsberg de graça.
l) Diz que aqui faz frio.
m) Todos os demónios têm um fundo fofo.
n) Os polivans são complexos.
o) Torradas, leitinho e coca-colinha patrocinam o dia seginte.
p) Foi gasto menos dinheiro que o inicialmente esperado.
q) A quantidade de álcool ingerido das mais diversas formas ultrapassou largamente o planeado.
r) Apesar de longas e tortuosas buscas, não foi possível identificar ninguém em Vila Real que não seja atacado regularmente de uma loucura insana e destrutiva.
s) Um "isto vai dar merda" nunca deve ser subestimado.
b) Conhecer pais dos amigos após a ingestão de cerveja é mais fácil do que parece.
c) As músicas da noite vêm naturalmente, e nunca de um cd dos Queen.
d) Tascas transmontanas: comida estranha, bom vinho.
e) A simpatia das pessoas por detrás do balcão faz milagres.
f) As coisas com leite condensado não são necessariamente amarelas.
g) A dicotomia Vítor/Cátia funciona também fora da queima.
h) Karaoke pode levar a figuras menos próprias.
i) Tudo está bem enquanto a polícia não chega.
j) Coisas muito estranhas são passíveis de ocorrer no interior de casas de banho de mulheres.
k) Qual discoteca? É muito melhor conhecer quem tenha a chave de um bar fechado e ir pra lá jogar bilhar e beber carlsberg de graça.
l) Diz que aqui faz frio.
m) Todos os demónios têm um fundo fofo.
n) Os polivans são complexos.
o) Torradas, leitinho e coca-colinha patrocinam o dia seginte.
p) Foi gasto menos dinheiro que o inicialmente esperado.
q) A quantidade de álcool ingerido das mais diversas formas ultrapassou largamente o planeado.
r) Apesar de longas e tortuosas buscas, não foi possível identificar ninguém em Vila Real que não seja atacado regularmente de uma loucura insana e destrutiva.
s) Um "isto vai dar merda" nunca deve ser subestimado.
quinta-feira, dezembro 28, 2006
Das ébrias conversas a desoras - II
"Mas agora é tarde demais."
"Falas como se tivesses 40 anos."
"Já tive a minha oportunidade, escolhi um caminho, o tempo não volta atrás."
"Sim, mas vais acabá-lo. E seguir outro. E outro. Quantos quiseres até não te restarem forças."
"Não é a mesma coisa."
"Impermanência. Não se fica no mesmo lugar da mesma maneira muito tempo. É a chave para tudo. Aprende a não te prenderes por coisas que são sempre, mas sempre impermanentes."
"Falas como se tivesses 40 anos."
"Já tive a minha oportunidade, escolhi um caminho, o tempo não volta atrás."
"Sim, mas vais acabá-lo. E seguir outro. E outro. Quantos quiseres até não te restarem forças."
"Não é a mesma coisa."
"Impermanência. Não se fica no mesmo lugar da mesma maneira muito tempo. É a chave para tudo. Aprende a não te prenderes por coisas que são sempre, mas sempre impermanentes."
Etiquetas:
Das ébrias conversas a desoras
quarta-feira, dezembro 27, 2006
Actualidades Parte II
* Durante as festividades parentescas, as BioBácas declararam-se oficial, pública e orgulhosamente Ovelhas Negras no seio dos seus agregados familiares. A reacção já fez sentir por um notório decréscimo do contributo natalício, embora haja fortes indícios de casos de suborno e chantagem. Confrontadas com estas suspeitas, a resposta foi unânime: "É mentira! É mentira!"
* A poucos dias da ramada do ano, os treinos intensificam-se, e todas se preparam para o estágio final, na cidade que tem o Corgo aos pés, a quem o Cabril canta e o Marão beija... As ausências serão notadas mas não lamentadas. Afinal, "só faz falta quem cá está".
* Depois de José Mourinho, Pedro Santana Lopes e Carolina Salgado, as BioBácas acham-se no direito de escrever um livro. "Ao que parece, basta ter alguma coisa polémica a dizer e saber dactilografar. Não deve ser difícil." - confessam em entrevista.
* Contra todas as espectativas, o presépio do nosso instituto sobreviveu a todos os atentados terroristas que sobre ele se abateram, alcançando um feito inédito em Biomédicas: permanecer ileso e intacto perante uma Flower. No entanto, por motivos ainda não revelados, a Virgem Maria encontra-se a receber acompanhamento psicológico.
* A poucos dias da ramada do ano, os treinos intensificam-se, e todas se preparam para o estágio final, na cidade que tem o Corgo aos pés, a quem o Cabril canta e o Marão beija... As ausências serão notadas mas não lamentadas. Afinal, "só faz falta quem cá está".
* Depois de José Mourinho, Pedro Santana Lopes e Carolina Salgado, as BioBácas acham-se no direito de escrever um livro. "Ao que parece, basta ter alguma coisa polémica a dizer e saber dactilografar. Não deve ser difícil." - confessam em entrevista.
* Contra todas as espectativas, o presépio do nosso instituto sobreviveu a todos os atentados terroristas que sobre ele se abateram, alcançando um feito inédito em Biomédicas: permanecer ileso e intacto perante uma Flower. No entanto, por motivos ainda não revelados, a Virgem Maria encontra-se a receber acompanhamento psicológico.
segunda-feira, dezembro 25, 2006
Das ébrias conversas a desoras - I
"Entre a dor e o nada, preferes o quê?"
"A dor..."
"Porquê?"
"A dor passa. Transforma-se noutras coisas. E entretanto evoluiste. Nada vem do nada..."
"E enquanto não passa?"
"O nada às vezes doi bem mais."
"A dor..."
"Porquê?"
"A dor passa. Transforma-se noutras coisas. E entretanto evoluiste. Nada vem do nada..."
"E enquanto não passa?"
"O nada às vezes doi bem mais."
Etiquetas:
Das ébrias conversas a desoras
sexta-feira, dezembro 15, 2006
Votos Bovinos de Boas Festas
Desviando um pouco a atenção do consumismo desenfreado da época em questão, e concentrando-nos no mais importante.
Aos Amigos.
Aos Amigos que têm sempre um ombro, um sorriso, um copo na mão.
Aos Amigos que estiveram sempre do nosso lado.
A todos os que ajudam a fazer da luta quotidiana pela sobrevivência, uma coisa mais suportável.
A todos os que sempre nos apoiaram.
Aos que ajudam a fazer de tudo isto cada vez mais o nosso Lar.
Aos amigos que afinal são a família que a gente escolhe nos cantos do Mundo para onde vamos.
Aos avós, bisavós, pais, tios, amigos, às BACAS...
Um Bovino Natal e Um Promíscuo Ano Novo
=D
Aos Amigos.
Aos Amigos que têm sempre um ombro, um sorriso, um copo na mão.
Aos Amigos que estiveram sempre do nosso lado.
A todos os que ajudam a fazer da luta quotidiana pela sobrevivência, uma coisa mais suportável.
A todos os que sempre nos apoiaram.
Aos que ajudam a fazer de tudo isto cada vez mais o nosso Lar.
Aos amigos que afinal são a família que a gente escolhe nos cantos do Mundo para onde vamos.
Aos avós, bisavós, pais, tios, amigos, às BACAS...
Um Bovino Natal e Um Promíscuo Ano Novo
=D
sexta-feira, dezembro 08, 2006
Actualidades Parte I
* Chegou a tão esperada época natalícia. Atacadas pela estupidite crónica e sobre o efeito da letal generosidae capitallus que ataca grande parte da população, as BioBácas oferecem um POIO à Vinicultuna. A reacção faz-se sentir por um texto melo-chato-lamechas-ridículo-dramático no qual é rejeitado o convite de inimizade por motivos que a Razão despreza.
* Sem lixo e em silêncio, Albufeira festeja o fim do ENEM. Diz quem foi que os Biomachos têm demasiados pêlos no cu e que a Vaca Verde esteve na discoteca a dançar em cima de uma coluna.
* Consequência ou não da sua passagem pelo ENEM, a Vaca Verde engravidou. A família procura agora o Pato Vinho a fim de o obrigar a casar.
* Novas versões sobre a origem da Vaca Verde continuam a surgir. Segundo a AEICBAS, "no MEDSCOOP, a Margarida pôs um poio, e assim nasceu a Vaca Verde".
* Com a aproximação da data do Sarau de Ciências, as BioBácas "prometem surpreender" quando confrontadas ácerca da sua participação no evento.
* Sem lixo e em silêncio, Albufeira festeja o fim do ENEM. Diz quem foi que os Biomachos têm demasiados pêlos no cu e que a Vaca Verde esteve na discoteca a dançar em cima de uma coluna.
* Consequência ou não da sua passagem pelo ENEM, a Vaca Verde engravidou. A família procura agora o Pato Vinho a fim de o obrigar a casar.
* Novas versões sobre a origem da Vaca Verde continuam a surgir. Segundo a AEICBAS, "no MEDSCOOP, a Margarida pôs um poio, e assim nasceu a Vaca Verde".
* Com a aproximação da data do Sarau de Ciências, as BioBácas "prometem surpreender" quando confrontadas ácerca da sua participação no evento.
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Clarificando a burocracia
Vendo que a Proposta Oficial de Inimizade Oferecida (POIO) que as Biobácas de Biomédicas - Malte apresentaram à Vinicultuna de Biomédicas - Tinto continua pendente no espaço e tempo, venho por este meio clarificar o que esta proposta implica em toda a sua extensão.
1- Olhares de desprezo aquando da passagem de um membro da Vinicultuna de Biomédicas - Tinto por parte de qualquer elemento das Biobácas de Biomédicas - Malte pelos corredores do ICBAS e/ou qualquer tasca/restaurante/snack/antro.
2- Insultos e difamação (tais como "A Vinicultuna cheira mal da boca"; "A Vinicultuna bebe como uma menina de 5 anos").
3- Rapto e assassínio brutal da Vaca Verde com posterior transmissão no TV ICBAS.
4- Profanação de objectos pertencentes à Vinicultuna de Biomédicas - Tinto, de formas brutalmente obscenas.
1- Olhares de desprezo aquando da passagem de um membro da Vinicultuna de Biomédicas - Tinto por parte de qualquer elemento das Biobácas de Biomédicas - Malte pelos corredores do ICBAS e/ou qualquer tasca/restaurante/snack/antro.
2- Insultos e difamação (tais como "A Vinicultuna cheira mal da boca"; "A Vinicultuna bebe como uma menina de 5 anos").
3- Rapto e assassínio brutal da Vaca Verde com posterior transmissão no TV ICBAS.
4- Profanação de objectos pertencentes à Vinicultuna de Biomédicas - Tinto, de formas brutalmente obscenas.
sábado, dezembro 02, 2006
Natal
Sabem porque é que as árvores de Natal têm um anjinho em cima?É uma longa historia ...Na véspera de um destes Natais, o Pai Natal estava muito aflito porque ainda não tinha embrulhado as prendas todas, tinha uma rena coxa e outra constipada.Desesperado foi beber um copo, chega à adega e não havia nada.Voltou à cozinha para comer alguma coisa e os ratos tinham comido tudo.Para alegrar-lhe a vida, a mulher avisou-o que a sogra ia passar o Natal com eles.No meio do desespero, tocam-lhe à porta.Com a pressa de abrir a porta, tropeça e amassa a cara toda, começando a sangrar.Abre a porta neste lindo estado e aparece-lhe um anjinho dizendo com uma voz angelical:- Olá Pai Natal! Boas Festas! Venho visitar-te nesta quadra tão feliz, cheia de paz e amor. Trago-te aqui esta árvore de natal. Onde é que queres que a meta?
Caro Menino Jesus,Fui informado pela Bíblia que você tem o dom de estar em todo o lado ao mesmo tempo. Ora, eu estive a pensar e isso significa que também está sempre na minha casa, no meu escritório, no meu barco e em todos os meus automóveis. Portanto, segundo o Código Civil, você deve-me 2000 anos de renda. Tem até dia 31 de Dezembro para saldar a dívida. E olhe que eu sou muito rigoroso com os prazos de pagamento.Sem outro assunto.
Conversa entre dois velhinhos:- Do que você gosta mais, de Natal ou de sexo?- De sexo, é claro! Que pergunta mais besta! Natal tem todo ano, enjoa!
"Mãe" — diz o pequeno. — "Se Deus nos dá a comida, a cegonha traz os bebés, o Pai Natal as prendas no Natal... afinal para que serve o pai?"
Porque é que o Benfica tem as cores do Pai Natal?
Porque só as criancinhas é que acreditam nele...
segunda-feira, novembro 27, 2006
Uma homenagem
Faz-me o favor...
Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.
É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.
Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.
de "O Virgem Negra" por Mário Cesariny
Etiquetas:
Momentos poéticos
A Verdadeira, mas mesmo Verdadeira, História Real da Vaca Verde
Este fim de semana fui detida por um grupo intitulado DAVV - Defensores Anónimos da Vaca Verde. Após um longo e extenuante interrogatório (que durou quase 9 minutos) onde fui sujeita às mais avançadas e dolorosas técnicas de tortura, que incluiram ouvir duas músicas do José Cid e ver 5 minutos de Floribela, acabei por confessar o crime do qual fora acusada. Difamação.
Segundo o que constatei, a história publicada em blogs cujo nome me recuso a pronunciar, tem tanto de verídica e credível como a contada pelo O.J. Simpson.
Ora, não pude deixar de me sensibilizar com a triste infortúnia do pobre animal e, uma vez que contribui para este horrível atentado à sua integridade moral, resolvi revelar aqui a verdadeira, mas mesmo verdadeira, história real da Vaca Verde.
Armerinda Alzuzira Gradim da Seborreia seu verdadeiro nome. Nascida em 1988, num belo planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro, deve a sua cor característica a um estranho fenótipo derivado do cruzamento entre seu pai, Heuleutério Adolfo Capacho (conhecido como Boi Azul), e sua mãe, Josefina Atrasa Passos (a inesquecível Vaca Amarela), ambos provenientes da bela vila de Souselas, onde nunca foi queimado lixo.
Armerinda cresceu feliz e fez muitos amigos: um pardal maneta, o Timmy, uma porca estrábica, a Rosi, um cavalo travesti, a Melly Montilla, entre outros.
Um dia, chegado o seu 15º aniversário, os pais de Armerinda ofereceram-lhe uma mochila, uma bûssula e uns óculos de sol, e disseram-lhe: "Minha filha, gostamos muito de ti, és uma vaca mais ou menos bonita e interessante, mas estás muito crescida e já comes muita erva. Tens que partir!" E assim foi, Armerinda deixou para sempre o seu planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro e partiu para o mundo, com uma mochila vermelha, uma bûssula partida e uns óculos tartaruga.
Como todo o português que decide partir para o mundo, Armerinda foi para a França. Passeando triste e sozinha numa larga avenida, Armerinda cruza-se com um paneleirote de padrão xadrez e boininha verde, que desde logo se encanta por ela. O paneleirote era afinal um grande nome do design (nome esse que não me é permitido revelar) e decide fazer de Armerinda, agora Vaca Verde, uma estrela. Não havia revista veterinária, filme rural ou reclame da Milk em que a nossa protagonista não participasse. Veio o dinheiro, a fama, o glamour... Mas Vaca Verde tinha um problema. A fotossensibilidade herdada dos pais trazia-lhe enxaquecas terríveis sempre que o flash de uma máquina fotográfica disparava. Os seus cascos, tão bem adaptados à relva e à bosta do belo planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro, escorregavam nos tapetes vermelhos. A sua pele verde era demasiado sensível à maquilhagem e às tintas usadas pelos produtores. O estrelato estava a matar aos poucos Armerinda Alzuzira Gradim de Seborreia.
Um dia, decidiu voltar a Portugal. O dinheiro que ganhou por lá deu para fazer uma casita lilás na Beira, arranjar um descapotável amarelo e comprar a discografia completa do Tony Carreira (que trás posters e biografias incluídos!).
E é esta a Verdadeira História Real da Vaca Verde, sem pontos acrescidos nem detalhes forjados.
É a verdade nua crua como só o "Ressabiamento... mas com classe." pode revelar.
Tentamos contactar a Vaca Verde mas ela encontra-se, de momento, indisponível.
Para mais informações consulte regularmente o blog, o único blog que se dá ao trabalho de apurar a verdade dos factos e os factos da verdade.
Segundo o que constatei, a história publicada em blogs cujo nome me recuso a pronunciar, tem tanto de verídica e credível como a contada pelo O.J. Simpson.
Ora, não pude deixar de me sensibilizar com a triste infortúnia do pobre animal e, uma vez que contribui para este horrível atentado à sua integridade moral, resolvi revelar aqui a verdadeira, mas mesmo verdadeira, história real da Vaca Verde.
Armerinda Alzuzira Gradim da Seborreia seu verdadeiro nome. Nascida em 1988, num belo planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro, deve a sua cor característica a um estranho fenótipo derivado do cruzamento entre seu pai, Heuleutério Adolfo Capacho (conhecido como Boi Azul), e sua mãe, Josefina Atrasa Passos (a inesquecível Vaca Amarela), ambos provenientes da bela vila de Souselas, onde nunca foi queimado lixo.
Armerinda cresceu feliz e fez muitos amigos: um pardal maneta, o Timmy, uma porca estrábica, a Rosi, um cavalo travesti, a Melly Montilla, entre outros.
Um dia, chegado o seu 15º aniversário, os pais de Armerinda ofereceram-lhe uma mochila, uma bûssula e uns óculos de sol, e disseram-lhe: "Minha filha, gostamos muito de ti, és uma vaca mais ou menos bonita e interessante, mas estás muito crescida e já comes muita erva. Tens que partir!" E assim foi, Armerinda deixou para sempre o seu planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro e partiu para o mundo, com uma mochila vermelha, uma bûssula partida e uns óculos tartaruga.
Como todo o português que decide partir para o mundo, Armerinda foi para a França. Passeando triste e sozinha numa larga avenida, Armerinda cruza-se com um paneleirote de padrão xadrez e boininha verde, que desde logo se encanta por ela. O paneleirote era afinal um grande nome do design (nome esse que não me é permitido revelar) e decide fazer de Armerinda, agora Vaca Verde, uma estrela. Não havia revista veterinária, filme rural ou reclame da Milk em que a nossa protagonista não participasse. Veio o dinheiro, a fama, o glamour... Mas Vaca Verde tinha um problema. A fotossensibilidade herdada dos pais trazia-lhe enxaquecas terríveis sempre que o flash de uma máquina fotográfica disparava. Os seus cascos, tão bem adaptados à relva e à bosta do belo planalto entre Pêra do Moço e Codesseiro, escorregavam nos tapetes vermelhos. A sua pele verde era demasiado sensível à maquilhagem e às tintas usadas pelos produtores. O estrelato estava a matar aos poucos Armerinda Alzuzira Gradim de Seborreia.
Um dia, decidiu voltar a Portugal. O dinheiro que ganhou por lá deu para fazer uma casita lilás na Beira, arranjar um descapotável amarelo e comprar a discografia completa do Tony Carreira (que trás posters e biografias incluídos!).
E é esta a Verdadeira História Real da Vaca Verde, sem pontos acrescidos nem detalhes forjados.
É a verdade nua crua como só o "Ressabiamento... mas com classe." pode revelar.
Tentamos contactar a Vaca Verde mas ela encontra-se, de momento, indisponível.
Para mais informações consulte regularmente o blog, o único blog que se dá ao trabalho de apurar a verdade dos factos e os factos da verdade.
quinta-feira, novembro 23, 2006
As Aventuras da Vaca Verde Parte II
segunda-feira, novembro 20, 2006
As Aventuras da Vaca Verde Parte I
Andava eu à procura de sítio cibernético degradado o suficiente para apresentar, na íntegra, a fascinante história da Vaca Verde, eis se não quando, me deparo com um conjunto de relíquias da era pré-internamento-em-hospital-psiquiátrico, intituladas "As Aventuras da Vaca Verde".
Foi um verdadeiro achado dementológico!
Como qualquer descobridor que pouco ou nada sabe da vida, resolvi partilhar o meu tesouro com os restantes mortais. Resta-me esperar a parca glória de uma patente que não será registada.
Desfrutem...
Foi um verdadeiro achado dementológico!
Como qualquer descobridor que pouco ou nada sabe da vida, resolvi partilhar o meu tesouro com os restantes mortais. Resta-me esperar a parca glória de uma patente que não será registada.
Desfrutem...
quarta-feira, novembro 15, 2006
Da falta de sono
Foi assim que começou no Fight Club. Insónias. Não dormir. Não ter sono. Ter sono ás 7 da manhã. Ter de levantar as 9. Dormir 2 horas. Não tomar café. Não dormir a noite. Ter sono às 7 da manhã. Conhecer todas as series nocturnas da TVI. Conhecer todas as series nocturnas da SIC.
E depois ficou esquizofrénico e destruiu uns qts prédios.
Já agora, este é o post 89... Parabéns =D
E depois ficou esquizofrénico e destruiu uns qts prédios.
Já agora, este é o post 89... Parabéns =D
quinta-feira, novembro 09, 2006
Porque as "pérolas" podem ser úteis...
Domina ou cala. Não te percas, dando
Aquilo que não tens.
Que vale o César que serias? Goza
Bastar-te o pouco que és.
Melhor te acolhe a vil choupana dada
Que o palácio devido.
Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.
Aquilo que não tens.
Que vale o César que serias? Goza
Bastar-te o pouco que és.
Melhor te acolhe a vil choupana dada
Que o palácio devido.
Estás só. Ninguém o sabe. Cala e finge.
Mas finge sem fingimento.
Nada 'speres que em ti já não exista,
Cada um consigo é triste.
Tens sol se há sol, ramos se ramos buscas,
Sorte se a sorte é dada.
Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas —
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.
Ricardo Reis
domingo, novembro 05, 2006
Da esperança
E quando já ninguém pensava que as coisas se pudessem tornar melhores, apareceu a família e pôs sobriedade onde costuma haver caos ébrio, significado em objectos banais, diversão em coisas peculiares, água infectada em sítios obscuros, um carinho enorme e um respeito sempre presente em corações descomandados.
Caso para perguntar, quando é a próxima?
Obrigado
Caso para perguntar, quando é a próxima?
Obrigado
sábado, novembro 04, 2006
(In)utilidades Parte III
Das fitas amarelas no braço. Do pessoal da Yorn que corre e grita enquanto tira fotografias. Do sítio do costume. Do telefonema que indica o caminho. Da viagem arejada. Da rabetice do condutor. Da chegada triunfal. Dos amigos. Dos amigos dos amigos. Dos primos. Da música. Da música apaneleirada. Da vodka. Da outra vodka. Da desgraça...
Das convocatórias. Das convocatórias trabalhosas. Da suspeita. Da imaginação. Do medo. Da confirmação. Dos jantares em que se bebe coca-cola. Da estupfacção. Do ressabiamento fingido. Da negação coerente. Das desculpas. Da suspenção. Da alegria. Das tarefas mal-fadadas. Das tarefas quase cumpridas. Do castigo. Do banho. Da loucura moldada. Da entrega envergonhada. Da entrega. Do momento solene. Dos abraços. Dos abraços negados. Do ressabiamento a sério. Das pedras recusadas. Da confissão. Da aceitação. Da amizade disfarçada. Da amizade. Dos estatutos que se elevam. Do caminho tortuoso. Do caminho que vale a pena. Da vitória...
Rege-te por ciclos.
Cada bebedeira regenera-te.
Foje da sobriedade do remorso.
Diz que não porque te apetece.
Diz que não...
Das convocatórias. Das convocatórias trabalhosas. Da suspeita. Da imaginação. Do medo. Da confirmação. Dos jantares em que se bebe coca-cola. Da estupfacção. Do ressabiamento fingido. Da negação coerente. Das desculpas. Da suspenção. Da alegria. Das tarefas mal-fadadas. Das tarefas quase cumpridas. Do castigo. Do banho. Da loucura moldada. Da entrega envergonhada. Da entrega. Do momento solene. Dos abraços. Dos abraços negados. Do ressabiamento a sério. Das pedras recusadas. Da confissão. Da aceitação. Da amizade disfarçada. Da amizade. Dos estatutos que se elevam. Do caminho tortuoso. Do caminho que vale a pena. Da vitória...
Rege-te por ciclos.
Cada bebedeira regenera-te.
Foje da sobriedade do remorso.
Diz que não porque te apetece.
Diz que não...
Inspiração...
Depois de várias horas em frente a livros de disciplinas interessantíssimas, no meio de muita "sande de choura" e tendo até estabelecido amizade com "alemões"...surgiu a inspiração:
A 3 de Novembro,
No lago da cordoari...ca,
As BioBácas
Molharam a crica.
Só para que fique aqui registado.
A 3 de Novembro,
No lago da cordoari...ca,
As BioBácas
Molharam a crica.
Só para que fique aqui registado.
quarta-feira, novembro 01, 2006
Sobre quem lê
Descobri recentemente a existência de um grupo de leitores do blog. Membros de diferentes gangs frequentadores do nosso instituto. Participantes de hostes que assolam diariamente a nossa casa. E pessoas normais, simplesmente.
Tentei encontrar a fonte de propagação da informação, mas a procura foi em vão. Continuo a acreditar na existência de um culpado. Ninguém escreve "ressabiamento" ou "pensamentos bovinos" numa busca e vem cá ter por acaso. Tá claro!
A todos estes ávidos leitores, tenho uma proposta a fazer. Aliás duas.
Em primeiro lugar, comentem. Seja para falar da novela das cinco, seja para nos informar de quão feias e irritantes nós somos (claro que aqui arriscam-se a sofrer as consequências), comentem! Gostamos de discusões acessas, gostamos de insultos atirados para o ar, gostamos de polémica.
Em segundo lugar, candidatem-se a nossos inimigos. Foi já há algum tempo que abri oficialmente as inscrições no blog, mas ninguém me levou a sério. Volto a insistir no assunto, pois creio ser de grande importância.
Os pré-requesitos são: ter alguma coisa a dizer e ter estofo para ouvir a resposta. Fácil, não?
Façam-se úteis. Para não fazer nada já cá estamos nós.
Tentei encontrar a fonte de propagação da informação, mas a procura foi em vão. Continuo a acreditar na existência de um culpado. Ninguém escreve "ressabiamento" ou "pensamentos bovinos" numa busca e vem cá ter por acaso. Tá claro!
A todos estes ávidos leitores, tenho uma proposta a fazer. Aliás duas.
Em primeiro lugar, comentem. Seja para falar da novela das cinco, seja para nos informar de quão feias e irritantes nós somos (claro que aqui arriscam-se a sofrer as consequências), comentem! Gostamos de discusões acessas, gostamos de insultos atirados para o ar, gostamos de polémica.
Em segundo lugar, candidatem-se a nossos inimigos. Foi já há algum tempo que abri oficialmente as inscrições no blog, mas ninguém me levou a sério. Volto a insistir no assunto, pois creio ser de grande importância.
Os pré-requesitos são: ter alguma coisa a dizer e ter estofo para ouvir a resposta. Fácil, não?
Façam-se úteis. Para não fazer nada já cá estamos nós.
sexta-feira, outubro 27, 2006
Sobre quem se senta
Não sou dos que encaram a praxe com o fanatismo do futebol (até porque nem sequer tenho em grande conta esse famigerado desporto, mas enfim...). Não cuspo ódio de morte ao S. João em tudo o que digo, sou fã do Hermano, grito FAUP sempre que posso e até me divirto com a forte pancada do povo do ISEP. No entanto, não consigo compreender quem sai para uma noite académica trajado, com a capa atolada de emblemas e a pasta estampada de azul e amarelo, e quando chega a altura de representar a sua casa escolhe calar-se, sentar-se e assistir a um espectáculo, impávido e sereno, como se nada daquilo lhe dissesse respeito. Provavelmente não diz.
Na passada 3ª feira decorreu a Noite Negra. Na passada 3ª feira senti vergonha ao dizer que era de Biomédicas. Na passada 3ª feira quis juntar-me ao meus amigos e gritar por outras casas. As meias obrigaram-me a reconsiderar. A esperança que aquilo mudasse fez-me ficar. Não mudou.
Dou vivas à mudança, venha ela de onde vier. Precisa-se urgentemente uma lufada de ar fresco. Cheire bem ou mal. Ar novo, ar diferente. Que o bafio do mofo já cansa o espírito e a letargia entorpece as mentes mais dinâmicas.
Na passada 3ª feira decorreu a Noite Negra. Na passada 3ª feira senti vergonha ao dizer que era de Biomédicas. Na passada 3ª feira quis juntar-me ao meus amigos e gritar por outras casas. As meias obrigaram-me a reconsiderar. A esperança que aquilo mudasse fez-me ficar. Não mudou.
Dou vivas à mudança, venha ela de onde vier. Precisa-se urgentemente uma lufada de ar fresco. Cheire bem ou mal. Ar novo, ar diferente. Que o bafio do mofo já cansa o espírito e a letargia entorpece as mentes mais dinâmicas.
terça-feira, outubro 24, 2006
(Ergue-se um copo)
(Faz-se silêncio)
Às posições.
Às posições diferentes.
Às maneiras diferentes de encarar uma posição.
À lufada de ar fresco.
À mudança.
Às tentativas de mudança.
Às batalhas.
Às batalhas que travamos pelo gozo.
Às batalhas que travamos por necessidade.
Às batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de travar batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de ganhar batalhas perdidas à partida.
À ilusão.
À ilusão que nos empurra para o abismo.
Ao saber estar à beira do abismo.
Ao pisar a linha.
Ao saber pisar a linha.
Ao saber respeitar a linha.
Ao copo que nos empurra para o outro lado.
Ao outro lado.
Ao chegar ao outro lado.
A quem tenta chegar a outro lado.
A quem quer simplesmente mudar.
A quem não sabe se pode mudar.
Mas que tenta.
A quem se indigna contra quem pode fazer mas não quer.
E com quem se pode sempre contar mesmo quando em vão.
(Faz-se silêncio)
Às posições.
Às posições diferentes.
Às maneiras diferentes de encarar uma posição.
À lufada de ar fresco.
À mudança.
Às tentativas de mudança.
Às batalhas.
Às batalhas que travamos pelo gozo.
Às batalhas que travamos por necessidade.
Às batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de travar batalhas perdidas à partida.
Ao gozo de ganhar batalhas perdidas à partida.
À ilusão.
À ilusão que nos empurra para o abismo.
Ao saber estar à beira do abismo.
Ao pisar a linha.
Ao saber pisar a linha.
Ao saber respeitar a linha.
Ao copo que nos empurra para o outro lado.
Ao outro lado.
Ao chegar ao outro lado.
A quem tenta chegar a outro lado.
A quem quer simplesmente mudar.
A quem não sabe se pode mudar.
Mas que tenta.
A quem se indigna contra quem pode fazer mas não quer.
E com quem se pode sempre contar mesmo quando em vão.
A Grande Estória - Parte III
Após um incidente de percurso...
- "Tens um penso rápido?"
- "Não."
- "Fódasse! Não serves para nada!"
Minutos depois...
- "Trouxe o penso. Não sirvo para queeeeê?"
- "És a maiiiior! Coral ao poder!"
- "Quero lá saber dessa gente! Não sirvo para queeeeê?"
- "Desculpa. Serves para muito!"
Assim se estendem laços de amizade...
- "Que história foi essa das BioBácas terem feito não sei o quê na praia?"
- "Não tenho nada a ver com isso!"
- "Com as BioBácas ou com o que aconteceu?"
(Silêncio...)
Assim se entranha a dúvida...
- "O único motivo pelo qual não me deixaram despromover-te de Pai das Bácas deve-se ao teu cabelinho loiro e ao ar de bebé Dodot..."
- "Até parece! Se assim fosse eu comia-vos a todas!"
Assim se justificam os motivos...
- "Os licenciados podem praxar!"
- "E...?"
- "Vocês nem imaginam como estão fodidas!"
(Trocam-se olhares de estupefacção...)
- "Se soubessem a quantidade de mensagens que recebi com ideias loucas para vos praxar..."
Assim cresce a esperança...
- "Tens um penso rápido?"
- "Não."
- "Fódasse! Não serves para nada!"
Minutos depois...
- "Trouxe o penso. Não sirvo para queeeeê?"
- "És a maiiiior! Coral ao poder!"
- "Quero lá saber dessa gente! Não sirvo para queeeeê?"
- "Desculpa. Serves para muito!"
Assim se estendem laços de amizade...
- "Que história foi essa das BioBácas terem feito não sei o quê na praia?"
- "Não tenho nada a ver com isso!"
- "Com as BioBácas ou com o que aconteceu?"
(Silêncio...)
Assim se entranha a dúvida...
- "O único motivo pelo qual não me deixaram despromover-te de Pai das Bácas deve-se ao teu cabelinho loiro e ao ar de bebé Dodot..."
- "Até parece! Se assim fosse eu comia-vos a todas!"
Assim se justificam os motivos...
- "Os licenciados podem praxar!"
- "E...?"
- "Vocês nem imaginam como estão fodidas!"
(Trocam-se olhares de estupefacção...)
- "Se soubessem a quantidade de mensagens que recebi com ideias loucas para vos praxar..."
Assim cresce a esperança...
A Grande Estória - Parte II
"Silêncio que se vai cantar o fado"
"Vamos cantar o Hino."
"É preciso traçar a capa?"
Assim se assume algo maior.
"Vamos cantar o Hino."
"É preciso traçar a capa?"
Assim se assume algo maior.
domingo, outubro 22, 2006
A Grande Estória Parte I
- "És a concubina da praxe!"
- "Puta? "
- "Não. Amante."
Assim nasce um estatuto...
- "Bacas? Tem alguma coisa a ver com Baco?"
(- "Vacas do Porto... Bacas... Se calhar... Deus Baco até é fofo... Deus Baco é daqui...")
- "Sim! Bacas de Baco! Óbvio!"
Assim se cria a etimologia...
- "A Tatiana devia ser alguma coisa às Bacas, não te parece?"
- "Naaa... Taty, aceitavas ser nossa Madrinha?"
Assim surge a Madrinha ideal...
- "Quem são as BioPutas?"
- "BioPutas? Não sei. Mas as BioBácas somos nós!"
Assim se proporciona uma nobre apresentação...
- "Quero brindar às BioBácas!"
- "Não temos vinho..."
(Compra-se uma garrafa.)
- "Brindamos aos penicos!"
- "Pode ser."
Assim aparece um novo objecto de culto...
- "Puta? "
- "Não. Amante."
Assim nasce um estatuto...
- "Bacas? Tem alguma coisa a ver com Baco?"
(- "Vacas do Porto... Bacas... Se calhar... Deus Baco até é fofo... Deus Baco é daqui...")
- "Sim! Bacas de Baco! Óbvio!"
Assim se cria a etimologia...
- "A Tatiana devia ser alguma coisa às Bacas, não te parece?"
- "Naaa... Taty, aceitavas ser nossa Madrinha?"
Assim surge a Madrinha ideal...
- "Quem são as BioPutas?"
- "BioPutas? Não sei. Mas as BioBácas somos nós!"
Assim se proporciona uma nobre apresentação...
- "Quero brindar às BioBácas!"
- "Não temos vinho..."
(Compra-se uma garrafa.)
- "Brindamos aos penicos!"
- "Pode ser."
Assim aparece um novo objecto de culto...
Sobre os que cantam
Cantai bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
"Coro dos Caídos" Zeca Afonso
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em Maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia
Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência
Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras
Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora
"Coro dos Caídos" Zeca Afonso
quarta-feira, outubro 18, 2006
Das coisas que deviam ter sido feitas
Tudo o que faço ou medito
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de Além.
Vontades ou pensamentos?
Não o sei, e sei-o bem.
Fernando Pessoa
Falta a força de vontade para conseguir o que nos propomos. Falta a necessidade extrema que faz o "pressing" necessário para realizarmos o que é preciso. Faltam horas de sono bem dormidas, falta não ter preguiça, falta ter coragem, falta não nos acomodarmos, falta percebermos que o que tem que ser tem muita força, falta não deixarmos as coisas a meio.
(Aplica-se a muita coisa séria. Neste momento aplica-se ao seguinte: não me apetece estudar.)
Fica sempre na metade.
Querendo, quero o infinito.
Fazendo, nada é verdade.
Que nojo de mim me fica
Ao olhar para o que faço!
Minha alma é lúcida e rica,
E eu sou um mar de sargaço.
Um mar onde boiam lentos
Fragmentos de um mar de Além.
Vontades ou pensamentos?
Não o sei, e sei-o bem.
Fernando Pessoa
Falta a força de vontade para conseguir o que nos propomos. Falta a necessidade extrema que faz o "pressing" necessário para realizarmos o que é preciso. Faltam horas de sono bem dormidas, falta não ter preguiça, falta ter coragem, falta não nos acomodarmos, falta percebermos que o que tem que ser tem muita força, falta não deixarmos as coisas a meio.
(Aplica-se a muita coisa séria. Neste momento aplica-se ao seguinte: não me apetece estudar.)
terça-feira, outubro 17, 2006
Sobre a verdade
Encontro nas pessoas dois tipos de verdade: a impensada, espontânea, impulsiva, repentina; aquela que dizemos em momentos de pressão, quando todos olham para nós e nos sentimos compelidos a agir. É a verdade que custa, que nos causa remorso, que raramente se adequa àquilo que queríamos transmitir. A outra, a reflectida, a ponderada, a analisada e pesada, é de facto a mais suave, a mais agradável de ser ouvida, a mais facilmente apreendida. Não é de todo a mais sincera, dizem alguns. Discordo abertamente.
Em minha opinião, a verdade é única e própria de cada pessoa, a verdade é aquilo em que acredito e aquilo em que acredito é aquilo em que quero acreditar. A verdade é uma construção diária e é passível de ser mutada a cada instante. Se a alternativa for uma verdade deturpada pelo stress e pelo constragimento, prefiro uma mentira escolhida, limada e filtrada, uma mentira na qual não me custe acreditar. E, sendo que acredito nela, já não é uma mentira, pois não?
Isto tudo para dizer que defensivamente falhei perante vós, minhas vaquinhas, não por falta de sinceridade para connvosco, mas por falta de sinceridade para comigo...
Falta-me o sono e o remorso.
Sobra-me o despeito e a parvoíce.
Em minha opinião, a verdade é única e própria de cada pessoa, a verdade é aquilo em que acredito e aquilo em que acredito é aquilo em que quero acreditar. A verdade é uma construção diária e é passível de ser mutada a cada instante. Se a alternativa for uma verdade deturpada pelo stress e pelo constragimento, prefiro uma mentira escolhida, limada e filtrada, uma mentira na qual não me custe acreditar. E, sendo que acredito nela, já não é uma mentira, pois não?
Isto tudo para dizer que defensivamente falhei perante vós, minhas vaquinhas, não por falta de sinceridade para connvosco, mas por falta de sinceridade para comigo...
Falta-me o sono e o remorso.
Sobra-me o despeito e a parvoíce.
domingo, outubro 15, 2006
I'm bad, I'm mad and I'm back
Andava eu à procura de um bom motivo para postar neste blog, por mim tão acarinhado, quando me deparo com um pedido de desculpas sobre uns quaisquer afamados mal-entendidos.
Ora, imaginem o meu júbilo quando percebi que a minha dramática e tempestuosa saída do blog começara a surtir efeito. Já havia lido uns comentários pesarosos mas nada com esta magnitude, nada me fizesse bater palmas tão euforicamente e soltar gargalhadas tão sinistras. De facto, meus amigos, voltei só para dizer que a minha saída se deveu a factos meramente práticos e a uma deficiente gestão de tempo. Problemas esses que serão atempadamente resolvidos.
Entretanto, aproveitando o meu regresso, darei uso ao "escárnio afiado" e voltarei a incomodar susceptibilidades e recalcamentos. Temos pena.
Começando pelo que me trouxe de volta a tão verdejantes paragens, tenho a dizer que nada tenho contra os mal entendidos. Muito pelo contrário, rezo dia e noite para que ninguém perceba aquilo que verdadeiramente quero dizer. Viva a retórica, vivam as figuras de estilo, viva a ignorância generalizada no que diz respeito à língua portuguesa (de facto, eu que estudei sempre numa escola pública, admiro-me de saber soletrar o meu nome...). Sou a primeira apoiante de ironia como forma de discurso e defendo até morrer o sarcasmo como modo de encarar a vida. Ora, o que me ofende e irrita, é ser acusada de gozar com isto e tentar meter nojo em relação aquilo, quando de facto até estava a ter uma postura séria por não conseguir ridicularizar tal personagem ou situação. Não há direito! Como um dia escrevi mas não tive coragem de postar (sim, pontualmente sofro ataques de bom senso) não consigo ser palhaça a tempo inteiro. Peço perdão.
Em relação à onda de solidariedade e incómodo que emergiu entre os leitores do blog relativamente ao surgimento de Inimigos Quase Públicos, agradeço a dedicação e o apoio mas informo, com muita insatisfação e desagrado, que de nada nos será útil a vossa efeverscente revolta, pois os nossos queridos inimigos desertaram sem deixar sequer um rasto de contestação. Não há direito! Merecíamos inimigos bem melhores que isto. Declaro abertas as inscrições!
Finalmente, fazendo o rescaldo de tudo o que por aqui se tem dito, decidi adoptar três ideias:
1. sabemos que nunca seremos compreendidos, no entanto, insistimos em fazer-nos compreender (até escrevemos em blogs e tudo...)
2. contando um sonho ou não ele nunca se realiza pelo simples facto de que é um sonho, isto é, produto da imaginação, fantasia, devaneio, utopia, ilusão, etc; em suma, algo imaterial que nunca deixará de o ser.
3. não importa se somos da terrinha ou da grande cidade, nunca estamos bem onde estamos. Há sempre aquele sitío tranquilo onde os passarinhos cantam afinados e os insectos não são irritantes; há sempre aquele cinema sempre disponível onde as pipocas não se colam aos dedos e as crianças não nos suscitam desejos homicídas. O mais incrível ainda é que adoramos mudar de sítio pelo simples facto de estarmos fartos do anterior, mas nada nos incomoda mais que o acto de viajar. Ele há coisas...
Bem, espero ter feito três contribuidores felizes. Há que ser útil!
Ora, imaginem o meu júbilo quando percebi que a minha dramática e tempestuosa saída do blog começara a surtir efeito. Já havia lido uns comentários pesarosos mas nada com esta magnitude, nada me fizesse bater palmas tão euforicamente e soltar gargalhadas tão sinistras. De facto, meus amigos, voltei só para dizer que a minha saída se deveu a factos meramente práticos e a uma deficiente gestão de tempo. Problemas esses que serão atempadamente resolvidos.
Entretanto, aproveitando o meu regresso, darei uso ao "escárnio afiado" e voltarei a incomodar susceptibilidades e recalcamentos. Temos pena.
Começando pelo que me trouxe de volta a tão verdejantes paragens, tenho a dizer que nada tenho contra os mal entendidos. Muito pelo contrário, rezo dia e noite para que ninguém perceba aquilo que verdadeiramente quero dizer. Viva a retórica, vivam as figuras de estilo, viva a ignorância generalizada no que diz respeito à língua portuguesa (de facto, eu que estudei sempre numa escola pública, admiro-me de saber soletrar o meu nome...). Sou a primeira apoiante de ironia como forma de discurso e defendo até morrer o sarcasmo como modo de encarar a vida. Ora, o que me ofende e irrita, é ser acusada de gozar com isto e tentar meter nojo em relação aquilo, quando de facto até estava a ter uma postura séria por não conseguir ridicularizar tal personagem ou situação. Não há direito! Como um dia escrevi mas não tive coragem de postar (sim, pontualmente sofro ataques de bom senso) não consigo ser palhaça a tempo inteiro. Peço perdão.
Em relação à onda de solidariedade e incómodo que emergiu entre os leitores do blog relativamente ao surgimento de Inimigos Quase Públicos, agradeço a dedicação e o apoio mas informo, com muita insatisfação e desagrado, que de nada nos será útil a vossa efeverscente revolta, pois os nossos queridos inimigos desertaram sem deixar sequer um rasto de contestação. Não há direito! Merecíamos inimigos bem melhores que isto. Declaro abertas as inscrições!
Finalmente, fazendo o rescaldo de tudo o que por aqui se tem dito, decidi adoptar três ideias:
1. sabemos que nunca seremos compreendidos, no entanto, insistimos em fazer-nos compreender (até escrevemos em blogs e tudo...)
2. contando um sonho ou não ele nunca se realiza pelo simples facto de que é um sonho, isto é, produto da imaginação, fantasia, devaneio, utopia, ilusão, etc; em suma, algo imaterial que nunca deixará de o ser.
3. não importa se somos da terrinha ou da grande cidade, nunca estamos bem onde estamos. Há sempre aquele sitío tranquilo onde os passarinhos cantam afinados e os insectos não são irritantes; há sempre aquele cinema sempre disponível onde as pipocas não se colam aos dedos e as crianças não nos suscitam desejos homicídas. O mais incrível ainda é que adoramos mudar de sítio pelo simples facto de estarmos fartos do anterior, mas nada nos incomoda mais que o acto de viajar. Ele há coisas...
Bem, espero ter feito três contribuidores felizes. Há que ser útil!
sábado, outubro 14, 2006
Aos mistérios
Sabemos o que as pessoas significam para nós, mas nunca saberemos o que significamos para elas.
Sabemos o que queremos dizer, mas nunca saberemos o que os outros entenderam com o que dissemos.
Sabemos o que queremos fazer. Mas não podemos saber como interpretam os nossos actos.
Sabemos o que ouvimos, mas nunca saberemos o que queriam dizer com aquilo.
Sabemos (às vezes) para onde queremos ir, mas nunca onde vamos de facto parar.
De facto, os mal-entendidos são a coisa mais banal que existe. Pena é que quase nunca sejam possíveis de esclarecer.
Não raramente, apostamos tudo num mal entendido. E depois... dá merda.
(Aparte: um pedido de desculpas a ti Lette, porque com o que me disseste percebi o mal-entendido perante alguns dos teus posts.)
Sabemos o que queremos dizer, mas nunca saberemos o que os outros entenderam com o que dissemos.
Sabemos o que queremos fazer. Mas não podemos saber como interpretam os nossos actos.
Sabemos o que ouvimos, mas nunca saberemos o que queriam dizer com aquilo.
Sabemos (às vezes) para onde queremos ir, mas nunca onde vamos de facto parar.
De facto, os mal-entendidos são a coisa mais banal que existe. Pena é que quase nunca sejam possíveis de esclarecer.
Não raramente, apostamos tudo num mal entendido. E depois... dá merda.
(Aparte: um pedido de desculpas a ti Lette, porque com o que me disseste percebi o mal-entendido perante alguns dos teus posts.)
Sobre os sonhos
"Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar"
Se contares os teus sonhos eles não se realizam... Quantas vezes me disseram isto. Superstições sem sentido nenhum na cabeça de mil e uma pessoas que as tentam passar para outras mil e uma, talvez de forma a nunca se perderem. Qual a vantagem de ter um sonho e não o partilhar com alguém? Andar ali a matutar, a massacrar a sua própria cabeça com algo aparentemente tão impossível?
O sonho é feito para ser partilhado. Para termos alguém à nossa beira a quem possamos contar, para que o sonho até nos possa unir. Para que tenhamos algo em comum que nos faça rir e chorar e tudo isso.
Sem sonhos não há nada... Em sonhos tudo é possível...
Gosto dos sonhos...
Gosto de sonhar...
Na terra dos sonhos toda a gente trata a gente toda por igual
Na terra dos sonhos não há pó nas entrelinhas, ninguém se pode enganar
Abre bem os olhos, escuta bem o coração, se é que queres ir para lá morar"
Se contares os teus sonhos eles não se realizam... Quantas vezes me disseram isto. Superstições sem sentido nenhum na cabeça de mil e uma pessoas que as tentam passar para outras mil e uma, talvez de forma a nunca se perderem. Qual a vantagem de ter um sonho e não o partilhar com alguém? Andar ali a matutar, a massacrar a sua própria cabeça com algo aparentemente tão impossível?
O sonho é feito para ser partilhado. Para termos alguém à nossa beira a quem possamos contar, para que o sonho até nos possa unir. Para que tenhamos algo em comum que nos faça rir e chorar e tudo isso.
Sem sonhos não há nada... Em sonhos tudo é possível...
Gosto dos sonhos...
Gosto de sonhar...
domingo, outubro 08, 2006
Pausa
É tão bom no meio de tudo isto, parar um bocado, ir a um café onde nos cumprimentam pelo nome e bebemos cerveja barata, e ouvimos os velhos do costume falar da humilhação do Cumieira que levou 4-0 do Rebordosa, e a comentar os projectos de um jornal ainda sem sudoku, onde o presidente da câmara fala numa piscina coberta no velho campo do Calvário.
E depois chegar a casa e comer marmelada acabadinha de fazer.
Boa e velha terrinha para curar uma gripe e descansar os neurónios.
E depois chegar a casa e comer marmelada acabadinha de fazer.
Boa e velha terrinha para curar uma gripe e descansar os neurónios.
sábado, outubro 07, 2006
Durante muitos anos as ideias estiveram escondidas dentro de nós, sendo reveladas aos poucos por acções, pensamentos e gestos, à espera...
Durante anos pensamos estar sós.
Mas depois encontramos ideias semelhantes, e, com papel e caneta, construímos as nossas armas contra o Sistema.
Se alguém pensa que pode deitar isso abaixo mascarando questões pessoais (próprias de pessoas energúmenas e com falta de amor próprio) de causas justas, que venha.
O que quer que pensem de nós, posso assumir com toda a confiança e clareza que está errado.
Ficam desde já avisados. Podemos não ter os meios nem o poder, mas temos sempre a ébria insanidade e o escárnio afiado que faz de nós quem somos.
E a cumplicidade e união só por si, sem hipocrisias, esquemas ou motivos suplementares de interesse, vale mais do que qualquer coisa que nos queiram apontar.
"Connosco quem quiser, contra nós quem puder."
Durante anos pensamos estar sós.
Mas depois encontramos ideias semelhantes, e, com papel e caneta, construímos as nossas armas contra o Sistema.
Se alguém pensa que pode deitar isso abaixo mascarando questões pessoais (próprias de pessoas energúmenas e com falta de amor próprio) de causas justas, que venha.
O que quer que pensem de nós, posso assumir com toda a confiança e clareza que está errado.
Ficam desde já avisados. Podemos não ter os meios nem o poder, mas temos sempre a ébria insanidade e o escárnio afiado que faz de nós quem somos.
E a cumplicidade e união só por si, sem hipocrisias, esquemas ou motivos suplementares de interesse, vale mais do que qualquer coisa que nos queiram apontar.
"Connosco quem quiser, contra nós quem puder."
Etiquetas:
Histórias bonitas
Sobre os fantasmas
Há coisas que não nos deixam seguir em frente. Há pesos que trazemos sobre os ombros todos os dias, em que pensamos, seja constantemente seja apenas quando pensamos estar à beira do abismo, e que não nos deixam fazer o que queremos. Damos-lhe o nome fofinho de fantasmas, tal qual as criaturas de que costumávamos ter medo em criança. São fracassos, perdas, memórias, marcas, cicatrizes. Às vezes, servem para impedir que nos magoemos... a maior parte das vezes servem para simplesmente desistirmos de tentar.
Conclusão nisto? Nenhuma... Um desabafo por tudo o que eu não fiz e vou continuar a não fazer por causa deles, e a quem eles interessam muito pouco... uma vénia respeitosa.
Conclusão nisto? Nenhuma... Um desabafo por tudo o que eu não fiz e vou continuar a não fazer por causa deles, e a quem eles interessam muito pouco... uma vénia respeitosa.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Não ignorando o facto de vos ter presentado com altruísta e generosa pausa da exímia lavagem cerebral a que tenho submetido alguns de vós, atrevo-me a quebrar tão honrada promessa, por factos cuja gravidade deixo ao vosso critério avaliar.
Pois que, além dos fortes laços que cultivo entre a comunidade microbiana, há outra amizade que muito orgulho me traz. Trata-se de um longo percurso de companheirismo e camaradagem com passarinhos verdes. E, como todos vós devereis saber, os passarinhos verdes são incovenientes contadores de histórias. Viva a inconveniência!
Isto tudo para vos dizer, com toda a glória e satisfação que a situação me exalta, que as BioBácas conquistaram Inimigos Quase Públicos. Viva a inimizade!
Meus amigos, foi um caminho longo. Foi uma luta diária. Foram copos, canções e bacuradas declamadas ao luar. Foram risos, insultos e piadolas proclamadas na face de quem nos olha. Finalmente, surge a reacção, o incómodo, a contestação. Viva a revolta! Só é pena não ser uma revolta viva...
Ora, meus inimigos, não sabeis o quanto admiro a vossa cobardia, a vossa falta de respeito e de sabedoria, a vossa frágil e falível estratégia de ataque, o vosso recalcamento... As vossas fraquezas permitiram-nos chegar mais longe, alcançar objectivos mais ambiciosos, provar o nosso diminuto valor perante a vossa elevada arrogância. Viva a humildade!
Dito isto, retomo a minha condição de mero espectador passivo deste blog, esperando a ascenção de uma nova realidade, um movimento que contenha a resposta a todos os anseios de quem nos persegue: a Comunidade Anti Galdérias Atrofiadas Recalcadas e Imbecis, em parceria com a Comissão Anti Gnús Armados em Respeitáveis Otários.
Adoptem uma ideia. Farão um idiota feliz.
Pois que, além dos fortes laços que cultivo entre a comunidade microbiana, há outra amizade que muito orgulho me traz. Trata-se de um longo percurso de companheirismo e camaradagem com passarinhos verdes. E, como todos vós devereis saber, os passarinhos verdes são incovenientes contadores de histórias. Viva a inconveniência!
Isto tudo para vos dizer, com toda a glória e satisfação que a situação me exalta, que as BioBácas conquistaram Inimigos Quase Públicos. Viva a inimizade!
Meus amigos, foi um caminho longo. Foi uma luta diária. Foram copos, canções e bacuradas declamadas ao luar. Foram risos, insultos e piadolas proclamadas na face de quem nos olha. Finalmente, surge a reacção, o incómodo, a contestação. Viva a revolta! Só é pena não ser uma revolta viva...
Ora, meus inimigos, não sabeis o quanto admiro a vossa cobardia, a vossa falta de respeito e de sabedoria, a vossa frágil e falível estratégia de ataque, o vosso recalcamento... As vossas fraquezas permitiram-nos chegar mais longe, alcançar objectivos mais ambiciosos, provar o nosso diminuto valor perante a vossa elevada arrogância. Viva a humildade!
Dito isto, retomo a minha condição de mero espectador passivo deste blog, esperando a ascenção de uma nova realidade, um movimento que contenha a resposta a todos os anseios de quem nos persegue: a Comunidade Anti Galdérias Atrofiadas Recalcadas e Imbecis, em parceria com a Comissão Anti Gnús Armados em Respeitáveis Otários.
Adoptem uma ideia. Farão um idiota feliz.
quarta-feira, outubro 04, 2006
domingo, outubro 01, 2006
Semana de recepção
Mesmo com os pés todos doridos,um enorme cansaço no corpo e uma réstia de ressacas acumuladas tenho que admitir que esta semana foi fantástica!!!Apesar de o caloiro ser uma coisa tão insignificante temos alguns de grande valor...A nossa familia continua a crescer!!!Parabéns às mais recentes biobácas!!!Somos o pior que há!!!
quinta-feira, setembro 28, 2006
Sobre o fim de uma era
Por respeito e fraca capacidade motora, recuso-me a escrever sob o efeito do álcool. Prefiro fazê-lo ressacada.
Por convenção, aquilo que dizemos/escrevemos reflete o nosso estado de espírito. Deixo-vos aqui uma mensagem cansada, sonolenta, mal disposta, com o corpo dorido e os pés ensanguentados.
Em primeiro lugar, tenho a lamentar que não haja lugar no mundo para os anarquistas. Não gosto de regras. Raramente compreendo a sua razão de ser. Não gosto de ordem forçada. Não gosto de poder concentrado em mãos fracas demais para o sustentar. Não gosto de autoridade forjada sabe-se lá de que pressuposto de superioridade. Sou pela anarquia e tenho todo o direito a sê-lo.
Em segundo lugar, tenho a agradecer toda a empatia e consideração que as BioBácas receberam nos últimos dias. A verdade é que não passamos de um bando de gajas bêbadas, que só querem divertir-se a qualquer custo e armar confusão com quem bem nos apetecer. Ainda assim, fomos recebidas de braços abertos e com um sorriso rasgado nos lábios. Ao Pai Loza, à Madrinha, aos Avós, ao BiVô, e à restante família... MUITO OBRIGADA.
Por último, em virtude do patente desagrado revelado face à minha partipação no blog, tenho a informar que vou retirar-me por uns tempos e dedicar-me a actividades que não impliquem directamente chagar a cabeça de quem me rodeia. Espero que não percam o bom rumo que o blog tomou até então.
Por convenção, aquilo que dizemos/escrevemos reflete o nosso estado de espírito. Deixo-vos aqui uma mensagem cansada, sonolenta, mal disposta, com o corpo dorido e os pés ensanguentados.
Em primeiro lugar, tenho a lamentar que não haja lugar no mundo para os anarquistas. Não gosto de regras. Raramente compreendo a sua razão de ser. Não gosto de ordem forçada. Não gosto de poder concentrado em mãos fracas demais para o sustentar. Não gosto de autoridade forjada sabe-se lá de que pressuposto de superioridade. Sou pela anarquia e tenho todo o direito a sê-lo.
Em segundo lugar, tenho a agradecer toda a empatia e consideração que as BioBácas receberam nos últimos dias. A verdade é que não passamos de um bando de gajas bêbadas, que só querem divertir-se a qualquer custo e armar confusão com quem bem nos apetecer. Ainda assim, fomos recebidas de braços abertos e com um sorriso rasgado nos lábios. Ao Pai Loza, à Madrinha, aos Avós, ao BiVô, e à restante família... MUITO OBRIGADA.
Por último, em virtude do patente desagrado revelado face à minha partipação no blog, tenho a informar que vou retirar-me por uns tempos e dedicar-me a actividades que não impliquem directamente chagar a cabeça de quem me rodeia. Espero que não percam o bom rumo que o blog tomou até então.
segunda-feira, setembro 25, 2006
Conselhos para a semana que se avizinha - parte I
1- Guronsan é patrocinador do dia seguinte. E do dia a seguir a esse. E do outro também.
2- Vinho branco dá caganeira.
3- Vinho fino embebeda rapidamente.
4- Cerveja é barata e funciona a maior parte das vezes.
5- A comida gordurosa potencia os efeitos do álcool.
6- Pés em ferida é fofinho.
7- Chuva nos cornos é fofinho.
8- Chuva nos cornos com os pés em ferida, caganeira de vinho branco, ramada de vinho fino, carteira cheia por causa da cerveja e estômago gorduroso, com a capa nos ombros a gritar por biomédicas... é de valor!
2- Vinho branco dá caganeira.
3- Vinho fino embebeda rapidamente.
4- Cerveja é barata e funciona a maior parte das vezes.
5- A comida gordurosa potencia os efeitos do álcool.
6- Pés em ferida é fofinho.
7- Chuva nos cornos é fofinho.
8- Chuva nos cornos com os pés em ferida, caganeira de vinho branco, ramada de vinho fino, carteira cheia por causa da cerveja e estômago gorduroso, com a capa nos ombros a gritar por biomédicas... é de valor!
ébria way of life
Há que saber estar à beira do abismo e dar um passo em frente com orgulho. Há que acreditar que os impossíveis são possíveis e os improváveis são quase certos com um copinho de vinho na mão. Há que saber que a sobriedade não faz falta a ninguém.
Vou me calar.
Há 4 dias que devia ter me calado.
Vou me calar.
Há 4 dias que devia ter me calado.
O Baquedo e o egocentrismo
Minhas amigas(que os outros interessam-me muito pouco)....
Perdoem-me ser uma Báca egocentrica... Mas, não sei se pela erva que rumino empurrada por elixir da loucura ou se pela natureza do meu ser(ou parecer, não sei se chego para ser), não sou capaz de melhor.
Perdoem-me ser uma Báca egocentrica... Mas, não sei se pela erva que rumino empurrada por elixir da loucura ou se pela natureza do meu ser(ou parecer, não sei se chego para ser), não sou capaz de melhor.
O Baquedo e a companhia do Binho
Saudações meus amigos, colegas Bácas e restantes dois resistentes ainda leitores desta estrumeira!
Daqui vos fala uma Biobáca no meio de um recinto povoado, mas só... Ladeada apenas por um copo de Binho Fino.
O Binho Fino é fofinho.
O Binho Fino sobe à cabeça como um foguetão... E às vezes também explode antes de sair da atmosfera.
Um copinho de Binho Fino é sempre uma boa companhia e uma boa desculpa para se fazer aquilo a que não nos atrevemos quando há somente uma Coca-cola.
Entretanto chegou outra Báca que não está sozinha.
Ela canta, pobre Biobáca. Há quatro dias mergulhada na sobriedade do néctar da vida.
O sonho é uma constante da vida. E eu sonho ser Cinderella.
Gata Borralheira já sou.
Amo-vos!
Daqui vos fala uma Biobáca no meio de um recinto povoado, mas só... Ladeada apenas por um copo de Binho Fino.
O Binho Fino é fofinho.
O Binho Fino sobe à cabeça como um foguetão... E às vezes também explode antes de sair da atmosfera.
Um copinho de Binho Fino é sempre uma boa companhia e uma boa desculpa para se fazer aquilo a que não nos atrevemos quando há somente uma Coca-cola.
Entretanto chegou outra Báca que não está sozinha.
Ela canta, pobre Biobáca. Há quatro dias mergulhada na sobriedade do néctar da vida.
O sonho é uma constante da vida. E eu sonho ser Cinderella.
Gata Borralheira já sou.
Amo-vos!
domingo, setembro 24, 2006
o binho...
Oiça lá ó senhor vinho,
vai responder-me, mas com franqueza:
porque é que tira toda a firmeza
a quem encontra no seu caminho?
Lá por beber um copinho a mais
até pessoas pacatas,
amigo vinho, em desalinho
vossa mercê faz andar de gatas!
É mau procedimento
e há intenção naquilo que faz.
Entra-se em desequilíbrio,
não há equilíbrio que seja capaz.
As leis da Física falham
e a vertical de qualquer lugar
oscila sem se deter
e deixa de ser perpendicular.
"Eu já fui", responde o vinho,
"A folha solta brincara ao vento,
fui raio de sol no firmamento
que trouxe a uva, doce carinho.
Ainda guardo o calor do sol
e assim eu até dou vida,
aumento o valor seja de quem for
na boa conta, peso e medida.
E só faço mal a quem
me julga ninguém
e faz pouco de mim.
Quem me trata como água
é ofensa, pago-a!
Eu cá sou assim."
Vossa mercê tem razão
e é ingratidão
falar mal do vinho.
E a provar o que digo
vamos, meu amigo,
a mais um copinho!
(ter em atenção que isto é um fado da Mariza, ora portanto ela é uma senhora de valor!)
Histórias bonitas Parte IV
Um homem levantava-se todos os dias de manhã e ia à casa de banho. Usava a sanita e puxava o autoclismo. Quando olhava para o remoínho da água, reparou numa aranha que lutava para sobreviver, agarrando-se à fina teia para não ser engolida pela força da água.
Passados alguns dias, comovido com a condição do pobre animal, resolveu tirá-la e deixou-a num canto da casa de banho.
No dia seguinte, levantou-se, foi à casa de banho e olhou para o sítio onde tinha deixado a aranha. Estava morta.
"Não nos devemos sobrepor à vida" disse alguém, porcurando encontrar uma moral para esta história.
A todas as aranhas com quem me cruzei, o meu sincero pedido de desculpas.
Passados alguns dias, comovido com a condição do pobre animal, resolveu tirá-la e deixou-a num canto da casa de banho.
No dia seguinte, levantou-se, foi à casa de banho e olhou para o sítio onde tinha deixado a aranha. Estava morta.
"Não nos devemos sobrepor à vida" disse alguém, porcurando encontrar uma moral para esta história.
A todas as aranhas com quem me cruzei, o meu sincero pedido de desculpas.
quarta-feira, setembro 20, 2006
Utilidades Parte III
* Esquece quem foste. Esquece o que querias ser. Esquece o que queres ser. Esquece o que não queres ser. Quando tentares esquecer o que és, já desapareceste.
* Ofende-te a ti próprio. Ofenderás os teus amigos. Ofenderás os teus inimigos. Ofenderás quem te ama e quem te odeia. No fim de tudo, sozinho e sem ninguém, todos resistirão a acreditar que te querias ofender.
* Dá tudo o que tens a quem amas. Ficarão felizes. Contarão contigo em qualquer situação. Nunca te agradecerão. Nunca perceberão que foi por amor. Nunca se darão ao trabalho de te tentar perceber. Nunca te perceberão. Quando já não quiseres amar mais, nada terás guardado para ti próprio.
* Esconde sempre os teus defeitos. Encobre-os com sorrisos e bom vontade. Capa o teu espírito para não magoar o dos outros. Mostra a todos o melhor de ti a todo o momento. Quando, inevitavelmente, um defeito escapar e se revelar em público, todos se decepcionarão contigo.
* Sofre a dor do amigo. Chora as suas mágoas. Dá-lhe a tua paz e a tua alegria. Esvazia-te para salvar uma alma da escuridão. Não te esqueças porém que também tens que sair do poço.
* Ofende-te a ti próprio. Ofenderás os teus amigos. Ofenderás os teus inimigos. Ofenderás quem te ama e quem te odeia. No fim de tudo, sozinho e sem ninguém, todos resistirão a acreditar que te querias ofender.
* Dá tudo o que tens a quem amas. Ficarão felizes. Contarão contigo em qualquer situação. Nunca te agradecerão. Nunca perceberão que foi por amor. Nunca se darão ao trabalho de te tentar perceber. Nunca te perceberão. Quando já não quiseres amar mais, nada terás guardado para ti próprio.
* Esconde sempre os teus defeitos. Encobre-os com sorrisos e bom vontade. Capa o teu espírito para não magoar o dos outros. Mostra a todos o melhor de ti a todo o momento. Quando, inevitavelmente, um defeito escapar e se revelar em público, todos se decepcionarão contigo.
* Sofre a dor do amigo. Chora as suas mágoas. Dá-lhe a tua paz e a tua alegria. Esvazia-te para salvar uma alma da escuridão. Não te esqueças porém que também tens que sair do poço.
terça-feira, setembro 19, 2006
iiiiiiiiii...
Aos que chegam e aos que partem. Aos que entraram no que queriam e aos que ficaram à porta. Ás novas aquisições. Á caloirada. Á ingenuidade, á confiança e á disponibilidade. Aos gajos de preto. Á praxe. Ao protagonismo, á sabedoria e á experiência. Ao Sr. Melo. Á casa do Sr. Melo. Á receita do Sr. Melo. Ás Bacas. Ás gajas que tiveram a coragem de chamar a si próprias bacas. Ao primeiro gajo com coragem de dar a cara no nosso blog. Á nossa família. Ao pai Loza. A todos os que nos acompanharam nos bons e maus momentos. Aos bons e maus momentos. E a tudo o resto... um brinde imaculado!
segunda-feira, setembro 18, 2006
RIP Morangos com Açúcar
Este post serve como requiem funerário à série nº46228 dos morangos que teve hoje o seu fim, deixando assim potencialmente desempregados dezenas de jovens actores sem jeito para representar. A nº46229 começará já amanhã, portanto pouco tempo teremos para chorar esta horrível perda.
Com todo o respeito, um minuto de silêncio doloroso.
Morangos, rest in peace.
Com todo o respeito, um minuto de silêncio doloroso.
Morangos, rest in peace.
sexta-feira, setembro 15, 2006
Histórias bonitas Parte III
A Rã e o Escorpião
O fogo crepita feroz e avassalador. Na margem do largo rio que permeia a floresta, encontram-se dois inimigos: a rã e o escorpião. Lépida e faceira, a rã prepara-se para o salto nas águas salvadoras. O escorpião, que não sabe nadar, aterroriza-se ante a morte certa, estorricado pelas chamas ou impiedosamente tragado pelas águas revoltas. Arguto e num esforço derradeiro, implora o escorpião:
— Bela rã, leva-me nas tuas costas na travessia do rio!
— Não confio em ti! Teu ferrão é inclemente e mortal — responde a rã.
— Jamais tamanha ingratidão. Ademais, se eu te picar, é morte certa para nós dois.
— É verdade — pensou candidamente o bondoso batráquio. - Então suba!
E lá se foram irmanados e felizes.
No entanto, no meio da travessia, a rã é atingida no dorso por uma impiedosa ferroada. Entremeando dor e revolta, trava o derradeiro diálogo:
— Quanta maldade! — exclama a rã, contorcendo-se. - Não vês que morreremos os dois?
— Sim, responde o escorpião, mas essa é a minha natureza!
O fogo crepita feroz e avassalador. Na margem do largo rio que permeia a floresta, encontram-se dois inimigos: a rã e o escorpião. Lépida e faceira, a rã prepara-se para o salto nas águas salvadoras. O escorpião, que não sabe nadar, aterroriza-se ante a morte certa, estorricado pelas chamas ou impiedosamente tragado pelas águas revoltas. Arguto e num esforço derradeiro, implora o escorpião:
— Bela rã, leva-me nas tuas costas na travessia do rio!
— Não confio em ti! Teu ferrão é inclemente e mortal — responde a rã.
— Jamais tamanha ingratidão. Ademais, se eu te picar, é morte certa para nós dois.
— É verdade — pensou candidamente o bondoso batráquio. - Então suba!
E lá se foram irmanados e felizes.
No entanto, no meio da travessia, a rã é atingida no dorso por uma impiedosa ferroada. Entremeando dor e revolta, trava o derradeiro diálogo:
— Quanta maldade! — exclama a rã, contorcendo-se. - Não vês que morreremos os dois?
— Sim, responde o escorpião, mas essa é a minha natureza!
quinta-feira, setembro 14, 2006
O Baquedo e as privações
Saudações meus amigos...
A Pilinha que hoje vos fala é uma Báca mudada, transformada, calejada pela vida, pelo sofrimento, pela privação. Uma Pilinha que vocês nunca tinham conhecido.
Uma Pilinha castigada pela Liga, com um mês de inactividade e possibilidade de agravação de pena... Uma craque emprestada contra a sua vontade a um clube rasca e da Regional.P
Pois digo-vos, meus amigos... Pilinha sobreviverá! E voltará aos grandes palcos... ás grandes exibições, com o público e as colegas de equipa ao rubro.
Já falta pouco!
Amo-vos!
A Pilinha que hoje vos fala é uma Báca mudada, transformada, calejada pela vida, pelo sofrimento, pela privação. Uma Pilinha que vocês nunca tinham conhecido.
Uma Pilinha castigada pela Liga, com um mês de inactividade e possibilidade de agravação de pena... Uma craque emprestada contra a sua vontade a um clube rasca e da Regional.P
Pois digo-vos, meus amigos... Pilinha sobreviverá! E voltará aos grandes palcos... ás grandes exibições, com o público e as colegas de equipa ao rubro.
Já falta pouco!
Amo-vos!
Porque há blogs interessantes...
Por sugestão da figura histórica mais querida deste blog, aventurei-me à descoberta de novos blogs. Desfrutem:http://www.grandecoisa.blogspot.com.
terça-feira, setembro 12, 2006
One year later
I
Believe In Our Fate
We Don't Need To Fake
It's All We Wanna Be
Watch Me Freeeaaak !!
I Say
We're Growing Every Day
Getting Stronger In Every Way
I'll Take You To A Place
Where We Shall Find Our
Roots Bloody Roots
Rain
Bring Me The Strength
To Get To Another Day
And All I Want To See
Set Us Free
Why
Can't You See
Can't You Feel
This Is Real
Ahhh
I Pray
We Don't Need To Change
Our Ways To Be Saved
That All We Wanna Be
Watch Us Freak
E o que há um ano atrás era confuso de repente é real. O medo do que íamos encontrar tornou-se uma vontade de conhecer cada vez mais. Os dias iguais tornaram se dias diferentes. Os perfeitos estranhos são agora os amigos do costume. Quebrar com tudo foi complexo, mas valeu a pena. Nunca pensei encontrar um "lar" tão depressa. Obrigada por este ano... passou a voar, mas valeu cada segundo.
Believe In Our Fate
We Don't Need To Fake
It's All We Wanna Be
Watch Me Freeeaaak !!
I Say
We're Growing Every Day
Getting Stronger In Every Way
I'll Take You To A Place
Where We Shall Find Our
Roots Bloody Roots
Rain
Bring Me The Strength
To Get To Another Day
And All I Want To See
Set Us Free
Why
Can't You See
Can't You Feel
This Is Real
Ahhh
I Pray
We Don't Need To Change
Our Ways To Be Saved
That All We Wanna Be
Watch Us Freak
E o que há um ano atrás era confuso de repente é real. O medo do que íamos encontrar tornou-se uma vontade de conhecer cada vez mais. Os dias iguais tornaram se dias diferentes. Os perfeitos estranhos são agora os amigos do costume. Quebrar com tudo foi complexo, mas valeu a pena. Nunca pensei encontrar um "lar" tão depressa. Obrigada por este ano... passou a voar, mas valeu cada segundo.
segunda-feira, setembro 11, 2006
Falta o levantar cedo. Falta o trânsito. Faltam as aulas secantes. Faltam os colegas barulhentos. Faltam as refeições adulteradas. Faltam os 30 cafés por dia. Faltam os maços de tabaco vazios pousados em mesas entulhadas. Faltam os jogos de cartas. Faltam os cumprimentos. Faltam apontamentos. Faltam relatórios ainda por fazer a 10 min da data de entrega. Faltam os jantares bem regados. Falta o estudo após os jantares bem regados. Falta o Piolho. Falta a ressaca. Falta o levantar cedo ainda de ressaca. Faltam os olhares. Faltam os comentários. Falta a classe de quem no seu pior consegue sempre superar os melhores. Falta a classe.
Faltam algumas horas para o recomeço das aulas. Ai de quem faltar!
Faltam algumas horas para o recomeço das aulas. Ai de quem faltar!
quarta-feira, setembro 06, 2006
Histórias bonitas Parte II
"Era uma dessas Baratinhas brancas e nojentas, acostumadas só à imundície e ao monturo, comendo calmamente a sua refeição composta de um pedaço de batata podre e um pedaço de tomate podre. Chegou junto dela um Rato transmissor da peste bubónica e disse-lhe:
- Comadre, ontem tive uma aventura extraordinária. Estive num lugar realmente impressionante, como você, comadre, certamente jamais encontrará em toda a sua vida. (...) O lugar era uma coisa que realmente me deixou de boca aberta (...) tão espantoso e diferente de tudo o que tenho visto na minha vida roedora. A Barata continuava a comer. - Imagine você - prosseguiu o Rato - que descobri o lugar por acaso. Ia numa das cavidades subterrâneas por onde passeio sempre, entrando aqui e ali numa casa e noutra, quando, de repente, percebo uma galeria que não conheço. Meto-me nela, um pouco amedontrado por não saber onde vai dar e, de repente, saio numa cozinha inacreditável. O chão limpo que nem espelho! Os espelhos, de um brilho de cegar! As panelas, polidas como você não pode imaginar! O fogão, que nem um brinco! As paredes, sem uma mancha! O tecto, claro e branco como se tivesse sido acabado de pintar! Os armários, tão arrumados e cuidados que estavam até perfumados! Poeira em nenhuma parte, humidade inexistente, nem um palito de fósforo no chão...
E foi aí que a Barata não se conteve. Levou a mão à boca num espasmo e protestou:
- Que mania! Que horror! Vem sempre contar essas histórias exactamente no momento em que a gente está a comer!"
Moral: Para o vírus, a penicilina é uma doença.
Submoral: A Ecologia é muito relativa.
- Comadre, ontem tive uma aventura extraordinária. Estive num lugar realmente impressionante, como você, comadre, certamente jamais encontrará em toda a sua vida. (...) O lugar era uma coisa que realmente me deixou de boca aberta (...) tão espantoso e diferente de tudo o que tenho visto na minha vida roedora. A Barata continuava a comer. - Imagine você - prosseguiu o Rato - que descobri o lugar por acaso. Ia numa das cavidades subterrâneas por onde passeio sempre, entrando aqui e ali numa casa e noutra, quando, de repente, percebo uma galeria que não conheço. Meto-me nela, um pouco amedontrado por não saber onde vai dar e, de repente, saio numa cozinha inacreditável. O chão limpo que nem espelho! Os espelhos, de um brilho de cegar! As panelas, polidas como você não pode imaginar! O fogão, que nem um brinco! As paredes, sem uma mancha! O tecto, claro e branco como se tivesse sido acabado de pintar! Os armários, tão arrumados e cuidados que estavam até perfumados! Poeira em nenhuma parte, humidade inexistente, nem um palito de fósforo no chão...
E foi aí que a Barata não se conteve. Levou a mão à boca num espasmo e protestou:
- Que mania! Que horror! Vem sempre contar essas histórias exactamente no momento em que a gente está a comer!"
Moral: Para o vírus, a penicilina é uma doença.
Submoral: A Ecologia é muito relativa.
terça-feira, setembro 05, 2006
Ora pensa lá nesta e diz qualquer coisa
Vai alta a lua! na mansão da morte
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.
Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.
Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.
Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:
"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?"
Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?"
Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!"
Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.
"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos"
Na fria terra sem vingança ter!
- "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda
Responde um eco suspirando além...
- "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.
Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.
"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui..."
É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti."
Feliz que pude acompanhar-te ao fundo"
Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,"
O mundo em trevas sem a luz do amor?
"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
- "Oh vejo sim... recordação fatal!
- "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.
"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"
E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrada, d'infeliz amor.
Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.
Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.
"O Noivado do Sepulcro", Soares de Passos
Já meia-noite com vagar soou;
Que paz tranquila; dos vaivéns da sorte
Só tem descanso quem ali baixou.
Que paz tranquila!... mas eis longe, ao longe
Funérea campa com fragor rangeu;
Branco fantasma semelhante a um monge,
D'entre os sepulcros a cabeça ergueu.
Ergueu-se, ergueu-se!... na amplidão celeste
Campeia a lua com sinistra luz;
O vento geme no feral cipreste,
O mocho pia na marmórea cruz.
Ergueu-se, ergueu-se!... com sombrio espanto
Olhou em roda... não achou ninguém...
Por entre as campas, arrastando o manto,
Com lentos passos caminhou além.
Chegando perto duma cruz alçada,
Que entre ciprestes alvejava ao fim,
Parou, sentou-se e com a voz magoada
Os ecos tristes acordou assim:
"Mulher formosa, que adorei na vida,
"E que na tumba não cessei d'amar,
"Por que atraiçoas, desleal, mentida,
"O amor eterno que te ouvi jurar?"
Amor! engano que na campa finda,
"Que a morte despe da ilusão falaz:
"Quem d'entre os vivos se lembrara ainda
"Do pobre morto que na terra jaz?"
Abandonado neste chão repousa
"Há já três dias, e não vens aqui...
"Ai, quão pesada me tem sido a lousa
"Sobre este peito que bateu por ti!"
Ai, quão pesada me tem sido!" e em meio,
A fronte exausta lhe pendeu na mão,
E entre soluços arrancou do seio
Fundo suspiro de cruel paixão.
"Talvez que rindo dos protestos nossos,
"Gozes com outro d'infernal prazer;
"E o olvido cobrirá meus ossos"
Na fria terra sem vingança ter!
- "Oh nunca, nunca!" de saudade infinda
Responde um eco suspirando além...
- "Oh nunca, nunca!" repetiu ainda
Formosa virgem que em seus braços tem.
Cobrem-lhe as formas divinas, airosas,
Longas roupagens de nevada cor;
Singela c'roa de virgínias rosas
Lhe cerca a fronte dum mortal palor.
"Não, não perdeste meu amor jurado:
"Vês este peito? reina a morte aqui..."
É já sem forças, ai de mim, gelado,
"Mas inda pulsa com amor por ti."
Feliz que pude acompanhar-te ao fundo"
Da sepultura, sucumbindo à dor:
"Deixei a vida... que importava o mundo,"
O mundo em trevas sem a luz do amor?
"Saudosa ao longe vês no céu a lua?
- "Oh vejo sim... recordação fatal!
- "Foi à luz dela que jurei ser tua
"Durante a vida, e na mansão final.
"Oh vem! se nunca te cingi ao peito,
"Hoje o sepulcro nos reúne enfim...
"Quero o repouso de teu frio leito,
"Quero-te unido para sempre a mim!"
E ao som dos pios do cantor funéreo,
E à luz da lua de sinistro alvor,
Junto ao cruzeiro, sepulcral mistério
Foi celebrada, d'infeliz amor.
Quando risonho despontava o dia,
Já desse drama nada havia então,
Mais que uma tumba funeral vazia,
Quebrada a lousa por ignota mão.
Porém mais tarde, quando foi volvido
Das sepulturas o gelado pó,
Dois esqueletos, um ao outro unido,
Foram achados num sepulcro só.
"O Noivado do Sepulcro", Soares de Passos
Sobre Sísifo
Por motivos alheios à minha vontade e a pedido de várias famílias, não vou responder às perguntas finais do post. No entanto, não podia deixar passar a oportunidade de denunciar a mensagem oculta neste poema. Para começar, há que conhecer a história de Sísifo. "Os deuses condenaram Sísifo a incessantemente rolar uma rocha até ao topo de uma montanha, de onde a pedra cairia de volta devido ao seu próprio peso. Eles pensaram, com alguma razão, que não há punição mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança. Sísifo é o herói absurdo. Ele o é, tanto pelas suas paixões quanto pela sua tortura.
Seu desdém pelos deuses, seu ódio pela morte e sua paixão pela vida fizeram com que ele recebesse aquele inexprimível castigo no qual todo seu ser se esforça para executar absolutamente nada. Este é o preço que deve ser pago pelas paixões neste mundo."
Ora, assim sendo, por mais bonito que seja o poema e por mais positiva que seja a sua mensagem não sei até que ponto se tirará alguma conclusão proveitosa de um mito que ilustra de forma tão decadente a existência humana.
Seu desdém pelos deuses, seu ódio pela morte e sua paixão pela vida fizeram com que ele recebesse aquele inexprimível castigo no qual todo seu ser se esforça para executar absolutamente nada. Este é o preço que deve ser pago pelas paixões neste mundo."
Ora, assim sendo, por mais bonito que seja o poema e por mais positiva que seja a sua mensagem não sei até que ponto se tirará alguma conclusão proveitosa de um mito que ilustra de forma tão decadente a existência humana.
segunda-feira, setembro 04, 2006
Tecendo considerações
Sísifo
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendoIlusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga
Pergunta: em que ponto da vida é que algumas pessoas se esquecem destas coisas, e, em vez de recomeçar por outra estrada, dão um passo em frente para o abismo, e, em vez de dar os passos em liberdade, os dão presos pelos fantasmas do passado, e tudo o que fazem é repetir os próprios erros vezes e vezes sem conta sem perceber sequer porquê? E porque é que desconfiam e têm medo das ilusões do pomar? E trocam os sonhos e a aventura pelas próprias mãos vazias e um sentimento de resignação? Porque é que não sabemos ser loucos, ou reconhecer-nos na nossa loucura? E porque nos contentamos com uma metade de um fruto que nos torna todos os dias mais infelizes?
Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendoIlusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
Miguel Torga
Pergunta: em que ponto da vida é que algumas pessoas se esquecem destas coisas, e, em vez de recomeçar por outra estrada, dão um passo em frente para o abismo, e, em vez de dar os passos em liberdade, os dão presos pelos fantasmas do passado, e tudo o que fazem é repetir os próprios erros vezes e vezes sem conta sem perceber sequer porquê? E porque é que desconfiam e têm medo das ilusões do pomar? E trocam os sonhos e a aventura pelas próprias mãos vazias e um sentimento de resignação? Porque é que não sabemos ser loucos, ou reconhecer-nos na nossa loucura? E porque nos contentamos com uma metade de um fruto que nos torna todos os dias mais infelizes?
sexta-feira, setembro 01, 2006
Sobre Portugal Parte II
Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
define com perfil e ser
este fulgor baço da terra
que é Portugal a entristecer –
brilho sem luz e sem arder,
como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quere.
Ninguém conhece que alma tem,
nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ância distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
Sobre Portugal Parte I
PAÍS EM inho
Não é possível suportar tanta água benta
Tantos infernos tantos paraísos
Tanta alma a salvar-se. Não é possível
Tanto salvador vestido de absoluto
Neste país de pouco. Neste país de muito.
Não é possível suportar tanta sebenta
Tanta batina tanto sebo tanta cela.
Até Marx vestiram de sotaina
Ó Antero: há um jesuíta fanático um beato.
Neste país abstracto. Neste país abstracto.
Não é possível suportar tanta ideia cinzenta
Tanto bolor de caserna e de convento
Lages lírios lágrimas. E os círios
Tanto 1º de Novembro e tanto Império
Neste país tão sério. Neste país tão sério.
Não haverá por aí outra ferramenta?
Não haverá ideias armas que não sejam
Bentas? Um grande ponto de interrogação?
Um amor laico. Um revolucionário ateu
Nas tintas para o inferno e para o céu?
Não é possível suportar tanta agonia
Tanta nódoa de cera tanta mancha de sangue
Tanto xaile a cheirar a sacristia.
(Que eu vi lá longe um homem crucificado
por este país fardado. Por este país fardado.)
E já não posso suportar tanta doença
Tanta cebola a fazer de flor tanta mezinha
Tanta Zita Santa Zita tanto rito
Tanto guisado e catecismo. Tantas coisas em inho
Neste país quietinho ò Pascoais. Neste país quietinho.
É preciso (como diz o Torga) correntes de ar
Pois falta ó Cesariny é verdade que falta
Por aqui uma grande razão
(Que não seja só uma palavra). Falta uma fúria.
Neste país lamúria. Neste país lamúria.
Um pouco mais de brasa. Ou se preferem
(como diria Mário Sá-Carneiro)
um pouco mais de golpe de asa. Pois falta ó Breton
um amor louco (laico e louco)
Neste país de pouco. Nesta país de pouco.
Falta o porquê de António Sérgio. Falta o porquê.
Faltam concelhos realmente municipais.
Que não é possível suportar tanta gordura
Tanta tristeza magra tanta rodilha tantos cestos
Neste país de restos. Neste país de restos.
Não é possível suportar tanto chicharro
Tanta espinha na alma tanta côdea
Tanta azeitona miudinha tanta malha
Tanta mágoa apanhada uma a uma (Que é tudo
O que se apanha.) Neste país tão mudo. Neste país tão mudo.
Um pouco um pouco de ternura
(Que não seja só uma canja de galinha)
Um pouco um pouco de clareza
(Que não seja só o sol. Que não seja só o sul).
Neste país azul. Neste país azul.
Que não é possível suportar tanta mentira
Tanta gente de esquerda a viver à direita
Tanta apagada e vil baixeza tanta reza
Tanto cochicho onde é preciso falar alto.
Neste país a salto. Neste país a salto.
Não é possível suportar tanto cotim
Tanta manga de alpaca tanta canga
Tanta ganga suada tanta lexívia
Tanta lezíria tanto corno tanto chouriço
Neste país castiço. Neste país castiço.
Não é possível tanto macho tanta fêmea
Tanta faca e alguidar tanto magala
Tanta santa tanta puta tanta infanta
Tanta saca tanta faca tanto fraque
Neste país a saque. Neste país a saque.
Pois falta aqui o verbo ser. E sobra o ter.
Falta a sobra e sobra a falta. Ó proletários da tristeza
Falta a ciência mais exacta: a poesia.
E há muito já que um poeta disse: É a hora.
Neste país daqui. Neste país de agora.
Manuel Alegre
Não é possível suportar tanta água benta
Tantos infernos tantos paraísos
Tanta alma a salvar-se. Não é possível
Tanto salvador vestido de absoluto
Neste país de pouco. Neste país de muito.
Não é possível suportar tanta sebenta
Tanta batina tanto sebo tanta cela.
Até Marx vestiram de sotaina
Ó Antero: há um jesuíta fanático um beato.
Neste país abstracto. Neste país abstracto.
Não é possível suportar tanta ideia cinzenta
Tanto bolor de caserna e de convento
Lages lírios lágrimas. E os círios
Tanto 1º de Novembro e tanto Império
Neste país tão sério. Neste país tão sério.
Não haverá por aí outra ferramenta?
Não haverá ideias armas que não sejam
Bentas? Um grande ponto de interrogação?
Um amor laico. Um revolucionário ateu
Nas tintas para o inferno e para o céu?
Não é possível suportar tanta agonia
Tanta nódoa de cera tanta mancha de sangue
Tanto xaile a cheirar a sacristia.
(Que eu vi lá longe um homem crucificado
por este país fardado. Por este país fardado.)
E já não posso suportar tanta doença
Tanta cebola a fazer de flor tanta mezinha
Tanta Zita Santa Zita tanto rito
Tanto guisado e catecismo. Tantas coisas em inho
Neste país quietinho ò Pascoais. Neste país quietinho.
É preciso (como diz o Torga) correntes de ar
Pois falta ó Cesariny é verdade que falta
Por aqui uma grande razão
(Que não seja só uma palavra). Falta uma fúria.
Neste país lamúria. Neste país lamúria.
Um pouco mais de brasa. Ou se preferem
(como diria Mário Sá-Carneiro)
um pouco mais de golpe de asa. Pois falta ó Breton
um amor louco (laico e louco)
Neste país de pouco. Nesta país de pouco.
Falta o porquê de António Sérgio. Falta o porquê.
Faltam concelhos realmente municipais.
Que não é possível suportar tanta gordura
Tanta tristeza magra tanta rodilha tantos cestos
Neste país de restos. Neste país de restos.
Não é possível suportar tanto chicharro
Tanta espinha na alma tanta côdea
Tanta azeitona miudinha tanta malha
Tanta mágoa apanhada uma a uma (Que é tudo
O que se apanha.) Neste país tão mudo. Neste país tão mudo.
Um pouco um pouco de ternura
(Que não seja só uma canja de galinha)
Um pouco um pouco de clareza
(Que não seja só o sol. Que não seja só o sul).
Neste país azul. Neste país azul.
Que não é possível suportar tanta mentira
Tanta gente de esquerda a viver à direita
Tanta apagada e vil baixeza tanta reza
Tanto cochicho onde é preciso falar alto.
Neste país a salto. Neste país a salto.
Não é possível suportar tanto cotim
Tanta manga de alpaca tanta canga
Tanta ganga suada tanta lexívia
Tanta lezíria tanto corno tanto chouriço
Neste país castiço. Neste país castiço.
Não é possível tanto macho tanta fêmea
Tanta faca e alguidar tanto magala
Tanta santa tanta puta tanta infanta
Tanta saca tanta faca tanto fraque
Neste país a saque. Neste país a saque.
Pois falta aqui o verbo ser. E sobra o ter.
Falta a sobra e sobra a falta. Ó proletários da tristeza
Falta a ciência mais exacta: a poesia.
E há muito já que um poeta disse: É a hora.
Neste país daqui. Neste país de agora.
Manuel Alegre
quinta-feira, agosto 31, 2006
Hoje
O dia de hoje é igual aos outros...Não há diferenças óbvias entre ontem, hoje e amanhã. O estado do tempo pode mudar, o caminho que percorro até chegar ao sítio do costume pode mudar, mas isso não é nada quando penso em todos os dias do ano e na rotina que inevitavelmente foi estabelecida na minha vida.
O dia de hoje foi diferente dos outros...Apesar do estado do tempo ser igual ao de ontem, apesar de ter ido da mesma forma para o sítio do costume, apesar de a rotina ter sido a mesma...Gostei...Gostei como gosto de vocês minhas baquinhas...
Obrigada por terem tornado o igual diferente e o diferente igual...
O dia de hoje foi diferente dos outros...Apesar do estado do tempo ser igual ao de ontem, apesar de ter ido da mesma forma para o sítio do costume, apesar de a rotina ter sido a mesma...Gostei...Gostei como gosto de vocês minhas baquinhas...
Obrigada por terem tornado o igual diferente e o diferente igual...
If
If you can keep your head when all about you
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream -- and not make dreams your master;
If you can think -- and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings -- nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you,
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run --
Yours is the Earth and everything that's in it,
And -- which is more -- you'll be a Man, my son!
Rudyard Kipling
Are losing theirs and blaming it on you;
If you can trust yourself when all men doubt you,
But make allowance for their doubting too;
If you can wait and not be tired by waiting,
Or being lied about, don't deal in lies,
Or being hated, don't give way to hating,
And yet don't look too good, nor talk too wise;
If you can dream -- and not make dreams your master;
If you can think -- and not make thoughts your aim;
If you can meet with Triumph and Disaster
And treat those two imposters just the same;
If you can bear to hear the truth you've spoken
Twisted by knaves to make a trap for fools,
Or watch the things you gave your life to, broken,
And stoop and build 'em up with worn-out tools;
If you can make one heap of all your winnings
And risk it on one turn of pitch-and-toss,
And lose, and start again at your beginnings
And never breathe a word about your loss;
If you can force your heart and nerve and sinew
To serve your turn long after they are gone,
And so hold on when there is nothing in you
Except the Will which says to them: "Hold on!"
If you can talk with crowds and keep your virtue,
Or walk with kings -- nor lose the common touch,
If neither foes nor loving friends can hurt you,
If all men count with you, but none too much;
If you can fill the unforgiving minute
With sixty seconds' worth of distance run --
Yours is the Earth and everything that's in it,
And -- which is more -- you'll be a Man, my son!
Rudyard Kipling
Sobre os morangos
Os morangos têm todo o direito a festejar o seu aniversário. Os morangos têm direito a ser bem tratados. Os morangos têm direito a serem felizes.
Como tal, não podíamos deixar passar este dia sem te desejar o melhor que o mundo tem para oferecer: bebedeiras, gajos bons e amigos de valor.
Em nome de todos que te adoram,
Parabéns Lila!
Como tal, não podíamos deixar passar este dia sem te desejar o melhor que o mundo tem para oferecer: bebedeiras, gajos bons e amigos de valor.
Em nome de todos que te adoram,
Parabéns Lila!
Sobre os príncipes e os sapos
Os príncipes não existem. O Pai Natal também não. Nem tão pouco o coelinho da Páscoa. Faria sentido uma infância sem estes seres imaginários? Possivelmente sim. No entanto, uma infância sem ilusões, sem as decepções que estas acarretam, sem a desconfiança de tudo o que o posteriormente nos dizem, faz-nos adolescentes ingénuos, inocentes, despreparados para as verdadeiras desilusões. No fundo, é uma questão de tempo para nos apercerbermos que a maioria das pessoas são falsas, interesseiras e egoístas, procurando apenas o que temos para lhes oferecer. Descobrir isto na infância é duro, na adolescência é brutal. Perdoem-me o tom sério e pessoal que deixo passar neste post, mas de facto nunca cheguei a acreditar no Pai Natal nem em príncipes encantados. As consequências são notórias.
Retomando o tom habitual...
É evidente que esse tipo de estórias foi criado por homens. De que outra maneira, para além de remeterem para esses resquícios de memória e imaginação que nos foram incutidos enquanto crianças, poderiam eles convencer-nos a aturá-los, encontrar-lhes qualidades, acreditar que poderão ser mais úteis que um sapo? Excluíndo essa utópica ideia do "felizes para sempre", que argumentos encontrariam eles para nos levar ao altar, tornando-nos mãezinhas deles, criadas a tempo inteiro, bodes espiatórios e meios de propagação dos próprios genes?
Gosto de sapos. Não lhes encontro a presunção, a arrogância, a prepotência, o complexo "centro do mundo" característico do sexo masculino. Nunca vi uma sapa a chorar. Nunca lhes ouvi um lamento. Pergunto-me até que ponto seria mau se os príncipes se transformassem em sapos.
Retomando o tom habitual...
É evidente que esse tipo de estórias foi criado por homens. De que outra maneira, para além de remeterem para esses resquícios de memória e imaginação que nos foram incutidos enquanto crianças, poderiam eles convencer-nos a aturá-los, encontrar-lhes qualidades, acreditar que poderão ser mais úteis que um sapo? Excluíndo essa utópica ideia do "felizes para sempre", que argumentos encontrariam eles para nos levar ao altar, tornando-nos mãezinhas deles, criadas a tempo inteiro, bodes espiatórios e meios de propagação dos próprios genes?
Gosto de sapos. Não lhes encontro a presunção, a arrogância, a prepotência, o complexo "centro do mundo" característico do sexo masculino. Nunca vi uma sapa a chorar. Nunca lhes ouvi um lamento. Pergunto-me até que ponto seria mau se os príncipes se transformassem em sapos.
quarta-feira, agosto 30, 2006
Histórias bonitas - Parte I
Era uma vez uma Prinçusa que vivia presa no seu Castilho, e mandou uma curija com um bilhuto a um Prinçuso para a salvar. O Prinçuso assim que recebe o Bilhuto pega logo no seu cavilho e começa a cavilhar pela florista fora ao encontro da Prinçusa. Após dias a cavilhar pela florista eis que ele chega ao Castilho, desmonta então do seu cavilho e tenta abrir as purtas do Castilho, mas estas estavam fechadas, então ela manda um pontapé nas purtas e a purtas vêm abaixo, depois sobe as escudas e chega á purta do quirto onde a prinçusa estava presa, e ele dá um pontapé na purta e ela desfaz-se, o prinçuso entra no quirto da pruinçusa, eles trocam olhares entre si… e foram logo ali 3 fadas!!!
terça-feira, agosto 29, 2006
segunda-feira, agosto 28, 2006
Manifesto anti-pombas
Basta pum basta!
Abaixo as pombas!
Morram as pombas, morram!
Uma cidade com pombas é uma aldeia ignota.
Uma cidade com pombas é um fosso lamacento.
As pombas são ciganas.
As pombas não sabem cantar, não fazem ninhos, não procuram minhocas para alimentar os filhotes.
As pombas não são habilidosas.
As pombas vestem-se mal.
As pombas são cinzentas.
As pombas são pombas.
Morram as pombas, morram!
As pombas nasceram para provar que nem todos os pássaros sabem ser passáros.
As pombas são autómatas que deitam para fora o que a gente já sabe que vai sair... Mas podiam deitar dinheiro.
As pombas nuas são horrorosas.
As pombas cheiram mal da boca.
Morram as pombas, morram!
As pombas são o escárnio do mundo animal.
Se as pombas são animais, eu quero ser vegetal.
As pombas são a vergonha da sociedade actual.
E ainda há quem admita gostar delas.
E lhes dê migalhas.
E tenha pena delas quando o Rui Rio se lembra de as exterminar.
Morram as pombas, morram!
Abaixo as pombas!
Morram as pombas, morram!
Uma cidade com pombas é uma aldeia ignota.
Uma cidade com pombas é um fosso lamacento.
As pombas são ciganas.
As pombas não sabem cantar, não fazem ninhos, não procuram minhocas para alimentar os filhotes.
As pombas não são habilidosas.
As pombas vestem-se mal.
As pombas são cinzentas.
As pombas são pombas.
Morram as pombas, morram!
As pombas nasceram para provar que nem todos os pássaros sabem ser passáros.
As pombas são autómatas que deitam para fora o que a gente já sabe que vai sair... Mas podiam deitar dinheiro.
As pombas nuas são horrorosas.
As pombas cheiram mal da boca.
Morram as pombas, morram!
As pombas são o escárnio do mundo animal.
Se as pombas são animais, eu quero ser vegetal.
As pombas são a vergonha da sociedade actual.
E ainda há quem admita gostar delas.
E lhes dê migalhas.
E tenha pena delas quando o Rui Rio se lembra de as exterminar.
Morram as pombas, morram!
Setembro e o origami
Estudo
do Lat. studio, s.m., acto de estudar; aplicação do entendimento para saber e compreender; exame cuidado; esboço; ensaio; preparação; preocupação; afectação; sala onde se professam belas artes; (no pl. ) aulas; (no pl. ) curso escolar.
- Setembro é um mês fofinho. Setembro costumava ser o meu mês preferido. Em setembro acaba o calor infernal, os emigrantes por todo o lado, as piscinas cheias de creme gorduroso de cor indefinida, as filas intermináveis nos supermercados... Em Setembro as folhas caem e fica tudo bonito e colorido. Em Setembro há simpáticos vendedores de castanhas duras e rançosas nas ruas. Era um mês poético. Puxava pelo que de melhor havia em nós.
Setembro era o meu mês preferido. E depois cheguei ao ICBAS.
Dúvida existencial
O que é um ponto verde que sobe e desce?
Aceitam-se sugestões.
Aceitam-se sugestões.
Etiquetas:
Dos eternos mistérios
sexta-feira, agosto 25, 2006
Cultura Popular
Aqui vai uma pequena amostra daquilo que "a experiência e o saber do povo acumulou ao longo de muitas e muitas gerações":
- A cabra puxa sempre para o monte (sempre ouvi dizer que não era bem praí que elas puxam, mas...)
- A cadela morta - gaita à porta (cadela?gaita?hããã?!)
- Água para os peixes, vinho para os homens (aplaudamos!)
- A montanha pariu um rato (hein?)
- Amor sem dinheiro não é bom companheiro (sempre ouvi falar em "amor e uma cabana"...agora já não chega?)
- Antes de casar arranjar casa para morar, terras para lavrar e vinha para podar (e gajo?não é preciso?!)
- Aonde alhos há vinho haverá (e as uvas?)
- As águias não caçam moscas (mas os sapos sim!)
- Atira pão para trás de ti, que adiante o encontrarás (o que terá o Quintanilha a dizer sobre isto?alguma explicação como a da grávida?)
- Barriga cheia, companhia desfeita (as vezes eles fogem...)
- Boi solto lambe-se todo (???)
- Bom vinho, má cabeça (chama-se ressaca!!!)
- Cabeça que não tem juízo, quem o paga é o corpo (já dizia o Variações)
- Casei com a gata por causa da prata, roubaram-me a prata, fiquei com a gata (a matemática é uma ciência!)
- Cordeiro manso mama sua mãe e a alheia (esperto, não?)
- Das águias não nascem pombas (parece-me bastante lógico...)
- De focinho de cão não se tira manteiga (só do leitiiinho, que vem dos tetiiinhos)
- Em casa de Gonçalo manda mais a galinha que o galo (ele lá sabe!)
- Gordura é formosura (maravilha das maravilhas!vai uma feijoadinha então?)
- Ide pelo meio e não caireis (há sempre a hipótese de se ser atropelado antes de cair...)
- Mais homens se afogam no copo que no mar (isso é mau?)
- Mais vale um descosido que um roto (reparem no que vem a seguir...)
- Mais vale um roto que um descosido (andamos a brincar é?)
- Mãos frias, coração quente, amor para sempre (sejamos crentes...)
- Mocidade ociosa - velhice vergonhosa (ups!)
- Não dês a ovelha a guardar ao lobo (parece-me boa ideia, sim...)
- Neste mundo mesquinho quando há para pão não há para vinho (qual escolher?hmmm?)
- Noites alegres - manhãs tristes (volto a dizer...a isso chama-se ressaca)
- O bom vinho por si fala (ai não!!!)
- O que de noite se faz pela manhã aparece (ai a consciência que só dói de manhã!)
- Pão, pão - queijo, queijo (e mai nada!)
- Por um cravo se perde uma ferradura, por uma ferradura um cavalo, por um cavalo um cavalheiro, por um cavalheiro um exército inteiro (worten???)
- Quem anda à chuva molha-se (quem diria...)
- Quem bebe ao almoço chora depois do sol-posto (só se não houver mais que beber!)
- Se bêbado te vires sentir, foge à companhia e vai dormir (qé qi 'tá falando???)
- Um palmo de preguiça acrescenta dez de dano (ah pusé!)
E mais não digo...!
- A cabra puxa sempre para o monte (sempre ouvi dizer que não era bem praí que elas puxam, mas...)
- A cadela morta - gaita à porta (cadela?gaita?hããã?!)
- Água para os peixes, vinho para os homens (aplaudamos!)
- A montanha pariu um rato (hein?)
- Amor sem dinheiro não é bom companheiro (sempre ouvi falar em "amor e uma cabana"...agora já não chega?)
- Antes de casar arranjar casa para morar, terras para lavrar e vinha para podar (e gajo?não é preciso?!)
- Aonde alhos há vinho haverá (e as uvas?)
- As águias não caçam moscas (mas os sapos sim!)
- Atira pão para trás de ti, que adiante o encontrarás (o que terá o Quintanilha a dizer sobre isto?alguma explicação como a da grávida?)
- Barriga cheia, companhia desfeita (as vezes eles fogem...)
- Boi solto lambe-se todo (???)
- Bom vinho, má cabeça (chama-se ressaca!!!)
- Cabeça que não tem juízo, quem o paga é o corpo (já dizia o Variações)
- Casei com a gata por causa da prata, roubaram-me a prata, fiquei com a gata (a matemática é uma ciência!)
- Cordeiro manso mama sua mãe e a alheia (esperto, não?)
- Das águias não nascem pombas (parece-me bastante lógico...)
- De focinho de cão não se tira manteiga (só do leitiiinho, que vem dos tetiiinhos)
- Em casa de Gonçalo manda mais a galinha que o galo (ele lá sabe!)
- Gordura é formosura (maravilha das maravilhas!vai uma feijoadinha então?)
- Ide pelo meio e não caireis (há sempre a hipótese de se ser atropelado antes de cair...)
- Mais homens se afogam no copo que no mar (isso é mau?)
- Mais vale um descosido que um roto (reparem no que vem a seguir...)
- Mais vale um roto que um descosido (andamos a brincar é?)
- Mãos frias, coração quente, amor para sempre (sejamos crentes...)
- Mocidade ociosa - velhice vergonhosa (ups!)
- Não dês a ovelha a guardar ao lobo (parece-me boa ideia, sim...)
- Neste mundo mesquinho quando há para pão não há para vinho (qual escolher?hmmm?)
- Noites alegres - manhãs tristes (volto a dizer...a isso chama-se ressaca)
- O bom vinho por si fala (ai não!!!)
- O que de noite se faz pela manhã aparece (ai a consciência que só dói de manhã!)
- Pão, pão - queijo, queijo (e mai nada!)
- Por um cravo se perde uma ferradura, por uma ferradura um cavalo, por um cavalo um cavalheiro, por um cavalheiro um exército inteiro (worten???)
- Quem anda à chuva molha-se (quem diria...)
- Quem bebe ao almoço chora depois do sol-posto (só se não houver mais que beber!)
- Se bêbado te vires sentir, foge à companhia e vai dormir (qé qi 'tá falando???)
- Um palmo de preguiça acrescenta dez de dano (ah pusé!)
E mais não digo...!
Sobre o mesossoma
Não gosto de mesossomas. Nunca conheci nenhum. Não sei como se vestem, que marca de tabaco fumam, onde vão tomar café. De facto, os mesossomas dizem-me muito pouco.
No entanto, incomoda-me ver tanta gente a falar deles como se fossem amigos. Ora, os mesossomas não têm amigos. Além disso, a difamação estendeu-se a tal ponto, que há até quem já diga que o mesossoma não existe, trantando-se apenas de um artefacto. Ninguém merece tal desconsideração!
Como tal, declaro aqui a minha indignação pelo abuso verbal que os mesossomas têm sofrido e proponho a criação de uma associação de defesa do mesossoma, com o intuito de salvaguardar a honra e o bom nome do mesossoma.
No entanto, incomoda-me ver tanta gente a falar deles como se fossem amigos. Ora, os mesossomas não têm amigos. Além disso, a difamação estendeu-se a tal ponto, que há até quem já diga que o mesossoma não existe, trantando-se apenas de um artefacto. Ninguém merece tal desconsideração!
Como tal, declaro aqui a minha indignação pelo abuso verbal que os mesossomas têm sofrido e proponho a criação de uma associação de defesa do mesossoma, com o intuito de salvaguardar a honra e o bom nome do mesossoma.
quinta-feira, agosto 24, 2006
comunicado
minhas amigas...tenho-vos a comunicar algo importante!detectei um erro fatal neste blog,q como tal corre o risco de se auto-destruir...
Contra factos... até há argumentos
* Estamos em Agosto. Todo o hemisfério norte está de férias. Os alunos do ICBAS estão a estudar. >> O ICBAS situa-se no hemisfério sul.
* A faculdade é uma escola de vida. Em Portugal reina o insucesso escolar. >> A faculdade é a causa major do insucesso na vida dos portugueses.
* As pessoas são capitalistas porque ambicionam dinheiro. Quem é demasiado rico não tem necessidade de mais dinheiro. >> As pessoas demasiado ricas são comunistas.
* As parvoíces fazem-nos rir. Rir faz bem à saúde. >> Qualquer médico pode muito bem ser substituído por um chimpazé.
* Os papagaios têm voz irritante. Os papagaios imitam a voz de quem fala com eles. >> As pessoas que falam com papagaios têm voz irritante.
* Os blogs destinam-se a partilhar mensagens. Uma mensagem, para ser compreendida, tem que fazer sentido. Este post não faz qualquer sentido. >> Eu não escrevo em blogs.
* A faculdade é uma escola de vida. Em Portugal reina o insucesso escolar. >> A faculdade é a causa major do insucesso na vida dos portugueses.
* As pessoas são capitalistas porque ambicionam dinheiro. Quem é demasiado rico não tem necessidade de mais dinheiro. >> As pessoas demasiado ricas são comunistas.
* As parvoíces fazem-nos rir. Rir faz bem à saúde. >> Qualquer médico pode muito bem ser substituído por um chimpazé.
* Os papagaios têm voz irritante. Os papagaios imitam a voz de quem fala com eles. >> As pessoas que falam com papagaios têm voz irritante.
* Os blogs destinam-se a partilhar mensagens. Uma mensagem, para ser compreendida, tem que fazer sentido. Este post não faz qualquer sentido. >> Eu não escrevo em blogs.
sábado, agosto 19, 2006
Sobre a moral
Para ser bom moralista:
* há que ignorar por completo os conceitos de moral, ética e juízo de valor, elaborando, no entanto, a capacidade de falar fluentemente sobre cada um deles;
* há que ter espiríto crítico q.b. para seleccionar os comportamentos a analisar: tudo o que ultrapasse a nossa mediocridade deve ser pertinentemente criticado até à exaustão;
* há que diferenciar clara e rigidamente o que é bom do que é mau, sem nunca perder a elasticidade de os adaptar àquilo que mais nos convém;
* há que escolher com perícia os alvos e os ouvintes, não vá o míssil atingir o bombista sentado ao nosso lado;
* há que saber dar uso à discrição e à conveniência: nada mais seguro que uma sorridente facada pelas costas;
* por fim, há que ser certeiro e fatal: nunca correr o risco de haver ricochete ou de o moribundo mal morto querer a devida justiça.
* há que ignorar por completo os conceitos de moral, ética e juízo de valor, elaborando, no entanto, a capacidade de falar fluentemente sobre cada um deles;
* há que ter espiríto crítico q.b. para seleccionar os comportamentos a analisar: tudo o que ultrapasse a nossa mediocridade deve ser pertinentemente criticado até à exaustão;
* há que diferenciar clara e rigidamente o que é bom do que é mau, sem nunca perder a elasticidade de os adaptar àquilo que mais nos convém;
* há que escolher com perícia os alvos e os ouvintes, não vá o míssil atingir o bombista sentado ao nosso lado;
* há que saber dar uso à discrição e à conveniência: nada mais seguro que uma sorridente facada pelas costas;
* por fim, há que ser certeiro e fatal: nunca correr o risco de haver ricochete ou de o moribundo mal morto querer a devida justiça.
quinta-feira, agosto 17, 2006
Posições
Creio que era tempo de as Biovacas tomarem uma posição musical, já que não tomamos uma posição política. Pela minha parte acho que devíamos apoiar 3 belas isntituições dessa arte que é a música, por razões distintas. O Jorge Palma (porque combina em perfeição a boa música e as bebidas com grau), a Vinicultuna de Biomédicas - Tinto (que fala por si própria) e os Solid Impact (Ricardo, és daqui -gesto com os indicadores em forma de coração sobre o peito- obrigado pos nos teres mostrado o lado "fofinho" do coma alcoólico).
Histórias para adormecer - parte I
Era uma vez um grupo de raparigas recém-chegadas a um meio estranho com muito para descobrir. Auto-denominam-se vacas e erram pela vida tentando aproveitar e transmitir os conhecimentos que lhes foram passados por aqueles que escolheram como família, ou pelos mais variados personagens com quem se cruzam no seu caminho da noite ébria ou do penoso dia de labuta. Personagens estes que levam, por vezes, uma existência bem diferente sobre a qual muito poderá ser dito. O referido grupo acredita que através do ressabiamento saudável se pode questionar e melhorar tudo o que nos rodeia, e que, de facto, tudo se resolve bem melhor com um copo de vinho na mão.
segunda-feira, agosto 14, 2006
Sobre a Biofísica
Porque a vida (e, em particular, Setembro) não faz sentido sem Biofísica, resolvi postar aqui aquilo que considero essencial reter desta estimulante ciência...
* "A química ajudou a população do mundo a: controlar a população, ter saúde, alimentar-se, vestir-se, colorir-se, abrigar-se, viajar, gozar o lazer, etc." E ainda falam mal desta verdadeira Madre Teresa...
* "Em Portugal, com a futura diminuição da precipitação, não se sabe o que irá acontecer." Meu Deus! E agora?
* "Mitchell foi galardoado com o prémio Nobel." Ganda Mitchell!
* "Calvin foi um outro cientista, extremamente agressivo, mas descobriu o ciclo de Calvin." Pois é Calvin... Descobrir ciclos não chega. Há que ser fofinho para se ter sucesso na vida. Talvez um rubizito na orelha ajudasse...
* "Depois de percebermos o funcionamento das mitocôndrias, também se percebe o dos cloroplastos." Não há que enganar!
* "Quanto menos calorias os indivíduos ingerem, maior é o tempo médio de vida." Bá tudo a passar fome!
* "A matemática pode ser derrubada pela física." Força física! Aplica-lhe um spine buster!
* "No solo existe um gás nobre, o rádon, que entra nas casas através das caves, pelas fendas." Tenham meeeeedo!
* "A radiação é invisível, incolor e inodora." Há coisas invisíveis com cor?
* "Rutherford conseguiu a conversão de um elemento noutro, como queriam os alquimistas." À bom... então era disto que o Paulo Coelho tanto falava...
* "Afinal os protões e neutrões não são partículas fundamentais." Naaaaaão??
* "O radical junta-se à molécula biológica, em vez de lhe retirar algo." Tão querido...
* "Na agricultura fazem-se mutantes de plantas, usando radioactividade." X-Plants. Elas andam ai...
* "Para explicar porque é que certas reacções ocorrem e outras não, foram propostas outras propriedades: estranheza, charme, etc." No comments...
* "Somos 2/3 de água. O resto daquilo que somos são cargas." Desta a Luso não se lembrou...
* "Quando olhamos para os protões podemos conseguir medir o campo magnético." Começo a achar que preciso de óculos...
* "Sabemos que temos lactato no cérebro, mas onde?" Temos cérebro? Onde?
* "Na presença de nuvens os pombos ficam desorientados com pequenos magnetes colados à cabeça." E esta, hein?
* "Se viajarmos em cima do mesão percorremos 660m." STCP agarrem-se à vida!
* "Se tivermos uma régua que não cabe no buraco, se a colocarmos a uma grande velocidade, ela torna-se mais pequena e já cabe no buraco." Pela vossa saúde, não façam isto em casa!
* "Ou o Éter no universo se move exactamente à mesma velocidade da Terra (o que é estranho), ou então não há Éter, o que é mais lógico." Sniff...
* "A ultrassonografia é útil no sentido em que não é necessário abrir o corpo, embora o impacto do som possa destruir tecidos." Assassinos com medo de sangue a vossa era chegou!
Sugestões para questões de exame:
1. Os astronautas na Lua parecem andar em câmara lenta e aos saltinhos. porquê?
a) porque estão felizes
b) porque o fato, além de rídiculo, é apertado
c) por qualquer caga que vem explicada na sebenta
d) para gozar com o Manoel Oliveira
2. Como se pode saber se um elemento é um radioisótopo?
a) cheira-se
b) prova-se
c) espera-se 10 anos pelo diagnóstico de cancro
d) quem é que quer saber tal coisa?
3. O que acontece aos electrões com alta energia quando atravessam os tecidos?
a) fazem escala e seguem viagem
b) espancam outros electrões e reproduzem-se
c) voltam para trás e juram nunca mais voltar
d) isso a mim interessa-me muito pouco
4. Porque é que as avestruzes não voam?
a) porque não lhes apetece
b) porque isso não é old school
c) porque ninguém lhes disse que tinham asas
d) porque têm problemas existênciais
5. Os campos magnéticos servem de orientação às migrações de aves, peixes, mamíferos, etc. Porquê?
a) porque não têm roteiros turísticos
b) porque as agências de viagens são muito caras
c) porque evitam as alfândegas
d) os campos magnéticos fazem parte de organizações de imigração ilegal
6. Se no tecto de uma carruagem acendermos uma lanterna e no chão e no tecto pussermos um espelho, a luz bate no espelho e..:
a) cegamos alguém
b) somos expulsos do comboio
c) somos internados num hospício
d) fazemos uma grande descoberta científica
7. O hospital fica a 200km de distância e a velocidade do carro é 160km/h. O bebé nasceu uma hora depois de sair de casa e nasceu no hospital. Como é possível?
a) o Super Homem estava lá
b) a contagem dos km da estrada foi feita por funcionários públicos portugueses
c) o bebé foi trocado
d) não é possível
* "A química ajudou a população do mundo a: controlar a população, ter saúde, alimentar-se, vestir-se, colorir-se, abrigar-se, viajar, gozar o lazer, etc." E ainda falam mal desta verdadeira Madre Teresa...
* "Em Portugal, com a futura diminuição da precipitação, não se sabe o que irá acontecer." Meu Deus! E agora?
* "Mitchell foi galardoado com o prémio Nobel." Ganda Mitchell!
* "Calvin foi um outro cientista, extremamente agressivo, mas descobriu o ciclo de Calvin." Pois é Calvin... Descobrir ciclos não chega. Há que ser fofinho para se ter sucesso na vida. Talvez um rubizito na orelha ajudasse...
* "Depois de percebermos o funcionamento das mitocôndrias, também se percebe o dos cloroplastos." Não há que enganar!
* "Quanto menos calorias os indivíduos ingerem, maior é o tempo médio de vida." Bá tudo a passar fome!
* "A matemática pode ser derrubada pela física." Força física! Aplica-lhe um spine buster!
* "No solo existe um gás nobre, o rádon, que entra nas casas através das caves, pelas fendas." Tenham meeeeedo!
* "A radiação é invisível, incolor e inodora." Há coisas invisíveis com cor?
* "Rutherford conseguiu a conversão de um elemento noutro, como queriam os alquimistas." À bom... então era disto que o Paulo Coelho tanto falava...
* "Afinal os protões e neutrões não são partículas fundamentais." Naaaaaão??
* "O radical junta-se à molécula biológica, em vez de lhe retirar algo." Tão querido...
* "Na agricultura fazem-se mutantes de plantas, usando radioactividade." X-Plants. Elas andam ai...
* "Para explicar porque é que certas reacções ocorrem e outras não, foram propostas outras propriedades: estranheza, charme, etc." No comments...
* "Somos 2/3 de água. O resto daquilo que somos são cargas." Desta a Luso não se lembrou...
* "Quando olhamos para os protões podemos conseguir medir o campo magnético." Começo a achar que preciso de óculos...
* "Sabemos que temos lactato no cérebro, mas onde?" Temos cérebro? Onde?
* "Na presença de nuvens os pombos ficam desorientados com pequenos magnetes colados à cabeça." E esta, hein?
* "Se viajarmos em cima do mesão percorremos 660m." STCP agarrem-se à vida!
* "Se tivermos uma régua que não cabe no buraco, se a colocarmos a uma grande velocidade, ela torna-se mais pequena e já cabe no buraco." Pela vossa saúde, não façam isto em casa!
* "Ou o Éter no universo se move exactamente à mesma velocidade da Terra (o que é estranho), ou então não há Éter, o que é mais lógico." Sniff...
* "A ultrassonografia é útil no sentido em que não é necessário abrir o corpo, embora o impacto do som possa destruir tecidos." Assassinos com medo de sangue a vossa era chegou!
Sugestões para questões de exame:
1. Os astronautas na Lua parecem andar em câmara lenta e aos saltinhos. porquê?
a) porque estão felizes
b) porque o fato, além de rídiculo, é apertado
c) por qualquer caga que vem explicada na sebenta
d) para gozar com o Manoel Oliveira
2. Como se pode saber se um elemento é um radioisótopo?
a) cheira-se
b) prova-se
c) espera-se 10 anos pelo diagnóstico de cancro
d) quem é que quer saber tal coisa?
3. O que acontece aos electrões com alta energia quando atravessam os tecidos?
a) fazem escala e seguem viagem
b) espancam outros electrões e reproduzem-se
c) voltam para trás e juram nunca mais voltar
d) isso a mim interessa-me muito pouco
4. Porque é que as avestruzes não voam?
a) porque não lhes apetece
b) porque isso não é old school
c) porque ninguém lhes disse que tinham asas
d) porque têm problemas existênciais
5. Os campos magnéticos servem de orientação às migrações de aves, peixes, mamíferos, etc. Porquê?
a) porque não têm roteiros turísticos
b) porque as agências de viagens são muito caras
c) porque evitam as alfândegas
d) os campos magnéticos fazem parte de organizações de imigração ilegal
6. Se no tecto de uma carruagem acendermos uma lanterna e no chão e no tecto pussermos um espelho, a luz bate no espelho e..:
a) cegamos alguém
b) somos expulsos do comboio
c) somos internados num hospício
d) fazemos uma grande descoberta científica
7. O hospital fica a 200km de distância e a velocidade do carro é 160km/h. O bebé nasceu uma hora depois de sair de casa e nasceu no hospital. Como é possível?
a) o Super Homem estava lá
b) a contagem dos km da estrada foi feita por funcionários públicos portugueses
c) o bebé foi trocado
d) não é possível
sábado, agosto 12, 2006
Inutilidades Parte II
A noite como ela é...
Cuidado com os fraldinhas >> comem meninas inocentes
Simpatia para com gunas >> certamente será retribuida
Cartões de discotecas >> ignorá-los pode ter o seu custo
Amizade pelo hardcore >> um mundo que promete surpreender
Bobs algarvios >> Viva a Jamaica bro!
Festas de espuma >> os lerdos levam com espuma; os espertos manipulam o atirador
Gelados corta-mocas >> qual KGB qual quê...
Contagiarte >> o verdadeiro oasis! Atenção às trocas por camelos...
Perús em coma alcóolico >> cuidado com o que se come
Idosos indignados >> de facto, no tempo deles não havia nada disto. Desculpo-lhes a frustação.
Cuidado com os fraldinhas >> comem meninas inocentes
Simpatia para com gunas >> certamente será retribuida
Cartões de discotecas >> ignorá-los pode ter o seu custo
Amizade pelo hardcore >> um mundo que promete surpreender
Bobs algarvios >> Viva a Jamaica bro!
Festas de espuma >> os lerdos levam com espuma; os espertos manipulam o atirador
Gelados corta-mocas >> qual KGB qual quê...
Contagiarte >> o verdadeiro oasis! Atenção às trocas por camelos...
Perús em coma alcóolico >> cuidado com o que se come
Idosos indignados >> de facto, no tempo deles não havia nada disto. Desculpo-lhes a frustação.
Subscrever:
Mensagens (Atom)